“A
antiga doutrina do Logos, quando pensada em termos físicos modernos, diz que a
natureza é puramente estrutural. A doutrina atualizada do Logos se assemelha
muito à recente doutrina filosófica chamada realismo estrutural. Dizer que a
natureza é providencial agora significa apenas que a natureza é uma estrutura
que é intrinsecamente para o melhor. É uma estrutura que é o melhor por si só.
A natureza é sagrada. Mas se a natureza é para o melhor em si mesma, não se
segue que ela otimize a sua felicidade, nem que otimize a felicidade humana.
Afinal, os estóicos não eram utilitaristas. Eles não reduziram o bem à
felicidade nem o mal ao sofrimento. O Logos Estóico trabalha para maximizar a
virtude que emerge na luta competitiva. Funciona para maximizar a ‘excelência’
que emerge na agonia dilacerada pela luta. Qualquer sofrimento ou felicidade
que surja deste impulso para maximizar a ‘excelência’ é um subproduto
axiologicamente irrelevante. A solução para o problema ateísta do mal é
rejeitar o utilitarismo. A regra axiológica correta é esta: se a natureza
maximiza areté, então a resposta
apropriada a ela é a positividade existencial.”
Eric Steinhart, filósofo e professor estadunidense contemporâneo em Acreditando em Dawkins: O novo ateísmo espiritual (original inglês Believing in Dawkins: The new spiritual atheism)
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