Leituras diárias

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025



“Somos macacos que pulam de pensamento em pensamento. E eles giram em torno do nosso ego, da versão de nós mesmos com a qual nos identificamos. Eu tenho um recado para você: esse “Eu” que você associa ao seu nome não existe. Aquilo que eu chamo de Matheus é um organismo complexo de atividades, e mesmo a palavra “organismo” já é, em certo sentido, uma ficção para explicar o fenômeno “Matheus”. O self é uma ficção, como os budistas já diziam e como a Ciência recente vem demonstrando. Entretanto, como qualquer ficção, o self não é uma mentira qualquer. É uma mentira necessária para uma vida humana coesa e sã. Mas você pode procurar pela consciência nos confins mais profundos da sua cabeça que você não vai encontrá-la. 

Nós não entendemos o fenômeno da consciência — e tudo bem. Mas já temos evidências suficientes para refutar a ideia de uma alma imortal, temporariamente encarnada em nosso corpo, associada à nossa consciência. A neurociência demonstrou que os conteúdos da consciência estão espalhados. Segundo Sam Harris, no cérebro você pode encontrar áreas responsáveis por certos conteúdos da consciência, como a percepção, a orientação espacial, o cheiro, etc., mas não a consciência em si enquanto fenômeno. Em seu livro Despertar, Harris resume isto de maneira contundente na seguinte passagem: ‘Não existe uma região no cérebro que possa ser a sede de uma alma. Tudo o que nos faz humanos — nossa vida emocional, a capacidade para linguagem, os impulsos que originam comportamentos complexos e nossa capacidade de conter outros impulsos que consideramos não civilizados — se encontra disperso por todo o córtex e também por muitas regiões subcorticais’.”

 

Matheus Benites, filósofo e youtuber brasileiro em Ser ateu: Desmistificando o ateísmo e quebrando preconceitos para uma vida plena sem religião

Diário de Um Detento - Racionais MC's

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

 Música brasileira


Racionais MC's

Álbum: Sobrevivendo no Inferno (1997)

Música: Diário de Um Detento




https://www.youtube.com/watch?v=_CZunqkl_r4&rco=1


Racionais MC's é um grupo brasileiro de rap fundado em 1988 na cidade de São Paulo. É formado por Mano BrownIce BlueEdi Rock e KL Jay. É o maior grupo de rap do Brasil, e está entre os grupos musicais mais influentes do país e da música brasileira. Suas canções demonstram a preocupação em denunciar a destruição da vida de jovens negros e pobres das periferias brasileiras e o resultado do racismo e da violência policial, ao sustentarem a miséria diretamente ligada com a violência e o crime. Temas como a brutalidade da polícia, do crime organizado e do estado, bem como o preconceito, as drogas e a exclusão social são recorrentes nas letras do conjunto. Embora inicialmente conhecido apenas na capital paulista, o grupo conseguiu alcançar sucesso nacional e internacional a partir dos álbuns Raio X Brasil (1993), Sobrevivendo no Inferno (1997) e Nada como um Dia após o Outro Dia (2002).

 

(Fonte do texto: Wikipedia)

A frase do dia

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025


“Apenas por virtude de Maya e não do ponto de vista da realidade, parece tomar nascimento o que existe eternamente; qualquer um que imagine que tal nascimento é real, afirma como um fato indiscutível que o que já é pode nascer.” 


Gaudapāda (cerca de 500 ec), filósofo indiano da escola Vedanta em Māndukya Upanishad. 


Leituras diárias

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025


 

“A cidade tomou um aspecto de revolução. Todos se locomoviam, procuravam ver. E os mais afoitos queriam ir até a temeridade de entrar no bonde, andar de bonde elétrico! Naquele dia de estreia ninguém pagava passagem, era de graça. A afluência tornou-se, portanto, enorme. No centro agitado, eu desci a Ladeira de São João, que não era ainda a Avenida de hoje. Fiquei na esquina da Rua Líbero Badaró, olhando para o Largo de São Bento, de onde devia sair a maravilha mecânica. A tarde caía. Todos reclamavam. Por que não vem? Anunciava - se que a primeira linha construída era a da Barra Funda. – É pra casa do prefeito! – O bonde deixava o Largo de São Bento, entrava na Rua Líbero, subia a Rua São João. Um murmúrio tomou conta dos ajuntamentos. Lá vinha o bicho! O veículo amarelo e grande ocupou os trilhos no centro da via pública. [...] Uma campainha forte tilintava abrindo as alas convergentes do povo. Desceu devagar. Gritavam: – Cuidado! Vem a nove pontos! Um italiano dialetal exclamava para o filhinho que puxava pelo braço: – Lá vem os bonde! Toma cuidado! O carro lerdo aproximou-se, fez a curva. Estava apinhado de pessoas, sentadas, de pé. Uma mulher exclamou: – Ota gente corajosa! Andá nessa geringonça! Passou. Parou adiante, perto do local onde se abre hoje a Avenida Anhangabaú. Houve um tumulto. Acidente? Não andava mais, gente acorria de todos os lados. Muitos saltavam. – Rebentaram a trave do lado! Não é nada! Tiraram a trave quebrada. O veículo encheu-se de novo, continuou mais devagar ainda, precavido. E ficou pelo ar, ante o povo boquiaberto que rumava para as casas, a atmosfera dos grandes acontecimentos. Nas ruas, os acendedores de lampião passavam com suas varas ao ombro acendendo os acetilenos da iluminação pública. (Andrade, O., 1990, p. 48-9, grifo nosso).  

No momento em que Oswald escreve seu relato, convivia na metrópole convulsionada pela multidão de seres desenraizados – imigrantes, ex-escravos, caipiras, paulistanos de modo geral – uma série de elementos representativos de uma São Paulo que, apesar da inovação do bonde elétrico, ainda conservava traços do passado, como a figura do acendedor de lampião. Boris Fausto observa que ainda nos anos 1920 e 1930 vaqueiros traziam ao Parque da Aclimação algumas vacas e serviam leite fresco à população. Essa era uma São Paulo, segundo o historiador, ‘ainda com muitos traços rurais, em que os carros se misturavam às carroças’ (Fausto, 1997, p. 74). Apesar de a cidade ainda apresentar visíveis traços da vida rural, Fausto observa que ‘O hábito de ir ao cinema, especialmente nas matinês de domingo, já se implantara; frequentavam-se também os cafés do Centro, onde se passava horas tomando cafezinho e, em sigilo, os cabarés e os bordéis’ (ibidem). Os artigos ítalo-caipiras de Bananére circulavam exatamente nesse momento de redefinição em que a cidade se via às voltas com uma série de mudanças que mal se ajustavam às ruas e becos ainda fortemente marcados por costumes e tradições do século anterior, como atesta Nicolau Sevcenko (1992, p. 31).” (Marques, págs. 45, 46 e 47).

 

Francisco Cláudio Alves Marques, Nostálgicos na terra do banzo: o imigrante italiano em Juó Bananére e António de Alcântara Machado

Outras leituras

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Fonte: Wikipedia


MAKE LOVE, NOT BEDS OU É ISSO MESMO

 

FILHO de Kennedy não quer ser Kennedy

Deus os faz e os junta.

Amanhã em Tara eu pensarei nisso.

Para o bom entendedor: meia palavra basta?

E disco que eu gosto?

Quem vem lá faça o favor de dizer por que e que vem.

Tem gente dando bandeira a meio pau.

Ninguém me ama, ninguém me chama, são coisas do passado (W. S.)

Quem sabe, sabe, conhece bem: gostoso gostar de alguém?

Vai começar a era de Aquarius. Prepare o seu coração.

Ou não: de um pulo do lado de fora.

Compre: Olhe. Vire. Mexa.

Você sempre me aparece com a mesma conversa mole.

Com o mesmo papo furado — só filmo planos gerais.

Sou feiticeiro de nascença/Trago o meu peito cruzado

A morte não é vingança/Orgulho não vale nada.

E atrás dessa reticencia

Nada, ri-go-ro-sa-men-te nada

Boca calada, moscas voando, e tudo somente enquanto

Eu deixar. Enquanto eu estiver atento nada me acontecerá.

Um painel depois do outro e um sorriso de vampiro;

Eu me viro/como/posso me virar.

E agora corta essa — só quero saber do que pode dar certo

Mas hoje tenho muita pressa. Pressa. Pressa! A gente se vê,

Na certa

 

 

— COLAGEM

 

Quando eu a recito ou quando eu a escrevo, uma palavra — um mundo poluído — explode comigo e logo os estilhaços desse corpo arrebentado, retalhado em lascas de corte e fogo e morte (como napalm) espalham imprevisíveis significados ao redor de mim: informação. Informação: ha palavras que estão nos dicionários e outras que não estão e outras que eu posso inventar, inverter. Todas juntas e a minha disposição, aparentemente limpas, estão imundas e transformaram-se, tanto tempo, num amontoado de ciladas.


Uma palavra e mais do que uma palavra, além de uma cilada. Elas estão no mundo e portanto explodem, bombardeadas. Agora não se fala nada e tudo e transparente em cada forma; qualquer palavra e um gesto e em sua orla os pássaros de sempre cantam nos hospícios. No principio era o Verbo e o apocalipse, aqui, será apenas uma espécie de caos no interior tenebroso da semântica. Salve-se quem puder.


As palavras inutilizadas são armas mortas e a linguagem de ontem impõe a ordem de hoje. A imagem de um cogumelo atômico informa por inteiro seu próprio significado, suas ruínas, as palavras arrebentadas, os becos, as ciladas. Escrevo, leio, rasgo, toco fogo e vou ao cinema. Informação? Cuidado, amigo. Cuidado contigo, comigo. Imprevisíveis significados. Partir pra outra, partindo sempre. Uma palavra: Deus e o Diabo.

 

Torquato Neto (1944-1972), poeta, letrista, jornalista brasileiro ligado ao movimento da contracultura e da tropicália em Os Últimos Dias de Paupéria (do lado de dentro) Organizado por Ana Maria Silva de Araujo Duarte e Waly Salomao

Mais informações em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Torquato_Neto

Fazer dinheiro

domingo, 23 de fevereiro de 2025


 (Fonte: X.com / Andre Dahmer)

Saint Clair Cemin (1951- )

sábado, 22 de fevereiro de 2025


Conheça mais sobre a vida e obra do artista no site Bolsa de Arte abaixo:

https://bolsadearte.com.br/artistas/saint-clair-cemin/

Privatizou, valor da conta aumentou!

(Fonte: Facebook/Pedro Uczai)

O voto tem consequências maiores do que você pensa!

Outras leituras

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025


 

“Mostre-me um homem que confesse honestamente que ele não se conhece! Ou qualquer pessoa que faça um esforço sério para se conhecer. Ninguém é dono de si mesmo ou de qualquer outra pessoa. Em assuntos auxiliares encontramos muitos mestres e discípulos, mas aqui, nenhum. Nunca estamos em casa conosco mesmos, nem interna nem externamente, mas sempre vagando fora de casa; o homem conhece tudo o mais melhor do que a si mesmo. Que miséria! Eu vejo diariamente exemplos de homens que ocupam cargos, que andam de cabeça erguida, dando aulas aos outros, que, desde que fazem profissão, têm, portanto, fama de virtude e conhecimento abrangente. Cheios de falhas, defeitos e vícios como são, mas que desconhecem, estão até contentes consigo mesmos. O que você pode fazer para isso? É uma doença incurável.”

 

Pierre Charron (1541-1603), teólogo, filósofo, historiador e romancista francês em Pequeno tratado sobre a sabedoria

Essa não poderia faltar

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025


 

King Crimson

In the court of the Crimson King (1969)


https://www.youtube.com/watch?v=ukgraQ-xkp4

"Filosofia de um par de botas" - Machado de Assis

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025


Leia o conto "Filosofia de um par de botas" de (Joaquim Maria) Machado de Assis, publicado originalmente no jornal "O Cruzeiro" em 23 de abril de 1878.

Faça download do texto no link abaixo:

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=17407

Koyaanisqatsi - Life out of balance

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025




Koyaanisqatsi, também conhecido como Koyaanisqatsi: Life Out of Balance, é um filme de 1982 dirigido por Godfrey Reggio com música de Philip Glass e cinematografia de Ron Fricke.

O filme consiste primariamente de imagens de arquivos em câmera lenta e em time-lapse, mostrando cidades e muitas paisagens naturais dos Estados Unidos. Com o visual de poema sinfônico, o filme não contém nenhum diálogo ou narração; seu tom é estabelecido pela justaposição de imagens e música. Reggio explica a falta de diálogo dizendo, ‘Não é por falta de amor à linguagem que estes filmes não têm palavras. É porque, do meu ponto de vista, nossa linguagem está em um estado de vasta humilhação. Não descreve mais o mundo em que vivemos’. Na língua hopi, Koyaanisqatsi significa ‘vida maluca, vida em turbilhão, vida fora de equilíbrio, vida se desintegrando, um estado de vida que pede uma outra maneira de se viver’. O filme é o primeiro da trilogia Qatsi: foi seguido por Powaqqatsi (1988) e Naqoyqatsi (2002). A trilogia mostra diferentes aspectos das relações entre humanos, natureza e tecnologia. Koyaanisqatsi é o mais conhecido dos três e é considerado um filme cult.

Em 2000, Koyaanisqatsi foi selecionado para preservação pelo National Film Registry da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos como sendo ‘culturalmente, historicamente, ou esteticamente significante’.”

 

Texto completo em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Koyaanisqatsi

 

Link para o filme: 1/9 – 9/9:

https://www.youtube.com/watch?v=i4MXPIpj5sA&list=PLMRGAXDKjm8697J8rd6alkuv6etcAIPoj&index=1


Somente a trilha sonora:

https://www.youtube.com/watch?v=r4WlNj1TTqA 


(Fonte: Wikipedia e Youtube)

Lógica religiosa

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025


 (Fonte: Ateus.net)

Capitão do Mato - Yamandu Costa

  Música brasileira


Yamandu Costa 

Álbum: Quebranto (com Alessandro Penezzi) (2017) 

Música: Capitão do Mato




https://www.youtube.com/watch?v=V_hr55HEQBM


Yamandu Costa (1980-) é um violonista e compositor brasileiro. Adepto do violão de sete cordas modelo brasileiro, é considerado um dos maiores violonistas do Brasil e do mundo. Sua música bebe da fonte de várias vertentes musicais, como chorobossa novamilongatangojazzsamba e chamamé, sendo difícil enquadrá-lo em uma corrente musical principal, dado que mistura todos os estilos e cria interpretações de rara personalidade no seu violão de sete cordas.


(Fonte do texto: Wikipedia)

Administração pública

domingo, 16 de fevereiro de 2025

Como pode funcionar a distribuição de cargos na administração pública?


1. No município:  




2. No estado:



3. No governo federal:


Taxar grandes fortunas


“No Brasil, há uma extrema desigualdade na distribuição da renda que gera riqueza patrimonial. Por isso, a renda acaba se concentrando em um extrato que representa apenas esse 0,1% da população do país. Mas quem são essas pessoas, afinal? São pessoas que têm rendimentos a partir de 80 salários mínimos (...)” (Oxfam Brasil)

Leia artigo "Tudo o que você precisa saber sobre taxação de grandes fortunas" publicado no site da Oxfam Brasil:

https://www.oxfam.org.br/blog/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-taxacao-de-grandes-fortunas/

Elisa Martins da Silveira (1912-2001)

sábado, 15 de fevereiro de 2025


Conheça mais sobre a vida e obra da artista no site Guia das Artes abaixo:

https://www.guiadasartes.com.br/elisa-martins-da-silveira/vida

O que eles pensam


 

“Ao trazer à tona a história de Rubens Paiva e de sua família, espera-se também alertar a sociedade brasileira para os perigos do autoritarismo e da violação dos direitos humanos”

 

Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) em declaração ao jornal Folha de São Paulo em 30/01/2025

Outras leituras

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

 

(...) “Um obstáculo importante aqui, porém, é a linguagem comum, a prosa cotidiana. O filósofo precisa de uma linguagem extraordinária, de uma linguagem poético-dramática, para transmitir adequadamente a si mesmo ou aos semelhantes o que realmente é a escolha. A linguagem comum, (em alemão) ‘die Umgangssprache’, ‘das Gerede’ (o falatório), representa ‘a mundanidade pública’, ‘o mundo intersubjetivo’, ‘das Man’ (‘a pessoa’, na terminologia do filósofo alemão Martin Heidegger). Isso nos acalma neste mundo banal de conversa fiada onde tudo é garantido: a vida, a morte, o mundo e o destino do homem nele, a sociedade, a linguagem. Não há razão para se questionar ou se preocupar; tudo é o que é e não outra coisa. O mundo é o que parece ser; sem imaginação, realista e de cabeça quadrada, ‘no meio da manhã, depois de uma boa noite de descanso’. E quanto às questões como o que significa viver e morrer, nada têm a ver com isso, são um lugar-comum; quase todo mundo pensa assim.

Somos jogados em um mundo absurdamente indiferente de paus, pedras, estrelas e vazio. Nossa ‘situação’ é comparável à de um homem que cai do edifício Empire State Building. Qualquer tentativa de ‘justificar’ sua breve e acelerada queda, o interlúdio inconcebivelmente curto entre a sua impressionante compreensão de sua ‘situação’ e a sua inexorável destruição total, será igualmente ridícula. Isto é, se escolher dizer: (a) ‘Isso é realmente bastante confortável enquanto durar, vou tirar o melhor proveito disso’, ou (b) ‘Vou pelo menos fazer algo útil enquanto posso’, e começa a contar as janelas do prédio. Em qualquer caso, ambas as atitudes pressupõem uma falta de compreensão da sua ‘situação’ desesperada; abstraindo, por assim dizer, cada momento da ‘queda’ da sua totalidade irreparável, de dividir sua vida em pequenas porções com metas mesquinhas e de curto espaço de tempo.”

 

Felicidade é para os porcos – Filosofia versus psicoterapia (Hapiness is for pigs: philosophy versus psychotherapy) de Herman Tennesen (1918-2001) filósofo, escritor e professor norueguês (Texto publicado no Journal of Existentialism, Vol. VII, No. 26 Inverno, 1966/67. Disponível em <https://archive.org/details/herman-tennessen-happiness-is-for-the-pigs_202111>. Tradução Google e editor do blog)

Medo de altura

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025


 (Fonte: Nani Humor)

Dia de Charles Darwin

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025


https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_de_Darwin
 

O direito de não ter religião



12 de fevereiro é o Dia do Orgulho Ateu. A data coincide com o Dia de (Charles) Darwin, o famoso cientista inglês autor da teoria evolucionista.

Leia abaixo no link o texto "O direito de não ter religião" do geógrafo Francisco Fernandes Ladeira, publicado no site Observatório da Imprensa:

Essa não poderia faltar

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025


 

Pink Floyd

A pillow of winds (1971)


https://www.youtube.com/watch?v=Hgx267jVma0

Leituras diárias

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025


 

Para os gregos o mundo e os deuses eram a obra de uma necessidade insondável. Esta explicação é suportável, porque nos satisfaz provisoriamente. Ormuzd vive em guerra com Ahriman — isto ainda se pode admitir, — mas um Deus como esse Jeová, que por seu bel-prazer e muito voluntariamente produz este mundo de miséria e de lamentações, e que ainda se felicita e se aplaude, é que é demasiado forte! Consideremos, portanto, nesse ponto de vista, a religião dos judeus como a última entre as doutrinas religiosas dos povos civilizados; o que concorda perfeitamente com o fato de ser ela também a única que não tem absolutamente nenhum vestígio de imortalidade. Ainda que a demonstração de Leibniz fosse verdadeira, embora se admitisse que entre os mundos possíveis este é sempre o melhor, essa demonstração não daria ainda nenhuma teodiceia. Porque o criador não só criou o mundo, mas também a própria possibilidade; portanto, devia ter tornado possível um mundo melhor.

A miséria, que alastra por este mundo, protesta demasiado alto contra a hipótese de uma obra perfeita devida a um ser absolutamente sábio, absolutamente bom, e também todo-poderoso; e, de outra parte, a imperfeição evidente e mesmo a burlesca caricatura do mais acabado dos fenômenos da criação, o homem, são de uma evidência demasiado sensível. Há aí uma dissonância que se não pode resolver. As dores e as misérias são, pelo contrário, outras tantas provas em apoio, quando consideramos o mundo como a obra da nossa própria culpa, e, portanto, como uma coisa que não podia ser melhor. Ao passo que na primeira hipótese, a miséria do mundo se torna uma acusação amarga contra o criador e dá margem aos sarcasmos, no segundo caso aparece como uma acusação contra o nosso ser e a nossa vontade, bem própria para nos humilhar. (Schopenhauer, págs. 43 e 44)

 

Arthur Schopenhauer, As dores do mundo

Juros (Taxa Selic) a 13,25%

domingo, 9 de fevereiro de 2025

JUROS ALTOS: AGORA, COM GALÍPOLO, PODE E NÃO PREJUDICA?

(Imagem: Bettman?CORBIS)

Mário Quintana (1906-1994)


Veja entrevista do poeta, tradutor e jornalista brasileiro Mário Quintana. O vídeo está disponível no canal Cortes Filosóficos abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=ujJHrfxuwyc

"O povo não deve comprar alimentos caros"

sábado, 8 de fevereiro de 2025


(Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes)

Astronáfrica - Naná Vasconcelos

 Música brasileira


Naná Vasconcelos

Álbum: 4 Elementos (2013)

Música: Astronáfrica




https://www.youtube.com/watch?v=lb3U6EDLT1Q&list=PLOZYbYEYUmcgMvYjTIISNs5VsnbqGqVCE&index=7


Juvenal de Holanda Vasconcelos, mais conhecido como Naná Vasconcelos (Recife2 de agosto de 1944 — Recife, 9 de março de 2016), foi um músico brasileiro. Eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista americana Down Beat (votação feita pelos críticos musicais da revista) e ganhador de oito prêmios Grammy (brasileiro com mais prêmios Grammy), era considerado uma autoridade mundial em percussão. Não à toa figura na posição 62 da Lista dos 100 maiores artistas da música brasileira pela Rolling Stone Brasil.

Dotado de uma curiosidade intensa, indo da música erudita do brasileiro Heitor Villa-Lobos ao roqueiro Jimi Hendrix, Naná aprendeu a tocar praticamente todos os instrumentos de percussão, embora nos anos 60 tenha se especializado no berimbau.


(Fonte do texto: Wikipedia) 

Outras leituras

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025


 

“Por último, mas não menos importante, tenho de discutir a opinião de que a história, estando intimamente envolvida em questões de religião e moralidade, distingue-se assim da ciência em geral, e talvez até das outras ciências sociais. Da relação da história com a religião direi apenas o pouco que é necessário para tornar clara a minha posição. Ser um astrônomo sério é compatível com a crença num Deus que criou e ordenou o universo. Mas não é compatível com a crença num Deus que intervém à vontade para mudar o curso de um planeta, para adiar um eclipse ou para alterar as regras do jogo cósmico. Da mesma forma, é por vezes sugerido que um historiador sério pode acreditar num Deus que ordenou e deu sentido ao curso da história como um todo, embora não possa acreditar no tipo de Deus do Antigo Testamento que intervém para massacrar os amalequitas, ou trapacear no calendário ao estender as horas do dia para o benefício do exército de Josué.

Nem pode ele invocar Deus como explicação de eventos históricos específicos. O Padre D'Arcy, num livro recente, tentou fazer esta distinção: não seria adequado para um estudante responder a todas as questões da história dizendo ‘que era o dedo de Deus’. Só quando tivermos ido tão longe quanto possível na organização dos acontecimentos mundanos e do drama humano é que nos será permitido introduzir considerações mais amplas. A história técnica é o único tipo de história que você ou eu provavelmente escreveremos, ou que ele mesmo já escreveu. Mas, ao usar este estranho epíteto, ele reserva-se o direito de acreditar numa história esotérica ou providencial com a qual o resto de nós não precisa se preocupar. 

Escritores como Berdyaev, Niebuhr e Maritain pretendem manter o estatuto autónomo da história, mas insistem que o fim ou objetivo da história está fora da história. Pessoalmente, acho difícil conciliar a integridade da história com a crença em alguma força extra histórica, da qual depende o seu significado e importância – seja essa força o Deus de um povo escolhido, um Deus cristão, a Mão Oculta do Deísta, ou o Deus de Hegel, o ‘Espírito do Mundo’. Para efeitos destas palestras, assumirei que o historiador deve resolver os seus problemas sem recorrer a qualquer deus ex machina, que a história é um jogo jogado, por assim dizer, sem um curinga no baralho.”

 

Edward H. Carr (1892-1982), historiador, diplomata e jornalista inglês em What is history? (O que é história?)

Ainda os "empreendedores"

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025


 (Fonte: A Caricatura - Cartunista Toni D'Agostinho)

Essa não poderia faltar


 

Greenslade

Time (1975)


https://www.youtube.com/watch?v=TkhvnJoNmlA

A frase do dia

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025


 

“O povo não suportaria por muito tempo seu príncipe, o criado seu senhor, a criada sua senhora, o estudante seu preceptor, o amigo seu amigo, a mulher seu marido, o empregado seu patrão, o colega seu colega, o anfitrião seu hóspede, se um não mantivesse o outro na ilusão, se não houvesse entre eles embuste recíproco, adulação, conivência prudente, enfim, o lenitivo intercâmbio do mel da loucura.”

 

Erasmo de Rotterdam (1466-1536), filósofo humanista e teólogo holandês em Elogia da Loucura

O que eles pensam

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025


 

O maior erro é não colocar o bem-estar da população como meta central das políticas. Eles se concentram em aumentar a produção e o crescimento econômico, deixando de lado fatores essenciais como saúde mental, o uso equilibrado do tempo e o seu senso de comunidade

 

Dr. Dasho Karma Ura, presidente do Centro de Estudos do Butão e idealizador do Índice de Felicidade Interna Bruta (FBI) em matéria publicada na revista VEJA de 17/01/2025

Mestre Didi (1917-2013)


Conheça mais sobre a vida e obra do artista no site ALMEIDA & DALE abaixo:

https://almeidaedale.com.br/pt/artistas/mestre-didi

Leituras diárias

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025



 

“É possível que Descartes tenha imaginado que ele e suas ideias “acabaram” com a Idade Média; mas não foi nenhuma ideia que acabou com a Idade Média, foi a história, a mudança nas relações materiais, a nova tecnologia dos homens europeus. Se há mudanças ideológicas, para dizê-lo com as palavras de Marx, não fazem outra coisa que “expressar”, no terreno da vida mental, mudanças que têm lugar no terreno da produção e reprodução da vida real. Pareceria, desse modo, que “vida mental” se opõe à “vida real”. Sem dúvida, ambas são reais, concretas. Os sujeitos da história, disseram Marx e Engels várias vezes, são as sociedades humanas específicas. Essas sociedades devem ser entendidas como totalidades com um determinado grau de complexidade. Essa complexidade pode reduzir-se a três elementos, segundo Engels indicou: uma atividade econômica de base, uma organização política e algumas formas ideológicas – filosofia, moral, arte, religião, crença jurídica etc. Resumamos o caminho até agora percorrido na compreensão da noção marxista de ideologia: a ideologia é uma parte orgânica da totalidade social, é um fato real que deve ser entendido como componente estrutural de toda a sociedade.”

 

Ludovico Silva, A mais-valia ideológica