Poeta, ensaísta e filósofo italiano. Seus textos refletem o pessimismo e o ceticismo deste grande autor da literatura italiana.
Citações
de Giacomo Leopardi
“O
primeiro motivo por que se está disposto a ajudar outro nas devidas ocasiões é
a alta apreciação que se tem de si mesmo.”;
“Por
minha própria natureza, não estou longe da dúvida mesmo sobre as coisas
consideradas indubitáveis.”;
“O
mais sólido prazer desta vida é o prazer vão das ilusões.”;
“A
morte não é um mal: porque liberta o homem de todos os males, e ao mesmo tempo
que o bem tira-lhe os desejos. A velhice é o pior dos males: porque priva o
homem de todos os prazeres, deixando-lhe deles todos os apetites; e traz
consigo todas as dores. Não obstante, os homens temem a morte e desejam a
velhice.”;
“Não
apenas os homens, mas o gênero humano foi e sempre será necessariamente
infeliz. Não apenas o gênero humano, mas todos os animais. Não apenas os
animais, mas todos os seres a seu modo. Não os indivíduos, mas as espécies, os
gêneros, os reinos, os sistemas, os mundos...”;
“Natureza
nobre é aquela / que tem coragem / de olhar nos olhos / o destino comum, e que
com franca língua, / sem subtrair nada da verdade, / confessa o mal que nos foi
dado como destino / e a condição baixa e frágil do homem.”;
“Não
há nada que demonstre tão bem a grandeza e a potência do intelecto humano, nem
a superioridade e a nobreza do homem, como o fato de ele poder conhecer,
compreender por completo e sentir fortemente a sua exiguidade.”;
“Parece
contraditório, mas é bastante verdadeiro: Como toda a realidade é um nada, não
existe nada verdadeiro, nada que tenha duração neste mundo, além da imaginação.”;
“Eu
estava muito assustado por estar cercado pelo nada, um nada também eu mesmo. Me
sentia como que sufocado, quando considerei e senti de que tudo é nada, o nada
estabelecido.”;
“Mesmo
a variação das ações, das ocupações e dos sentimentos apesar de não nos
libertar do tédio, porque não nos traz distração verdadeira, alivia-o,
tornando-o menos pesado.”;
“(...)
do mesmo modo que não fizeste esta casa para mim não precisarias ter-me
convidado. Porém, uma vez que espontaneamente desejaste que eu morasse aqui,
não te competia providenciar, na medida de tuas possiblidades, para que eu
vivesse sem sofrimento e sem perigo? Ora digo que sei muito bem que não fizeste
o mundo a serviço dos homens, ao contrário, creio que o tenhas feito e ordenado
expressamente para atormentá-los. Então pergunto: por acaso te pedi que me
pusesses no universo ou me intrometi nele violentamente contra a tua vontade?
Mas, sem o meu conhecimento, de maneira que eu nada pudesse consertar ou
recusar, tu por vontade própria, com as tuas mãos, me colocaste nele.”;
“Mas
como os mortais no primeiro momento de cada dia readquirem uma parte da
juventude, assim envelhecem todos os dias e finalmente se extinguem; igualmente
o universo no princípio de cada ano renasce e nem por isso deixa de
continuamente envelhecer. Tempo virá em que ele e a própria natureza se
apagarão. Assim como de grandes reinos e impérios humanos com seus movimentos
maravilhosos, famosíssimos em outros tempos, nada resta hoje, de indícios ou
fama; o mesmo, do mundo inteiro, dos acontecimentos infinitos e das calamidades
das coisas criadas, não restará um vestígio sequer. Apenas um silêncio nu e uma
altíssima quietude encherão o espaço imenso. Assim esse arcano admirável e espantoso
da existência universal, antes de ser declarado ou compreendido, se extinguirá
e perderá.”.
[Fontes dos textos: Site Pensador; livro "Zibaldone" (em alemão “Das Gedankenbuch” – tradução dos textos por Ricardo E. Rose); livro "Opúsculos morais"]
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