“Todo
o jornalismo sadio nos Estados Unidos (sadio no sentido de que floresce espontaneamente,
sem precisar de auxílio externo) baseia-se firmemente em inventar e destruir
papões. Assim como a política. E assim como a religião. O que reside sobre essa
impostura fundamental é uma artificialidade, um brinquedo de homens com mais
esperanças do que bom-senso. O jornalismo inteligente e honesto, assim como
política inteligente e honesta – são coisas que não têm lugar numa sociedade
democrática. São, quando existem, curiosidades exóticas, orquídeas pálidas e
viscosas, bestas em cativeiro. Tirem-lhes o vapor, a garrafa de leite, a
seringa e puf!, elas somem.” (Castro, pág. 121-122)
Ruy
Castro, H. L. Mencken, O Livro dos
Insultos
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