Outras leituras

terça-feira, 11 de março de 2025


 

“A antiga doutrina do Logos, quando pensada em termos físicos modernos, diz que a natureza é puramente estrutural. A doutrina atualizada do Logos se assemelha muito à recente doutrina filosófica chamada realismo estrutural. Dizer que a natureza é providencial agora significa apenas que a natureza é uma estrutura que é intrinsecamente para o melhor. É uma estrutura que é o melhor por si só. A natureza é sagrada. Mas se a natureza é para o melhor em si mesma, não se segue que ela otimize a sua felicidade, nem que otimize a felicidade humana. Afinal, os estóicos não eram utilitaristas. Eles não reduziram o bem à felicidade nem o mal ao sofrimento. O Logos Estóico trabalha para maximizar a virtude que emerge na luta competitiva. Funciona para maximizar a ‘excelência’ que emerge na agonia dilacerada pela luta. Qualquer sofrimento ou felicidade que surja deste impulso para maximizar a ‘excelência’ é um subproduto axiologicamente irrelevante. A solução para o problema ateísta do mal é rejeitar o utilitarismo. A regra axiológica correta é esta: se a natureza maximiza areté, então a resposta apropriada a ela é a positividade existencial.”

 

Eric Steinhart, filósofo e professor estadunidense contemporâneo em  Acreditando em Dawkins: O novo ateísmo espiritual (original inglês Believing in Dawkins: The new spiritual atheism)

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