Roberto
Francis Drummond nasceu em
Ferros (MG) em 21 de dezembro de 1933 e faleceu em Belo Horizonte a 21 de junho
de 2002. Foi jornalista e escritor.
Antes de residir em Belo
Horizonte a partir de sua adolescência, Roberto Drummond viveu Guanhães, Araxá e Conceição do Mato Dentro. Em Belo
Horizonte começou sua carreia de jornalista no jornal “Folha de
Minas”. Aos 28 anos, em 1961, passou a dirigir a revista “Alterosa”,
que foi fechada pela ditadura militar-civil
em 1964. Durante
um ano trabalhou no Rio de Janeiro, retornando a Belo
Horizonte em 1966,
onde passou a escrever colunas esportivas e crônicas.
Nasceu Robert Francis
Drummond, mas mudou o nome para Roberto Drummond, após um conselho de uma
vidente. Em 1999, durante uma entrevista ao programa Gente, da TV
Horizonte, disse: “Eu tenho vários tabus na minha vida. Uma vidente me
falou que se eu mudasse de nome, ia dar certo, então eu pus ‘O’ no Robert e
tirei o ‘Francis’”.
Entrou para a Juventude
Comunista influenciado pelos livros de Jorge Amado. Sua ficha no DOPS era
marcada por várias passagens e em uma delas era descrito como “elemento nocivo,
de alta periculosidade, que deseja instaurar no Brasil um regime nos moldes da
União Soviética, seguindo ordens de Moscou”.
O sucesso na literatura começou
com seu primeiro livro, A morte de
DJ em Paris, em 1971. O livro, relançado em 1975, bateu recordes de
vendas, recebendo o Prêmio Jabuti de
autor revelação. Na década de 80, inicia uma nova fase de sua produção
literária, com a publicação de Hitler
manda lembranças. Seu maior sucesso foi o romance Hilda Furacão, publicado em 1991 e adaptado para
a televisão em 1998 numa minissérie de
sucesso da Rede Globo. Com seus livros, Robert
Drummond foi considerado um marco do pós-modernismo. Suas temáticas sobre o
relacionamento entre realidade e fantasia, loucura e sanidade, liberdade e
prisão apontam para um desejo de transformação social e política em tempos de
ditadura militar.
Fanático torcedor do Clube
Atlético Mineiro, Drummond também fez um programa esportivo diário na TV
Bandeirantes de Belo Horizonte.
Morreu vítima de problemas
cardíacos, no dia 21 de junho de 2002, data da partida entre Brasil e Inglaterra pelas quartas-de-final
da Copa do Mundo de 2002. Foi
homenageado pela prefeitura de Belo Horizonte com uma estátua de bronze em tamanho
real na Praça Diogo de Vasconcelos, na Savassi,
e pela prefeitura de Ferros com um Centro Cultural em seu nome.
Robert Drummond escreveu os
seguintes livros: A morte de D.j. em Paris (1971); O dia em que
Ernest Hemingway morreu crucificado (1978); Sangue de coca-cola (1980); Quando fui morto em Cuba (1982); Hitler manda lembranças (1984); Ontem à noite
era sexta-feira (1988); Hilda Furacão (1991); Inês é morta (1993); O homem que
subornou a morte & Outras histórias (1993); Magalhães:
navegando contra o vento *O cheiro de Deus (2001); Dia de São Nunca à tarde (publicação
póstuma); Os mortos não dançam valsa (publicação
póstuma); O Estripador da Rua G (publicação
póstuma pela Fundação de
Cultura de Belo Horizonte); Uma Paixão em
Preto e Branco (publicação póstuma das melhores crônicas de
Drummond sobre o Clube Atlético Mineiro).
Frases de Roberto Drummond:
“A gente muda de tudo na vida. Muda de cidade. Muda de roupa. Muda de
partido político. Muda de religião. Muda de costumes. Até de amor a gente muda.
A gente só não muda de time, quando ele é uma tatuagem com a iniciais C.A.M.,
gravada no coração. É um amor cego e têm a cegueira da paixão.”;
“Um cronista sem assunto é como um homem sem coração.”;
“Se houver uma camisa branca e preta pendurada num varal durante uma
tempestade, o atleticano torce contra o vento”.;
“Eu quero um gol de meia-bicicleta de Reinaldo para tatuar na pele da
lua e tomar o lugar de São Jorge com seu cavalo, para que os namorados e os
ex-namorados, os amantes e os ex-amantes, de todas as idades, digam uns aos
outros, apontando para a lua:
-
Olhe só o que pode um homem, mesmo quando está caído.”.
(Fontes de consulta: Site Ludopedio – Mariana Brescia; Wikipedia; Site Memórias da Ditadura; Site Mondolivro; Revista da Crônica; Site Pensador)
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