“Somente
quando nos entendemos, podemos controlar nossas emoções. E só quando temos as
nossas emoções sob controle, é que somos capazes de dirigir consistentemente a
nossa atividade para um objetivo definido e racional. Nossa atividade decorre
então de nossa própria natureza, e não da natureza das coisas externas que
despertam nossas emoções e determinam sua força. E, como já foi observado, ser
a causa necessária da nossa própria atividade é, segundo Spinoza, ser livre. É
claro que é impossível que o homem seja alguma vez a única causa da sua atividade.
Para ser tal, ele teria que ser um ser inteiramente independente – um poder
absoluto – algo que ele nunca poderá ser. Não importa quão eloquentemente os
entusiastas equivocados exaltem os poderosos méritos do ‘livre arbítrio’ do
homem; sempre será verdade que as emoções, sensações e ideias do homem mudam
muito significativamente com as mudanças orgânicas que ocorrem em seu corpo. As
emoções, sensações e ideias de uma criança diferem das de um homem, e as de um
homem maduro diferem das de um homem decrépito pela velhice. E estas e outras
mudanças semelhantes estão muito além do controle do homem.”
Joseph Ratner (1901-1979), filósofo inglês em A Filosofia de Spinoza
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