“Se
a história é permeada de exemplos de sucesso na atuação do Estado em financiar
pesquisas que geram tecnologias revolucionárias, o mesmo se pode dizer dos
fracassos na implementação de políticas que apenas serviram para transferir
recursos para setores econômicos com alto poder de influência. E para piorar,
muitas vezes os mesmos atores contrários à intervenção estatal na atividade
produtiva são aqueles que drenam recursos do Estado através de subsídios e reduções
de imposto, sem sequer aplicá-los no desenvolvimento de novos produtos e
tecnologias. O princípio de que mercados autoregulados são capazes de gerar a melhor
alocação de recursos e a organização produtiva mais eficiente é tão antigo
quanto a própria ciência econômica, a começar pelo próprio conceito de mão invisível
de Adam Smith, de 1776." (Carvalho, págs. 107 e 108)
Laura Carvalho, Curto-Cicuito – O vírus e a volta do Estado
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