“Todos
estes argumentos apoiam a conclusão de que a evolução progressiva da cultura,
desde a revolução do Paleolítico Superior, aconteceu sem que a mente humana se
alterasse. A cultura parece ser a carroça, não o cavalo; a consequência, e não
a causa, de alguma mudança no cérebro humano. Boas estava certo em afirmar que
você pode inventar toda e qualquer cultura com o mesmo cérebro humano. A
diferença entre mim e um de meus ancestrais africanos de 100.000 anos atrás não
está em nossos cérebros ou nossos genes, que são basicamente os mesmos, mas no
conhecimento acumulado que foi possível graças à arte, à literatura e à
tecnologia. Meu cérebro é cheio de informações, enquanto seu cérebro maior era
igualmente cheio, mas de um conhecimento muito local e efêmero. Os genes para a
aquisição de cultura existem; mas ele os tinha também.” (Ridley, pág. 288)
Matt Ridley, O que nos faz humanos – genes, natureza e experiência
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