Paulo Mendes Campos
nasceu em Belo Horizonte, aos 28 de
fevereiro de 1922 e faleceu na cidade do Rio de janeiro em 1 de julho de 1991. Filho do médico e escritor
Mário Mendes Campos e de Maria José Lima, foi escritor,
poeta e jornalista brasileiro.
Mendes
Campos, que era o terceiro de oito irmãos, aprende com a mãe o gosto pela
literatura. Tendo sido reprovado nos primeiros anos de estudo, foi então internado
no Colégio Dom Bosco, na cidade de Cachoeira do Campo, onde surgiu o interesse
pelas letras (1933). Paulo Mendes Campos concluiu o curso secundário em 1939 na
cidade de São João del-Rei, ingressando, sucessivamente, nos cursos de
odontologia, veterinária e direito, sem concluir nenhum deles.
Em
1940 retorna a Belo Horizonte, e começa a participar da vida literária, como um
dos integrantes da “geração mineira”, da qual também participavam Fernando
Sabino, Otto Lara
Resende, Hélio Pellegrino, João Etienne Filho e Murilo Rubião.
Começa a publicar seus textos no suplemento literário da “Folha de
Minas”; jornal que chegou a dirigir durante algum tempo. No
entanto, seu sonho de ser aviador também
não se concretizou. Diploma mesmo, ele gostava de brincar, só teve o de datilógrafo.
Em
1945, vai para o Rio de Janeiro a fim de conhecer o
poeta Pablo Neruda. Permanece no Rio, onde já estava
morando o amigo mineiro Fernando
Sabino e para onde depois também se mudaram Otto Lara Resende e
Hélio Pellegrino. Colaborou nos principais jornais cariocas; mais assiduamente
em “O Jornal”, “Correio da Manhã” – do qual foi redator
durante dois anos e meio – e “Diário
Carioca”, no qual assinava uma coluna diária intitulada
"Primeiro Plano". Também atou durante muitos anos, como um dos três
cronistas efetivos da revista “Manchete”, tendo também ocupado o cargo de diretor
de Obras Raras da Biblioteca Nacional.
Em 1947, é admitido como
fiscal de obras e chega a redator, no extinto Instituto de Previdência e
Assistência dos Servidores do Estado – Ipase. Em 1951, casa-se com Joan
Abercrombie, de origem inglesa, e lança seu primeiro livro, “A
palavra escrita”.
Paulo
Mendes Campos também atuou como tradutor de prosa e poesia,
tendo traduzidos autores como Júlio Verne, Oscar Wilde, John Ruskin, Jane Austen, Shakespeare, William Butler Yeats, C. S. Lewis, Charles
Dickens, Gustave
Flaubert, Guy de
Maupassant, H. G. Wells, Pablo Neruda, Rosalía de Castro, Verlaine, T. S. Eliot, Emily
Dickinson, James Joyce, E. M. Cummings, William Blake, Umberto Saba, Jorge Luis
Borges, entre outros.
Dentre
as principais obras de Paulo Mendes Campos, encontram-se:
Poesias:
A Palavra Escrita, 1951; Forma e Expressão do Soneto, antologia,
1952; Infância; O Domingo azul do mar,
1958; Testamento do Brasil e Domingo azul
do mar, 1966; Transumanas, 1977; Poemas, 1979; Diário da tarde (poesia e prosa), 1981; Trinca de copas (poesia e prosa), 1984.
Crônicas:
O Cego de Ipanema, 1960; Homenzinho na ventania, 1962; O Colunista do morro, 1965; Antologia brasileira de humorismo, 1965;
Hora do recreio, 1967; O Anjo Bêbado, 1969; Rir é o único jeito: supermercado,1976 (reedição
de Hora do Recreio); Os bares morrem
numa quarta-feira,1980; O Amor acaba
- Crônicas líricas e existenciais,1999: Brasil
brasileiro — Crônicas do país, das cidades e do povo, 2000; Alhos e bugalhos, 2000; Cisne de feltro — Crônicas, 2000; Murais de Vinícius e outros perfis, 2000;
O gol é necessário — Crônicas esportivas,
2000; Artigo indefinido, 2000; De um caderno cinzento — Apanhadas no chão, 2000;
Balé do pato e outras crônicas, 2003;
Quatro histórias de ladrão, 2005; Infanto-juvenil A arte de ser neta,1985.
Frases
de Paulo Mendes Campos:
“Não faço nada pelo bem de ninguém e,
decerto, faço mal a algumas pessoas.”;
" 'Quem
sou eu no mundo?’ Essa indagação perplexa é o lugar-comum de cada história de
gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma
como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta; o
importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.”;
“Não te espantes quando o mundo amanhecer
irreconhecível.
Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano.”;
“O tempo é audível; também se pode ouvir a
eternidade.”;
“O brasileiro detesta andar. Só anda a pé por
prescrição médica.”;
“Na praça pública das letras, não
ciceroneio visitantes aos palácios e catedrais – vejo-me apenas como um artesão
de mamulengos.”.
(Fontes consultadas: Wikipedia; site IMS; Portal da Crônica Brasileira; site Citações; Site Pensador)
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