José Cândido de Carvalho
(1914-1989) nasceu em Campos dos Goitacazes, estado do Rio de Janeiro, no dia 5
de agosto de 1914. Filho de Bonifácio de Carvalho e de Maria Cândido de
Carvalho, lavradores emigrados do norte de Portugal, que aqui no Brasil se
dedicaram ao pequeno comércio.
Transferiu-se
muito jovem com a família para a cidade do Rio de Janeiro, onde trabalhou como
estafeta, mas logo voltou a Campos, onde trabalho no comércio de aguardente e
açúcar. Iniciou sua carreira de jornalista no final da década de 1920. Foi
revisor do jornal O Liberal, foi redator do jornal O Dia, Gazeta do Povo e
Monitor Campista, todos de Campos.
Ingressou
na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, concluindo o curso em 1937. Começou
sua vida literária com o romance "Olha para o Céu, Frederico". Em
1942 foi convidado pelo interventor do Rio de janeiro, Amaral Peixoto, para
dirigir o jornal O Estado, e muda-se para Niterói. Em 1957 passa a trabalhar
para a revista O Cruzeiro.
Em
1964 lança o romance "O Coronel e o Lobisomem", obra que causou
grande impacto quando apareceu. Em 1970, assumiu a direção da Rádio Roquete
Pinto. Quatro anos depois dirigia o Serviço de Radiodifusão Educativa do
Ministério de Educação e Cultura (MEC). Em 1974 foi eleito para a Academia
Brasileira de Letra, para a cadeira nº 31. Entre os anos de 1976 e 1981, foi
presidente da Fundação Nacional de Arte (FUNARTE), órgão do Ministério da Educação.
Seu
romance "O Coronel e o Lobisomem", foi traduzido para vários países e
reeditado diversas vezes. Recebeu o Prêmio Jabuti, Prêmio Coelho Neto e o
Prêmio Luísa Cláudio de Souza.
José
Cândido de Carvalho faleceu em Niterói, no dia 1 de agosto de 1989.
Dentre
as obras de José Cândido de Carvalho, destacam-se: Olha Para o Céu, Frederico (1939),
O Coronel e o Lobisomem (1964), Porque Lulu Bergantim não Atravessou o Rubicon
(1970), Um Ninho de Mafagafos Cheio de Mafagafinhos (1972), Ninguém Mata o
Arco-Íris (1972), entre outros.
Frases
de José Cândido de Carvalho
“Digo, modéstia de lado, que já discuti
e joguei no assoalho do Foro mais de um doutor formado. Mas disso não faço
glória, pois sou sujeito lavado de vaidade, mimoso no trato, de palavra educada”;
“Só de uma regalia não abri mão nesses
anos todos de pasto e vento: a de falar alto, sem freio nos dentes, sem medir
consideração, seja em compartimento do governo, seja em sala de desembargador”;
“Meus dias no Sossego findaram quando
fui pegado em delito de sem-vergonhismo em campo de pitangueiras”;
“Esse menino tem todo o sintoma do povo
de política. É invencioneiro e linguarudo”;
“De letra eu nem queria sentir o cheiro.
O trabalho que Ponciano mais apreciava era o andar na poeira de um bom rabo de
saia, serviço que ainda hoje é de minha especial inclinação”;
“Saiba o capitãozinho que duas coisas de
principal um homem deve ter. Barba escorrida e voz grossa”.
(Fontes do texto: Blog eBiografia, Blog Pensador, Wikipedia, Site da Academia Brasileira de Letras)
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