Nasce
em 1923, filho de Américo Pereira da Silva Porto e Dulce Julieta Rangel Porto,
o carioca Sérgio Marcus Rangel Porto, mais conhecido pelo pseudônimo Stanislaw Ponte Preta. Escritor, radialista,
compositor, inicia a carreia de jornalista no fim dos anos 40. Porto trabalha
nas revista “Sombra” e “Manchete”, além de atuar nos jornais “Diário Carioca”,
“Tribuna da Imprensa” e “Última Hora”.
O
personagem Stanislaw Ponte Preta nasceu de uma parceria de Sérgio Porto com o
ilustrador Tomás Santa Rosa. Enquanto Sérgio escrevia as crônicas críticas,
Santa Rosa desenvolvia a ilustração do personagem. A inspiração veio de um
personagem do modernista Oswald de Andrade, o Serafim Ponte Grande. Antes da
profissão de jornalista e escritor, Porto foi também bancário. Como redator,
demonstrava cuidado com as palavras, colocava muitas informações no texto.
Stanislaw
acabou mais conhecido que Sérgio, passando a impressão que o escritor era como seu
pseudônimo, um homem boêmio e que pouco trabalhava. Na verdade, Porto
trabalhava muito e escrevia em diferentes formatos para atender aos pedidos.
Por isso, atuou como redator para a televisão, jornalista e cronista.
A
crítica à ditadura militar também veio em forma de humor, característica muito
presente nas obras assinadas por Ponte Preta. O escritor fundou o “Festival de
Besteira que Assola o País, Febeapá", para noticiar os problemas
enfrentados pelo povo brasileiro. Um das obras mais lembradas pelo público foi
publicada com a assinatura de Sérgio, “As Cariocas”, e reunia seis novelas
curtas, que ganharam uma versão televisiva produzida pela Rede Globo.
Sérgio
Porto pode ser classificado como um escritor da literatura contemporânea
brasileira. A geração do autor teve outros grandes nomes, como Rubem Braga,
João Saldanha, Fernando Sabino e Ary Barroso. Crítico, usava o cômico para
tratar de assuntos polêmicos e politicamente incorretos. Chegou a eleger “As
Certinhas do Lalau”, uma lista com as dez mais bem despidas, o que lhe valeu
fama de mulherengo. Assinando com o próprio nome, Sérgio Porto escreveu textos
com certa melancolia. Apostava na clareza e buscava informar de forma
leve.
Era
um frequentador de bares e adorava a vida boêmia. Irreverente, Sérgio
Porto retratava em suas obras o Rio de Janeiro dos anos 1950 e 1960. O estilo
sarcástico era revelado nas obras assinadas por Stanislaw Ponte Preta, escritas
com humor amargo em linguagem pessoal e coloquial. Como o autor era um homem de
muita cultura, seus textos eram leves e bem elaborados, com frases bem
trabalhadas. As principais obras de Sergio Porto são: “Tia Zulmira e Eu”, “Gol
de Padre”, “As Cariocas”, entre outras. O escritor era cardíaco e sofreu um
ataque do coração aos 36 anos, morrendo de outro aos 45.
Frases
de Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto)
“Basta
ler meia página do livro de certos escritores para perceber que eles estão
despontando para o anonimato.”;
“Lavar
a honra com sangue suja a roupa toda.”;
“Política
tem esta desvantagem: de vez em quando o sujeito vai preso em nome da
liberdade.”;
“Se
o Diabo entendesse de mulher, não tinha rabo nem chifre.”;
“Uma
feijoada só é realmente completa quando tem uma ambulância de plantão.”;
“Às
vezes eu tenho a impressão de que meu anjo da guarda está gozando
licença-prêmio.”
(Fonte do texto: site educação.literatura, site Pensador e outros)
0 comments:
Postar um comentário