Outras leituras

segunda-feira, 18 de março de 2024


 

“É fácil perceber por que os contemporâneos de Espinosa consideravam-no ateu. Ele negou a existência de qualquer coisa que alguma pessoa dentro da comunidade religiosa se sentisse autorizada a chamar de um deus. Segundo a maioria das interpretações atuais, ele não sustentava a inexistência de um deus, mas que Deus coincide com a Natureza. Deus é tudo, escreveu, e tudo é Deus. Com efeito, em pelo menos uma ocasião ele tratou “Deus” como apenas mais um nome da Natureza. Ou seja, o Deus de Espinosa não é uma inteligência que se coloca fora de tudo e que, pela força de sua vontade, criou o universo e as leis físicas que o regem. Seu Deus é tão somente o conjunto completo das leis físicas consideradas sob um aspecto diferente. Esse Deus não age com objetivos em mente, como o Deus das escrituras. Tampouco – para responder à pergunta brincalhona de Einstein – o Deus de Espinosa teria qualquer escolha acerca daquilo que é ou será. Uma vez que incorpora as leis da natureza, Deus não pode agir de forma contrária a essas leis. Deus age de modo mecânico e determinista. Todas as coisas são exatamente como têm de ser. Não seria possível eliminar esse deus como mero enfeite? Se a Natureza, na forma de leis físicas deterministas, é tudo e explica tudo, e faz isso sem nenhuma ambição, plano ou objetivo, por que introduzir um deus na história?

Aventou-se a hipótese de que Espinosa, que levava vida reclusa e não almejava nem à fama nem ao simples reconhecimento, tenha escrito em seu estilo enrolado e obscuro na esperança de que somente uns poucos leitores solidários compreendessem seu verdadeiro ponto de vista. Talvez tenha jogado Deus como confete sobre seus textos para disfarçar, ainda mais, e melhor esconder, seu ateísmo radical. Mas isso parece extremamente improvável. Espinosa foi rotulado de ateu de qualquer jeito. E seu Deus não é jogado como confete sobre seus argumentos, mas coloca-se no centro deles. Precisamos de uma explicação melhor para o fato de Deus estar lá.”

 

Ronald Dworkin, Religião sem Deus

Entrevista de emprego

domingo, 17 de março de 2024


 (Fonte: Daissen Comunidade Zen-Budista)

Gilles Lipovetsky (1944- )

sábado, 16 de março de 2024

Veja trecho da entrevista do filósofo, sociólogo e escritor Gilles Lipovetsky para o canal Fronteiras do Pensamento (ligue o cc closed caption).


 Acesse a entrevista no link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=FuA_rii0ySs

Também faça download de trecho do livro de Gilles Lipovetsky "O império do efêmero", no link abaixo:

https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=4719943&forceview=1

Teacher - Jethro Tull

sexta-feira, 15 de março de 2024

As melhores músicas do rock


Jethro Tull

Álbum: Benefit (1970)

Música: Teacher




https://www.youtube.com/watch?v=xkzeeEU27Mw


Jethro Tull é uma banda de rock formada em BlackpoolInglaterra, em 1967. Sua música é caracterizada pelas letras, o estilo vocal cheio de maneirismos e o trabalho único na flauta de seu líder Ian Anderson, além de uma complexa e pouco usual construção musical. Inicialmente calcado no estilo blues rock, o Jethro Tull acabou por incorporar a seu som elementos de música clássicafolkjazzhard rockrock progressivoart rock. A banda vendeu mais de 60 milhões de discos ao redor do mundo.

 

(Fonte do texto: Wikipedia)

Leituras diárias

quinta-feira, 14 de março de 2024



“Mas nem tudo era ruim na agricultura. O trabalho dos agricultores pode ter sido difícil e a alimentação era um pouco indigesta, mas eles inventaram a família estendida, aumentando a chance de sobrevivência a longo prazo dos próprios descendentes e, portanto, de toda a população. Sem nenhuma alternativa à labuta constante que definia a vida deles, os agricultores deviam ficar perplexos com o contentamento simples dos caçadores-coletores. Quando começaram a produzir mais alimentos e ter mais filhos – que, por sua vez, demandavam mais alimentos –, os agricultores já tinham começado a repetir as mesmas etapas de sobrevivência. Mais comida significava ter mais filhos, e ter mais filhos significava uma demanda maior de alimentos, que tinham que ser cultivados e colhidos. A humanidade nunca saiu desse estado de trabalho excessivo, e hoje em dia as bibliotecas estão lotadas de livros de autoajuda para trabalhadores estressados. Mesmo assim, se usarmos os bens materiais como medida, os agricultores tinham um padrão de vida mais alto do que o dos caçadores-coletores. Os agricultores eram donos de campos, viviam em casas e tinham criações de animais. Uma vez iniciado o caminho do crescimento, eles não podiam desviar do rumo sem colocar em risco a vida dos filhos. Depois de algumas gerações, teria sido impossível retornar à caça – as habilidades necessárias precisavam ser aprendidas muito cedo pelos jovens. Em uma comunidade de agricultores, juntar-se aos caçadores-coletores seria o equivalente ao autoexílio, já que os agricultores os viam como inferiores.” (Krause & Trappe, pág. 92)

 

Johannes Krause, Thomas Trappe, A jornada dos nossos genes: Uma história da humanidade e de como as migrações nos tornaram quem somos

Rosana Paulino (1967- )

quarta-feira, 13 de março de 2024


Conheça mais sobre a vida e obra da artista no site arteref.com abaixo:

https://arteref.com/arte-contemporanea/rosana-paulino-biografia-e-trajetoria/

Money talks!

terça-feira, 12 de março de 2024


 (Fonte: Alan Sieber/Roca Ronca)

Outras leituras

segunda-feira, 11 de março de 2024

 



“De uma perspectiva socrática, o niilismo pode ser superado pela iluminação. De uma perspectiva cartesiana, o niilismo pode ser superado pela autocontenção. Mas de uma perspectiva humeana, o niilismo não pode ser superado. É simplesmente um produto da psicologia humana. Hume, encontrando-se na caverna, na ‘escuridão mais profunda’, não tenta debater ou raciocinar para sair, mas em vez disso joga gamão. Como Descartes, Hume descobre o niilismo dentro de si. Ao contrário de Descartes, ele não luta contra o seu niilismo, ele o abraça. O niilismo é, como descreveu Descartes, um conforto, uma forma de permanecer seguro, uma forma de ‘destruir todas estas quimeras’, mesmo que apenas ajudando-nos a tentar ignorá-las.”

 

Nolen Gertz, Niilismo (original inglês Nihilism)

Capital do século XXI

domingo, 10 de março de 2024

Vídeo (legendado) sobre o livro "O Capital no século XXI" de Thomas Piketty.


Veja no link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=wK2cbLwVQys
 

Arte rupestre

sábado, 9 de março de 2024

 Arte rupestre no estado de São Paulo. 


Leia artigo da revista Pesquisa Fapesp de 02/2024 no link abaixo:

https://revistapesquisa.fapesp.br/mapa-digital-registra-arte-rupestre-paulista/

Moving in stereo - The Cars

sexta-feira, 8 de março de 2024

 As melhores músicas do rock


The cars

Álbum: The Cars (1978)

Música: Moving in stereo




https://www.youtube.com/watch?v=y5oPZFDci80


The Cars, surgida em 1976, foi um quinteto formado por Ric Ocasek (vocal e guitarra), Benjamin Orr (vocal e baixo), David Robinson (bateria), Greg Hawkes (teclados e backing vocal) e Elliot Easton (guitarra e backing vocal). A banda foi formada em Boston, Massachusetts, cidade estadunidense considerada de expressiva cena de rock alternativo.

 

(Fonte do texto: Wikipedia)

Leituras diárias

quinta-feira, 7 de março de 2024


 

“O socialismo é entendido como uma etapa superior à do capitalismo desenvolvido. Ele pressupõe, na concepção leninista, a assimilação do saber, da ciência, da cultura burguesa, ao lado de um desenvolvimento das forças produtivas superior à dos países capitalistas avançados.

A revolução cultural pregada por Lenin significava um amplo esforço educacional, técnico e científico, a fim de difundir, entre a massa da população, o que existia de mais avançado na cultura burguesa. A revolução cultural nada tem a ver com a ideia de uma “cultura proletária”, frequentemente ironizada por ele como uma criação de “burgueses intelectuais” que tentam apresentar “suas ideias mais absurdas, incongruentes e sobrenaturais como uma arte puramente proletária”. Em outras passagens, ele voltaria a criticar os que “se perdem no empíreo da cultura proletária”... “quando muita coisa ainda nos falta para atingir um verdadeiro padrão cultural”. E, finalmente, em seu último artigo, Lenin tornaria a lembrar “os jovens comunistas e literatos”, que “nós estaríamos muito satisfeitos com uma verdadeira cultura burguesa” em lugar da “cultura burocrática ou feudal” que existiria na Rússia.” (Rodrigues & De Fiore, págs. 49-50)

 

Leôncio Martins Rodrigues e Ottaviano De Fiore, Lenin, capitalismo de Estado e burocracia

Aspectos espirituais da moeda

quarta-feira, 6 de março de 2024


 (Fonte:Versátil Organização Contábil)

Manipulados


 (Fonte: Depositphotos)

A teoria da evolução e a mente humana

terça-feira, 5 de março de 2024

Veja como a teoria evolucionista pode ajudar a entender a mente humana. 


Leia artigo no Jornal da USP no link abaixo:

https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/como-a-teoria-evolucionista-pode-ajudar-a-entender-a-mente-humana/

ANISTIA NÃO!

segunda-feira, 4 de março de 2024


 (Fonte: Revista Cult)

Ainda o garimpo ilegal na Amazônia

Apesar das ações do governo, praga do garimpo ilegal continua ameaçando a floresta e as populações indígenas na Amazônia.

Veja reportagem do jornalista Dal Marcondes no jornal eletrônico Envolverde abaixo:

https://envolverde.com.br/politica-publica/sociedade/garimpo-ilegal-ameaca-a-floresta-e-os-povos-indigenas-na-amazonia/

Outras leituras

domingo, 3 de março de 2024


 

“Qualquer estatística de variada origem que a imprensa divulga confirma o que percebe a intuição ética a respeito da deformidade do corpo social brasileiro. Toda a vida nacional em termos de produção e consumo que possam ser definidos, envolve apenas trinta por cento da população. A força produtora urbana e rural com identidade nítida, os estratos medianos em sua complexa graduação, as massas dos comícios de antigamente e que hoje só o futebol é autorizado a estruturar, tudo está englobado na minoria hoje de 30 milhões, o único povo brasileiro a respeito do qual alcançamos um conceito e sobre o qual podemos pensar. A impressão que se tem é a de que o ocupante só utiliza uma parcela pequena de ocupados e abandona o resto ao deus-dará em reservas e quilombos de novo tipo. Esse resto, hoje de 70 milhões, vai fornecendo a conta-gotas o reforço de que o ocupante lança mão para certas atividades como, por exemplo, a construção de Brasília ou a interminável reconstrução do monstro urbano paulistano, a face mais progressista de nosso subdesenvolvimento. Nessas ocasiões, as poucas centenas de milhares que escapam ao universo informe das muitas dezenas de milhões, adquirem uma identidade: candango ou baiano.” (Sales Gomes, págs. 142-143)

 

Paulo Emílio Sales Gomes, Cinema: trajetória no subdesenvolvimento em “Cinema e Política”

Amelia Toledo (1926-2017)

sábado, 2 de março de 2024


Conheça mais sobre a vida e obra da artista no site nara roesler abaixo:

https://nararoesler.art/artists/87-amelia-toledo/

Your mother should know - The Beatles

sexta-feira, 1 de março de 2024

 As melhores músicas do rock


The Beatles

Álbum: The Magical Mistery Tour (1967)

Música: Your mother should know




https://www.youtube.com/watch?v=NAn6iDCpK5k


The Beatles (é preciso dizer mais?)

Thomas Piketty (1971-)

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Leia o livro do economista francês mundialmente reconhecido, Thomas Piketty, "O Capital no século XXI".


 Faça download da publicação no link da Unesp abaixo:

http://www2.fct.unesp.br/docentes/geo/bernardo/BIBLIOGRAFIA%20DISCIPLINAS%20POS-GRADUACAO/PIKETTY/O%20Capital%20no%20Seculo%20XXI%20-%20Thomas%20Piketty.pdf

SEM ANISTIA!

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024


(Fonte: UNE)
 

São eles, os juros altos!


 (Fonte: Correio Brasiliense/Cicero)

Destruindo o planeta em benefício da minoria

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Veja entrevista do economista, professor e escritor Ladislau Dowbor para o site Brasil de Fato.


"Estamos destruindo o planeta em benefício só de uma minoria", afirma Ladislau Dowbor. Conheça as ideias deste cientista social no link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=LsR8QM7aKRs

Leituras diárias

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024


 

“Sem entrar em discussão — uma discussão ociosa — se sou ou não sou o mesmo que era há vinte anos, é indiscutível, parece-me, o fato de que aquele que sou hoje provém, por uma série contínua de estados de consciência, daquele que eu era em meu corpo há vinte anos. A memória é a base da personalidade individual, assim como a tradição é a base da personalidade coletiva de um povo. Mais de uma vez foi dito que todo homem infeliz prefere ser quem ele é, mesmo com suas desgraças, a ser outro sem elas. E é que os homens infelizes, quando mantêm a sanidade em sua desgraça, ou seja, quando se esforçam para perseverar em seu ser, preferem a desgraça a não existência. Posso dizer sobre mim que, quando era jovem, e mesmo quando era criança, as pinturas patéticas do inferno não me comoviam, pois desde então nada me parecia tão horrível quanto o próprio nada. Era uma fome furiosa de ser, um apetite de divindade, como nosso asceta disse.” (Unamuno, pág. 12-13) 

 

Miguel de Unamuno, Do sentido trágico da vida

100 anos da morte de Lenin

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Vladimir Ilych Ulianov “Lenin” (1870-1924) foi um revolucionário e teórico político russo; um dos líderes da Revolução Russa de 1917. Lenin serviu como chefe do governo da Rússia Soviética / União Soviética de 1917 até sua morte. Sua teorias políticas são conhecidas como leninismo.



Frases de Lenin:

“É claro que é muito mais fácil gritar, insultar e uivar do que tentar relacionar-se, explicar.

“Três chaves para o sucesso: ler, ler, ler.”

“Às vezes é necessário dar um passo atrás para dar dois passos à frente.”

“É preciso sempre se esforçar para ser tão radical quanto a própria realidade.”

“Confiança é bom, controle é melhor.”

“Estude, aprenda mais, aprenda para sempre.”

“Um capitalista devora muitos outros.”

“A ideia de determinismo, que estabelece a necessidade dos atos do homem e rejeita a lenda absurda do livre-arbítrio, não nega a inteligência ou a consciência do homem, nem a valorização de suas ações.”

“O Estado é a arma da repressão de uma classe sobre outra.”

Vik Muniz (1961-)

sábado, 24 de fevereiro de 2024

Conheça mais sobre a vida e obra do artista no site ebiografia abaixo:

https://www.ebiografia.com/vik_muniz/

Time to live - Uriah Heep

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

 As melhores músicas do rock


Uriah Heep

Álbum: Salisbury (1971)

Música: Time to live




https://www.youtube.com/watch?v=tYOgJsJNJ0o


O Uriah Heep fez parte da cena rock do início dos anos 1970 e é considerado um dos principais pioneiros dos gêneros hard rockheavy metal e rock progressivo. A banda já vendeu mais de 40 milhões de álbuns em todo o mundo com mais de quatro milhões de vendas nos Estados Unidos, onde suas canções mais conhecidas incluem "Gypsy", "Easy Livin'", "The Wizard", "Sweet Lorraine" e "Stealin'".

 

(Fonte do texto: Wikipedia)

Outras leituras

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

 

“Considero a vida uma estalagem onde tenho que me demorar até que chegue a diligência do abismo. Não sei onde ela me levará, porque não sei nada. Poderia considerar esta estalagem uma prisão, porque estou compelido a aguardar nela; poderia considerá-la um lugar de sociáveis, porque aqui me encontro com outros. Não sou, porém, nem impaciente nem comum. Deixo ao que são os que se fecham no quarto, deitados moles na cama onde esperam sem sono; deixo ao que fazem os que conversam nas salas, de onde as músicas e as vozes chegam cômodas até mim. Sento-me à porta e embebo meus olhos e ouvidos nas cores e nos sons da paisagem, e canto lento, para mim só, vagos cantos que componho enquanto espero.

Para todos nós descerá a noite e chegará a diligência. Gozo a brisa que me dão e a alma que me deram para gozá-la, e não interrogo mais nem procuro. Se o que deixar escrito no livro dos viajantes puder, relido um dia por outros, entretê-los também na passagem, será bem. Se não o lerem nem se entretiverem, será bem também.”

 

Fernando Pessoa, Livro do desassossego, 1ª parte, Diário de Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa

De centro

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024


                                            (Fonte: rbrasil/André Dahmer) 

Milton Santos (1926-2001)

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Veja trecho da entrevista do geógrafo, professor e cientista Milton Santos, focando a globalização. A entrevista é trecho do programa Roda Viva, que foi ao ar em 1997.


Assista o vídeo no link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=2438sQgBc1o


Toda a entrevista está no link:

https://www.youtube.com/watch?v=xPfkiR34law

Leituras diárias

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024


“Talvez os bem escolarizados tenham se tornado menos taxativos em relação a projetos de futuro. Mas uma massa de frustrados, que por conta de quarenta anos de neoliberalismo não conseguiu uma boa escolarização, perdeu o contato com o pensamento crítico. Essas pessoas são arrogantes. Até os anos 1970, as pessoas que não tinham estudo em determinada área pensavam duas vezes antes de falar qualquer coisa sobre ela. Hoje, a ideia de que cada um pode dizer o que quiser, tendo como referência a si mesmo, conquistou muita gente. Muitos perderam a vergonha de serem estúpidos, uma vez que houve certa democratização da ignorância.

Essa opinião tem lá sua força. Tornou-se icônica quando o romancista e teórico da semiótica Umberto Eco a resumiu em uma frase, um ano antes de seu falecimento em 2016: ‘As redes sociais dão o direito à palavra a uma legião de imbecis. […] Normalmente, eles [os imbecis] eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel’. Hoje, penso que essa opinião de Eco é fácil demais de ser proferida e pouco contribui em nossas investigações sobre produção de conhecimento e socialização do saber na atualidade. Outros movimentos de democratização da voz popular já receberam reação semelhante, desde a Antiguidade. Creio que temos de ir além desse lamento. Uma investigação em psicologia política se faz necessária. Hoje, estamos envolvidos com certos fenômenos específicos, gerados pela direita política, e que Eco certamente chamaria de imbecilização.” (Ghiraldelli, págs 21-22)

 

Paulo Ghiraldelli, Subjetividade maquínica

Crônica de uma angústia planetária

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Leia o artigo "Crônica de uma angústia planetária", do economista e professor Ladislau Dowbor.

Acesse o artigo no link do site DOWBOR.ORG abaixo:

https://dowbor.org/2024/01/cronica-de-uma-angustia-planetaria.html

De onde viemos Quem somos? Para onde vamos?

sábado, 17 de fevereiro de 2024

Famoso quadro do pintor francês Paul  Gauguin (1848-1903) tem exatamente este nome: "De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos?"

 Diz o site "Art and the cities":

"(...) Como outras pinturas de Gauguin, esta também conta uma história: o ciclo da vida. E você já pode adivinhar pelo título composto por algumas das questões existenciais mais importantes de todos os tempos.

A obra deve ser lida da direita para a esquerda e cada uma das figuras representa uma fase diferente da vida. O ciclo começa no canto inferior direito com uma criança adormecida e termina no lado esquerdo com uma senhora idosa acompanhada por um pássaro."

Veja mais sobre o quadro no link:
https://artandthecities.com/pt/2022/10/30/de-onde-nos-viemos-quem-nos-somos-onde-vamos-por-gauguin/?expand_article=1

E no link:

Iran do Espírito Santo (1963 -)

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024


Conheça mais sobre a vida e obra do artista no site LAART abaixo:

Let me swim - Cactus

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

 As melhores músicas do rock


Cactus

Álbum: Cactus (1970)

Música: Let me swim




https://www.youtube.com/watch?v=kML16hsZawM


Cactus foi concebida no final de 1969 pelo ex-baixista do Vanilla Fudge, Tim Bogert, e pelo baterista Carmine Appice. No início de 1970, Bogert e Appice trouxeram o guitarrista de blues Jim McCarty do Detroit Wheels e do Buddy Miles Express de Mitch Ryder, e o cantor Rusty Day (nascido Russell Edward Davidson) do Amboy Dukes. Para muitos estadunidenses, a banda representaria a resposta à banda inglesa Led Zeppelin.

 

(Fonte: Wikipedia e editor do site com tradução do Google)

Semelhanças?

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024


 (Fonte: A Gazeta/Amarildo)

A frase do dia

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

  

“Não há ideia, por mais antiga e absurda que seja, que não seja capaz de melhorar o nosso conhecimento.”

 

Paul Feyerabend, Contra o método

Paul Feyerabend (1924-1994)

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Veja uma das últimas entrevistas realizadas com o filósofo da ciência Paul Feyerabend (legendada).


Assista a entrevista no canal Science Studies UEM/UERJ abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=wMazVlimyPc

12 de fevereiro - dia de Darwin

 

Em 12 de fevereiro de 1809 nascia o naturalista inglês Charles Darwin. O "Dia de Darwin" divulga as contribuições do cientista à ciência em geral e visa promover o pensamento científico. Veja em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_de_Darwin 

e

https://en.wikipedia.org/wiki/Darwin_Day

Paul Feyerabend 100 anos!

domingo, 11 de fevereiro de 2024

"A única verdade absoluta é que não há verdades absolutas." (Feyerabend)

Celebra-se em 2024 o centenário do nascimento do filósofo austríaco Paul Feyerabend (1924-1994). Filósofo da ciência, Feyerabend rejeitava a existências de regras universais na metodologia da ciência. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Feyerabend)

Leia uma de suas mais importantes obras, "Contra o método" (1975) através do link abaixo:

https://soife.files.wordpress.com/2009/06/paul-feyerabend-contra-o-metodo.pdf

Edgar Morin (1921-)

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Leia o livro "A cabeça bem feita - repensar a reforma, reformar o pensamento" do sociólogo e filósofo francês Edgar Morin


 Acesse o livro no link Moodle USP abaixo:

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4415469/mod_resource/content/1/Base%20A%20cabe%C3%A7a%20bem%20feita_Morin.pdf

Concentração de renda

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024


                                                                   (Fonte: Site Nani Humor)

Saneamento no Brasil

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Ainda há muito que fazer na área do saneamento no Brasil.

(Fonte: Agência Brasil)

Veja dados completos no estudo "Ranking do saneamento" do Instituto Trata Brasil:

https://tratabrasil.org.br/ranking-do-saneamento-2023/

230 anos para erradicar pobreza mundial

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Planeta pode levar 230 anos para erradicar a pobreza em todos os países. 

(Fonte: Vajiram & Ravi)

Veja mais no link UOL abaixo:

https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2024/01/21/desigualdade-no-mundo-relatorio-oxfam-davos.htm 

Mestre Valentim (1745-1813)

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024


Conheça mais sobre a vida e obra do artista no site Wikipedia abaixo:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Mestre_Valentim

Sucking on the sweet wine - Humble Pie

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

 As melhores músicas do rock


Humble Pie

Álbum: Humble Pie (1970)

Música: Sucking on the sweet wine




https://www.youtube.com/watch?v=wRVk720LYgk&list=PL6D1WRh__0iJMiVKrY_Y1n5QvqdvG-8HM&index=7


Humble Pie é uma banda de rock inglesa formada pelo guitarrista e cantor Steve Marriott em Moreton , Essex , em 1969. Eles são conhecidos como um dos primeiros supergrupos do final dos anos 1960 e fizeram sucesso no início dos anos 1970 com canções como "Black Coffee" , "30 Days in the Hole", "I Don't Need No Doctor", "Hot 'n' Nasty" e "Natural Born Bugie". A formação original apresentava o vocalista e guitarrista Steve Marriott do Small Faces, o vocalista e guitarrista Peter Frampton do Herd, o baixista Greg Ridley e um baterista de 17 anos, Jerry Shirley, do Apostolic Intervention.


(Fonte do texto: Wikipedia)

Outras leituras

domingo, 4 de fevereiro de 2024

 


“O principal problema das discussões sobre o livre-arbítrio é que os filósofos propuseram muitas definições que nada têm a ver com o que os não filósofos entendem que seja o livre-arbítrio. Estou tentada a escrever “pessoas normais” em vez de “não filósofos”, mas isso pode ser um pouco hostil. E não quero ser hostil. Realmente não. Por esta razão, gostaria de formular primeiro o problema sem usar o termo livre arbítrio.

As leis da natureza atualmente válidas são determinísticas, mas contêm um elemento de acaso da mecânica quântica. Isto significa que, à parte eventos quânticos ocasionais que não podemos influenciar, o futuro é fixo. Isso também não muda em nada a Teoria do Caos. As leis do caos ainda são determinísticas; são difíceis de prever porque o que acontece depende muito sensivelmente das condições iniciais (o bater das asas de uma borboleta e assim por diante).” (Hossenfelder pag. 167) 

 

“Portanto a nossa vida não é, como diz Jorge Luis Borges, um “jardim de caminhos que se ramificam” em que cada caminho corresponde a um futuro possível e onde cabe a nós decidir qual caminho se torna realidade. Não é assim que as leis da natureza funcionam. Na maioria dos casos, só existe um caminho, já que os efeitos quânticos raramente se manifestam macroscopicamente. Tuas ações feitas hoje surgem do estado do universo de ontem, que por sua vez surge do estado do universo da última quarta-feira, e assim por diante, até o Big Bang. Mas às vezes eventos quânticos aleatórios fazem uma grande diferença na vida. Lembre-se do caso da pesquisadora (mencionado anteriormente no texto) que poderia ter se envolvido em um acidente de trânsito, dependendo de onde uma partícula aparecesse na tela de seu monitor?

De vez em quando os caminhos se bifurcam, mas não temos influência sobre isso. Eventos quânticos são fundamentalmente aleatórios e acontecerão influenciados por nada nem por ninguém, muito menos pelos nossos pensamentos.” (Hossenfelder, pag. 168)

 

“Como prometido, não usei o termo livre arbítrio para explicar a situação. Vamos agora discutir o que significa dizer que o futuro é fixo, exceto no caso de eventos quânticos ocasionais, os quais não podemos influenciar. Pessoalmente, eu diria apenas: significa que não existe livre arbítrio e deixaria o assunto por aí. Sinto-me fortalecida, porque a ideia do livre arbítrio é em si contraditória, como demonstraram muitos pensadores mais sábios do que eu. Para que a vontade seja livre, ela não deveria ser causada por nada. Mas se não foi causada por nada – se for uma “causa não causada”, como disse (o filósofo) Friedrich Nietzsche – então também não foi causada por você, independentemente do que exatamente você quer dizer com “você” (seu self). Como resumiu Nietzsche, esta é “a melhor autocontradição já concebida”. Concordo com Nietzsche nisso.” (Hossenfelder, pag. 169).

 

Sabine Hossenfelder, Mais do que só átomos: O que a física revela sobre o mundo e a vida (original alemão Mehr als nur Atome: Was die Physik über die Welt und das Leben verrät)