François Villon (1431-1463)

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Leia o poema Balada dos Enforcados, do poeta francês medieval François Villon. "Ladrão, boêmio e ébrio, é considerado o precursor dos poetas malditos do romantismo" (Wikipedia). 

Leia o texto no blog "Singularidade - poesia e etc." no link abaixo: 

https://singularidadepoetica.art/2019/08/03/francois-villon-balada-dos-enforcados/

25 or 6 to 4 - Chicago

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

 As melhores músicas do rock


Chicago

Álbum: 25 or 6 to 4 (Compacto simples -1970)

Música: 25 or 6 to 4




https://www.youtube.com/watch?v=7uAUoz7jimg


Chicago é uma banda de rock estadunidense formada em 1967 em ChicagoIllinois, com o nome Chicago Transit Authority. A autodescrita "banda de rock and roll com corno" mistura elementos de música clássicajazzR&B e pop. Eles começaram fazendo canções com temática politica e migraram posteriormente para um som mais leve, gerando várias baladas de sucesso. O grupo acumulou vários sucessos nas décadas de 1970 e 1980. Em 2008, a revista Billboard elegeu Chicago o décimo terceiro na lista dos cem maiores artistas a aparecerem na parada Hot 100, e depois na posição décima quinta na versão atualizada de 2015. A Billboard também elegeu Chicago o nono maior artista de todos os tempos na parada Billboard 200 em 2015. Chicago é um dos mais bem sucedidos grupos de rock e um dos mais vendidos de todos, com mais de cem milhões de cópias mundialmente. Em 1971, eles tornaram-se a primeira banda de rock a lotar o Carnegie Hall por uma semana.


(Fonte do texto: Wikipedia)

Novo ebook "Agora e depois"

terça-feira, 29 de agosto de 2023


Faça download do meu mais recente e-book, reunindo os principais textos publicados no blog entre janeiro de 2021 e agosto de 2023:



O arquivo está disponível no link abaixo:

https://drive.google.com/file/d/1hMUxQLmCQamNRgy_JUE4PjgwctRmw20U/view?ths=true

Bruno Giorgi (1905-1993)

 


Conheça mais sobre a vida e obra do artista no link GUIA DAS ARTES abaixo:

Leituras diárias

segunda-feira, 28 de agosto de 2023


 

“Numa colônia onde, após três séculos de ocupação, por proibição da Coroa, não havia uma única universidade ou uma tipografia, era realmente fora de propósito querer investir no futuro. A Coroa só conseguia pensar em uma providência: arrochar ainda mais os colonos para que eles, talvez de forma mágica, fizessem o ouro sair da terra. Portugal continuava com a mesma mentalidade predadora de 1500. E iria pagar caro por isso.

Quando o metal precioso começou a rarear, as debilidades do sistema de mineração ficaram evidentes.

Em 1799, ao debruçar-se sobre as causas do declínio da mineração a pedido da Coroa, Joaquim Veloso de Miranda fez um diagnóstico perfeito. Segundo ele, o negócio do ouro era calçado apenas na sorte e no trabalho bruto dos mineradores e de seus escravos. “Nenhuma arte, nenhuma indústria foram aqui jamais conhecidas. (...) Admira que no decurso de um século os [os mineradores] vindouros pouco melhorassem neste gênero de serviço”, afirmou. O que até então parecia ser um método perfeito de “fabricar” dinheiro a partir do mero esforço braçal de escravos era, na verdade, uma cilada. Quanto mais os mineradores progrediam no negócio, mais dependiam da mão de obra escrava. Mas com o esgotamento do ouro de aluvião, o quadro ficou delicado: os mineradores precisavam de um número cada vez maior de escravos — um “bem” caro, frágil e cujo mercado era controlado por oligopólios — mas, como contrapartida, obtinham cada vez menos metal precioso.” (Figueiredo, págs. 343-344)

 

 

Lucas Figueiredo, Boa Ventura!: A corrida do ouro no Brasil (1697-1810)

O que é o "aquecimento global"?

domingo, 27 de agosto de 2023

 Veja o que é, como surge e como atua o aquecimento global. 


 (Imagem: New Scientist)

Leia texto explicativo sobre o tema no link CLIMA EM CURSO abaixo:

https://www.climaemcurso.com.br/blog/2018/09/09/como-ocorre-o-aquecimento-global-2/

Arthur Rimbaud (1854-1891)

sábado, 26 de agosto de 2023

Leia o célebre poema do poeta simbolista francês Arthur Rimbaud Uma estadia no Inferno, escrito originalmente em 1873.


Acesse o texto no link Netmundi.org abaixo:

https://www.netmundi.org/home/wp-content/uploads/2020/11/Uma-Estacao-no-Inferno-por-Artur-Rimbaud.pdf

Nuvem negra

sexta-feira, 25 de agosto de 2023


 (Fonte: Blog Solda Caustico e Alan Sieber)

Jorge Amado (1912-2001)

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

 Entrevista com o escritor baiano Jorge Amado.


Veja o vídeo no link Legião Milenium (imagens TV Cultura)

abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=nQ0Y3SpVVbc

We gotta get out of this place - The Leslie West Band

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

 As melhores músicas do rock 


The Leslie West Band 

Album: The Leslie West Band (1976)

Música: We gotta get out of this place




https://www.youtube.com/watch?v=w3Lj6VJp5Wc&list=PLA2K7Uhu9TwAzawXJ_ftlpSrSEL91aby7&index=10



Leslie West (nascido Leslie Weinstein), Nova Iorque22 de outubro de 1945 – 23 de dezembro de 2020) foi um guitarristacompositor e cantor norte-americano. Foi considerado o 66.º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone. Atuou nas bandas Mountain, West, Bruce & Laing e Leslie West Band, além de carreira solo. Morreu em 23 de dezembro de 2020, aos 75 anos. 

 

(Fonte do texto: Wikipedia e editor do blog)

Gelson Radaelli (1960-2020)

terça-feira, 22 de agosto de 2023

 


Conheça mais sobre a vida e obra do artista no link da UFRGS abaixo:



Leituras diárias

segunda-feira, 21 de agosto de 2023


 

“Um provérbio muito correto diz que ‘quem não trabalha, não come’. Mas como comem aqueles que não trabalham nem nunca trabalharam, e como trabalham aqueles que não têm meios de saciar sua fome! De onde tem de se concluir que aqueles que trabalham o fazem não apenas para si, mas também para o sustento de um exército inteiro de ociosos. Ninguém defende o argumento de que esses ociosos vivem dos esforços e ganhos de seus antepassados, porque os bens mais necessários à vida não podem ser obtidos de antemão e, uma vez consumidos, precisam ser outra vez produzidos pelos esforços dos vivos. Essa divisão desigual, no entanto, não se restringe apenas ao alimento dos corpos, mas também das mentes. Quantos talentos e gênios não têm de carregar o fardo do dia a dia porque a sorte não lhes sorriu no berço, enquanto mentes das mais limitadas esparramam-se em suas cadeiras de autoridade, ocupando cargos no poder e na ciência. Justamente os trabalhos mentais realizados pelos mais idealistas são os mais mal remunerados. Filósofos e poetas são em geral proletários de nascimento, e somente após suas mortes recebem as honras que lhes eram devidas em vida, enquanto que o trabalho apressado e superficial, industrializado e feito ao gosto das massas, é o que recompensa melhor ainda em vida. Tem-se em mente, por exemplo, os deploráveis comediantes puxados pelos cabelos das comédias de situação alemãs, que divertem apenas imbecis, e que a despeito desse fato colocam as melhores produções numa posição desfavorecida em nossos palcos, que deveriam ser instituições a servir o desenvolvimento intelectual do povo.” (Büchner, págs. 6 e 7)

 

Ludwig Büchner, Socialismo e darwinismo

Mario Pedrosa (1900-1981)

domingo, 20 de agosto de 2023


 

Mário Xavier de Andrade Pedrosa nasceu em Timbaúba (PE) em 25 de abril de 1900 e faleceu no Rio de Janeiro em 1981. Era filho de Pedro da Cunha Pedrosa, que foi senador e ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

Em 1913 foi enviado pela família a estudar na Suíça, para a cidade de Lausanne para o Instituto Quinche, no qual permanecer até 1916. De volta ao Brasil, fixou residência no Rio de Janeiro, então a capital do país, para estudar Direito na Faculdade Nacional de Direito (FND) instituição vinculada a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi durante este período que teve contatos com o marxismo, em um grupo de estudos organizado pelo professor da instituição, Edgardo de Castro Rebello. Pedrosa formou-se em Direito no ano de 1923.

Mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como redator de política internacional do jornal “Diário da Noite”, além de escrever artigos sobre crítica literária. Em 1926 filia-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). No início de 1927 desiste de um emprego público de agente fiscal do estado da Paraíba, voltando para São Paulo, onde assume a coordenação local da Organização Internacional para Apoio a Revolucionários (Socorro Vermelho). A instituição havia sido fundada pela Internacional Comunista em 1922, para fornecer auxílio material e apoio moral a comunistas presos em todo o mundo.  

Ainda em 1927, viajou para a Europa com destino a Moscou, recomendado pelo PCB, onde cursaria a Escola Leninista Internacional. No caminho adoeceu na Alemanha, onde no período de convalescença fez cursos de filosofia, estética e sociologia na Universidade Humboldt, em Berlim. Em 1929 volta ao Brasil e retoma suas atividades.

Junto com outros intelectuais filiados a PCB, como o professor e ativista Rodolfo Coutinho e o jornalista e tradutor Lívio Xavier, Mario Pedrosa passa a exercer críticas a certas diretrizes adotadas pelo PCB. Assim, logo depois de seu retorno ao Brasil, foi expulso do partido por ligação com o movimento trotskista (de Leon Trostsky, dissidente do regime stalinista da União Soviética). A partir deste período Pedrosa passa a participar ativamente na Oposição de Esquerda Internacional.

Em 1935 transfere-se para o Rio de Janeiro com sua companheira Mary Houston, apoiando clandestinamente a Aliança Nacional Libertadora (ANL). Assim, com o fracasso da Intentona Comunista de 1935, passa a ser procurado pela polícia política. Permanece na clandestinidade e no final de 1937 vai para a França, onde participa, em setembro de 1938, da reunião de fundação da IV Internacional, em Paris.

Em outubro de 1940 inicia sua viagem de retorno ao Brasil, durante a qual passou pelo PeruBolíviaChileArgentina e Uruguai. Chega ao Rio de Janeiro em 26 de fevereiro de 1941, sendo preso a 3 de março. Foi solto sob a condição de embarcar imediatamente para os Estados Unidos. Retornaria ao país em 1945, quando fundaria o jornal "Vanguarda Socialista", que circularia até 1948. Paralelamente Pedrosa torna-se crítico de arte do “Correio da Manhã” (1945-1951), transferindo-se posteriormente para o jornal paulista “O Estado de S. Paulo” (1951-1956), “Tribuna da Imprensa” (1951-1956), “Jornal do Brasil” (1957-1961), voltando novamente ao “Correio da Manhã” (1966-1968). Nunca, porém, abandonou a militância política, que sempre conciliou com sua atividade jornalística.

Adere ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), no qual permaneceria até 1965, quando, em decorrência da extinção do PSB, ingressou no Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em julho de 1970, quando foi decretada sua prisão preventiva, refugia-se na Embaixada do Chile, onde aguardou durante três meses a expedição de salvo-conduto para viajar para aquele país. Com o golpe militar no Chile, Pedrosa exila-se na França, em 1973. Volta ao Brasil em 1977, quando passa a acompanhar o ressurgimento das lutas sindicais no ABCD paulista. Em agosto de 1978 publica o artigo Carta a um Operário, dirigida a Luiz Inácio da Silva, na qual sugeria a formação de um Partido dos Trabalhadores.

Em suas atividades como crítico de arte, destaca-se como diretor do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), colaborando na criação do Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR), com papel destacado no surgimento do movimento concretista nesta cidade. Foi curador da II Bienal Internacional de Arte de São Paulo (1953) e secretário-geral da IV Bienal Internacional de Arte de São Paulo (1957), organizou o Congresso Internacional dos Críticos de Arte (1959) sobre a cidade de Brasília. Também foi vice-presidente da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA) entre os anos de 1957 e 1970 e presidente da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) em 1962, além de ter sido membro do júri de várias bienais de artes plásticas em todo mundo.

Mário Pedrosa além de incentivador do movimento concretista e da poesia concreta, tendo escrito textos teóricos sobre o novo movimento literário e sido um dos primeiros apoiadores deste movimento, foi mentor e porta-voz da vanguarda carioca do neoconcretismo.

Pedrosa morreu na madrugada do dia de 5 de novembro de 1981, aos 81 anos, em sua residência no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro vitimado por um câncer.  

Principais obras de Mario Pedrosa:

Arte: Necessidade Vital (1949); Panorama da Pintura Moderna (1952); Crescimento e Criação (com Ivan Serpa) (1954); Dimensões da Arte (1962); A Opção Brasileira (1966); A Opção Imperialista (1966); Arte Brasileira Hoje (Com Aracy Amaral, Mário Schenberg, ... [et al.] e coordenação geral de Ferreira Gullar) (1973); Calder (Paris, Maeght éditeur) (1975); Mundo, Homem, Arte em Crise (org. Aracy Amaral) (1975); Arte, Forma e Personalidade (1979); A Crise Mundial do Imperialismo e Rosa Luxemburgo (1979); Sobre o Partido dos Trabalhadores (1980); Dos Murais de Portinari aos Espaços de Brasília (org. Aracy Amaral)(1981); Política das Artes. Textos Escolhidos (1995); Forma e Percepção Estética. Textos Escolhidos II. (org. Otília Arantes).(1996); Acadêmicos e Modernos. Textos Escolhidos III. (org. Otília Arantes) (1998); Modernidade Cá e Lá. Textos Escolhidos IV. (org. Otília Arantes) (2000); Arquitetura - Ensaios críticos (org. Guilherme Wisnik) (2015); Arte – Ensaios (Organização: Lorenzo Mammì) (2015).

 

Frases de Mario Pedrosa


As ideias políticas revolucionárias vieram à tona com a crise das instituições e a crise econômica do café que deram por um momento, sobretudo em São Paulo, ligeiros sintomas de vacância de poder. Osvaldo de Andrade, numa profissão de fé comunista, rompeu com a própria classe, a aristocracia do café, vencida e decadente, convertido por um momento à ideologia do Partido Comunista de então e à revolução proletária. Ao lado e em oposição à Sociedade Paulista de Arte Moderna, fundada por antigos promotores da Semana, já agora acusados de grã-finos, aristocratas e reacionários, lança-se o Clube de Arte Moderna. Flávio de Carvalho, seu organizador e animador, intelectual de alta têmpera, artista de múltiplas possibilidades, rico e desabusado (...) enche o meio paulistano com os ecos de suas atividades e seus desafios. (...) O ambiente de alta tensão social e de crise institucional não permitia mais as explosões puramente estéticas ou culturais da Semana.”

Sob esse critério é que devemos olhar para nossa arquitetura, nossas artes. No Brasil, tivemos primeiro a importação de uma cultura universal, ou pelo menos ocidental, através dos padres e mestres-de-obras da era colonial que para cá vieram, embebidos do barroquismo predominante num Portugal insular. Nas vésperas da Independência, tivemos a introdução de outra cultura ocidental, foi decisivamente a linguagem internacional no século XVIII - o neoclassicismo. Se tivemos tempo de desenvolver certo regionalismo com o barroco português em Minas e Bahia, não tivemos tempo de desenvolver nenhum outro regionalismo com as lições acadêmicas do neoclassicismo. O reviva! colonialista foi um movimento estreito e artificial, de curtíssima duração, embora revelasse certa inquietação em face dos problemas de aculturação de formas arquitetônicas trazidas de fora. Depois, tivemos a importação dos princípios racionalistas da arquitetura dita moderna, antidecorativa, antiacadêmica. Sob a bandeira do funcional, acima de tudo, adotamos então o novo internacionalismo arquitetônico que domina o mundo. “

O Brasil é, assim, o único país do mundo que reconhece, oficialmente, a existência de duas espécies de arte, uma ''acadêmica" ou "clássica" e outra "moderna'', e salomonicamente protege as duas, estimula as duas, não de cambulhada, o que seria mais natural, já que não compete ao Estado distinguir artes e muito menos institucionalizar diferenças, espécies, escolas. Temos, pois, todos os anos dois salões nacionais, oficiais, com os mesmos regulamentos e prêmios, um a funcionar como o duplo do outro. O exercício do sistema já criou mesmo a aberração de na prática ter feito desaparecer a diferença (qualitativa ou estética) entre uma arte e a outra. Como? Permitindo a um participante do salão acadêmico, já isento de júri, no dia seguinte apresentar-se ao salão "moderno" e ganhar neste o grande prêmio de viagem cobiçado. Assim, reconhece-se oficialmente a possibilidade de um sujeito, já consagrado como artista "acadêmico" ou "clássico" ser meses depois consagrado como artista ''moderno'' no salão destinado à tal arte moderna.”

O capitalismo brasileiro, nascido e crescendo às custas das crises internacionais e internas, aproveitadas para proteções, estímulos, intervenções e numa deliberada política de favores aos grupos industriais brasileiros, e improvisações que permitiam de vez por outra bom es- paço a manobras, golpes de audácia e iniciativas dos melhores ou mais representativos dos capitães de indústria e empresários de seu terreiro, estranhou o rigorismo ortodoxo com que o quiseram enquadrar os novos governantes. A política oficial acabou na sua luta ingrata contra a inflação e pela estabilização monetária, por submeter empresários, banqueiros e manipuladores de capitais brasileiros à seguinte alternativa: contenham preços, disciplinem lucros, canalizem recursos, obedeçam aos contingenciamentos inevitáveis, cortem salários, racionalizem as atividades, obtenham a “produtividade” seja lá como for, sob pena de desaparecer para deixar o campo livre aos monopólios e trustes estrangeiros poderosamente armados e ricos, principalmente controlados pelas grandes corporações americanas. “

Ser revolucionário é a profissão natural de um intelectual

Arte é o exercício experimental da liberdade.”

Vivi uma vida acordado para muitas coisas.”

 

 

(Fontes: Site Jacobini; Wikipedia; Open Edition Books; Livro “Mundo, Homem Arte em Crise”, Livro “A opção brasileira”; Site Outras Palavras; Site Folha de São Paulo (19/10/1988); Site Mario Pedrosa; Site O Pensador)

Natureza imprevisível?

sábado, 19 de agosto de 2023

"Devemos observar nesse ponto de que a física moderna é de certa maneira extremamente próxima das doutrinas de Heráclito. Se substituirmos a palavra 'fogo' pela palavra 'energia' podemos quase repetir suas afirmações, palavra por palavra, de nosso ponto de vista moderno."   -   Werner Heisenberg   -   Física e Filosofia             


O esgotamento irreversível dos recursos naturais finitos deixará as gerações futuras sem possibilidade de utilizá-los. Os recursos naturais são usados no processo de produção — petróleo, gás e carvão como combustível; água na indústria e na agricultura; árvores para madeira e papel; uma variedade de depósitos minerais, como minério de ferro, cobre e bauxita em processo de fabricação; e assim por diante. Os combustíveis fósseis líquidos formam a base dos sistemas de transporte do mundo – automóveis, ônibus, trens, caminhões, navios e aviões. Alguns recursos, como florestas e pesca, são de tamanho finito, mas podem ser renovados por processos naturais se usados em um sistema planejado que seja flexível o suficiente para mudar conforme as condições o justifiquem. O uso futuro de outros recursos – petróleo e gás, minerais e aquíferos em algumas áreas desérticas ou secas (água depositada pré-historicamente) – serão limitados para sempre ao suprimento que existe atualmente. A água, o ar e o solo da biosfera podem continuar a funcionar bem para as criaturas vivas do planeta, somente se a poluição não exceder sua capacidade limitada de ser assimilada e tornar os poluentes inofensivos.” (W.William Kapp citado por Madoff & Bellamy Foster, pág 67).

 

 

O universo em que vivemos, onde de diversas maneiras atuamos durante toda nossa vida, o cosmos no qual a vida se desenvolveu e que segundo a ciência teve início há cerca de 13,7 bilhões de anos, tem um comportamento previsível, quase determinista? É o que parece, a considerarmos as descobertas feitas pela ciência pelo menos até o nível atômico - o misterioso mundo quântico ainda é uma incógnita. A maior parte dos fenômenos naturais, seja no nível físico, químico e biológico, é em grande parte previsível e explicável – ou o será, a continuar o avanço das descobertas e teorias.

Essa é a mais efetiva maneira de conhecer e manipular a natureza; através da atividade humana chamada de ciência. À medida que as descobertas e as explicações aumentam e se tornam mais refinadas, aparecem também incertezas em relação aos conhecimentos passados, apontados por fatos que antes nem suspeitávamos existirem. Na biologia, nas interações entre as diversas espécies e ecossistemas, ainda há muitas lacunas de conhecimento que aparecem à medida que as pesquisas se aprofundam. Descobertas recentes, feitas pelo potente observatório astronômico James Webb, lançado ao espaço em 2022, estão colocando em cheque a teoria sobre a formação das primeiras galáxias, por exemplo. Na física de partículas, na teoria quântica, o desconhecimento e as dúvidas ainda são grandes em diversos aspectos, apesar da crescente consolidação da teoria, através de novas descobertas.

No entanto, na fase de desenvolvimento científico e técnico no qual a humanidade se encontra, já temos um considerável conhecimento do nosso mundo e de seu funcionamento. Sabemos que não existem intervenções mágicas ou sobrenaturais de seres estranhos ou invisíveis (os microrganismos, apesar de invisíveis, são parte do mundo natural). Os acontecimentos de todos os tipos com os quais nos deparamos no dia a dia em nossas diversas atividades, são explicáveis e devem-se à atuação de leis da natureza já conhecidas e dominadas. Assim não há mais espanto com relação à transmissão de imagens e voz a longas distâncias, cirurgias delicadas feitas por robôs, acionamento de teclados de computadores pelos impulsos elétricos da atividade cerebral, por exemplo. Muito menos surpresa ainda com o funcionamento de motores elétricos, os voos de aviões supersônicos, reatores nucleares gerando calor e eletricidade e placas de silício fornecendo eletricidade a partir de luz solar; tecnologias ainda mais comuns e difundidas.  

A previsibilidade do mundo natural também fundamenta grande parte das atividades baseadas na cultura. Diferente dos outros animais, nós, os homo sapiens, criamos uma linguagem, inventamos ferramentas, construímos abrigos, produzimos nosso alimento através da agricultura, elaboramos leis e organizamos estados. Interferimos no mundo natural e humano de diversas maneiras, de modo a assegurarmos uma vida mais segura e confortável; desenvolvemos uma cultura material (ferramentas, tecnologias) e imaterial (leis, religiões, ciências, costumes, arte), para podermos sobreviver em um universo hostil ou, no mínimo, indiferente às nossas necessidades. O filósofo inglês Francis Bacon (1561-1626), um dos criadores do método científico, escrevia que “A verdadeira e legítima meta das ciências é a de dotar a vida humana de novos inventos e recursos.”.

Respondendo à pergunta inicial, consideramos que de modo geral o universo e seu funcionamento é previsível, já que é baseado neste fato que as teorias científicas e a tecnologia que desenvolvemos funcionam. Alguns cientistas e filósofos chegam a afirmar que o universo é determinista e que apenas alguns de seus aspectos se comportam de maneira aleatória. Esta é uma antiga discussão dentro da filosofia, que remonta aos tempos de Demócrito (460 AEC – 370 AEC) e Epicuro (341 AEC – 271 AEC).

Nestas condições a humanidade, dado seu desenvolvimento científico e tecnológico, detêm cada vez mais conhecimentos para evitar ou diminuir o efeito de situações adversas ou melhorar as existentes. Na prática, com base em saberes e experiências adquiridas (que também se transformaram em conhecimento), especialistas e empresas de diversos setores criam equipamentos e produtos cada vez mais eficientes e eficazes, além de seguros e baratos. Da mesma forma aumentam os conhecimentos no campo da medicina e, cada vez mais, doenças e outros males podem ser evitados e combatidos de maneira mais efetiva. Isso para não falar em várias outras áreas, onde o avanço técnico-científico é constante, porém por vezes com efeitos colaterais – as externalidades – indesejáveis.  

Cabe notar, no entanto, que no desenvolvimento de “novos inventos e recursos”, como os citados por Bacon, terão prioridade aqueles que propiciarem um retorno econômico para os agentes que estão investindo recursos no avanço desta ciência ou tecnologia. A pesquisa científica exige atualmente o aporte de grandes volumes de capitais, somente disponíveis a alguns governos e grandes grupos econômicos. Assim, por exemplo, o aperfeiçoamento de um medicamento para curar uma moléstia da qual são vítimas centenas de milhares de pessoas em países pobres, não terá a atenção e prioridade de um fármaco destinado a acelerar o processo de emagrecimento de indivíduos em países ricos. O que geralmente tem o maior peso na pesquisa e no desenvolvimento de uma tecnologia é o seu benefício econômico. É o caso das vacinas contra doenças tipicamente tropicais, que anualmente vitimam milhares de pessoas no hemisfério Sul do planeta, e para a cura das quais os grandes laboratórios do hemisfério Norte têm pouco interesse em alocar fundos para a pesquisa.

O quadro é o mesmo em várias outras situações, para as quais a ciência há muito desenvolveu tecnologias agora largamente disponíveis, mas que por razões econômicas não são aplicadas. Basta falarmos da construção de estações de tratamento de água e esgoto em regiões onde as populações ainda precisam conviver com esgoto a céu aberto e água contaminada. A implantação de projetos de coleta, reciclagem e disposição de resíduos urbanos, cuja falta ainda causa tantas doenças evitáveis e contaminação dos solos. A implantação de políticas de redução ou eliminação de defensivos agrícolas altamente tóxicos (agrotóxicos), mesmo contando com a oposição de amplos segmentos do agronegócio brasileiro, que lucram com a poluição dos recursos naturais. Somente nestas áreas que citamos, diretamente ligadas à proteção do meio ambiente, o bom uso dos conhecimentos científicos e de modernas tecnologias – amplamente disponíveis – poderia evitar destruição e mortes desnecessárias.

No final desta curta digressão concluímos que, pelo menos para efeitos práticos no que concerne à sobrevivência humana no planeta, o universo e a natureza têm um comportamento previsível. Caso contrário, nem nós, nem as outras espécies vivas que nos precederam e as que conosco hoje dividem o planeta, teriam condições de sobreviver. A imprevisibilidade que mais afeta os humanos corre por conta da pequena parcela da humanidade - os famosos 1% - , cujo principal objetivo de vida é amealhar a maior quantidade de recursos possíveis, à custa de seus semelhantes e do planeta. Os efeitos desastrosos deste comportamento causam enormes prejuízos ao restante dos humanos e é imprevisível o estrago que provocarão de maneira crescente ao futuro do planeta.  

 

Referências:

Bacon, Francis. Aforismos sobre a interpretação da natureza e o reino do homem. Editora Nova Cultural Ltda. São Paulo: 2000 254 p.  

Magdoff, Fred. Bellamy Foster, John. What every environmentalist needs to know about Capitalism. New York. Mothly Review Press: 2011, 187 pgs.

 


(Imagens: colagens de Tristan Tzara)

Lobistas

sexta-feira, 18 de agosto de 2023


 
(Fonte: Glauco na Folha de São Paulo)

Cora Coralina (1889-1985)

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

 Veja as entrevistas da poetisa Cora Coralina no canal INSPIRAÇÃO LITERÁRIA :



https://www.youtube.com/watch?v=4kILdg6qFgA&list=RDCMUCtkqJqBXSmX4TjbDVN-udJA&start_radio=1&rv=4kILdg6qFgA&t=76

I can see for miles - Vanilla Fudge

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

 As melhores músicas do rock


Vanilla Fudge

Álbum: Spirit of 67 (2015)

Música: I can see for miles




https://www.youtube.com/watch?v=rtg6sLX3dx0&list=PLq8hafG1bk2zekQjDV47yfI8LB4rJwz1t&index=3



Vanilla Fudge é uma banda estadunidense de rock psicodélico formado em 1966 em Long IslandNova Iorque. Os fundadores foram: Tim Bogert (vocal, baixo), Carmine Appice (bateria), Mark Stein (teclados) e Vince Martell (guitarra). Grandes admiradores dos Beatles, fizeram covers de "Ticket To Ride" e "Eleanor Rigby" , mas o grande sucesso veio com uma hard e psicodélica versão de "You Keep Me Hangin'", uma canção de sucesso de The Supremes.

Outro cover que lhes entregue para a história da música moderna é a "Some Velvet Morning, uma suave canção originalmente composta por Lee Hazlewood, e realizada pelo autor em dueto com Nancy Sinatra. A Vanilla irá dar uma interpretação pessoal decididamente psicodélico e extensamente à procura de som extremamente estridente com o original e que o tornam uma espécie de manifesto do psicodélico. Digno de nota, também, a interpretação em uma moderna forma de famosas peças de música clássica.

 

(Fonte do texto: Wikipedia)



DIA DO FILÓSOFO




(Fonte: Blog Filosofia Hoje)
 

Guttmann Bicho (1888-1955)

terça-feira, 15 de agosto de 2023

 


Conheça mais sobre a vida e obra do artista no link MSC abaixo:

Leituras diárias

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

 



“Consumir é muito mais que a simples aquisição pela qual o homem pretende inscrever-se no eterno, e por essa via, aliena-se eventualmente aos elementos de seu cenário, como fazia o Pai Goriot com suas propriedades: consumir significa antes exercer uma função que faz desfilar pela vida cotidiana um fluxo acelerado de objetos entre a fábrica e a lata de lixo, o berço e o túmulo, numa condenação necessária ao transitório, ao provisório. Ao contrário do século XIX, o objeto é perpetuamente provisório, torna-se produto, é a nova modalidade Kitsch. Constrói-se aqui um novo tipo de alienação do homem em relação a seu ambiente. Este é o quadro em que se situa o Kitsch cujos exemplos levarão a perceber suas formas e conteúdos.

Isto nos leva a distinguir dois grandes períodos no Kitsch: o primeiro está ligado à ascensão da sociedade segura de si mesma, capaz de impor suas colherinhas de café e suas pinças de açúcar nos desertos do México e nas estepes da Ásia central, sociedade simbolizada pelo grande centro comercial, ligada à manufatura, e construtora de uma arte de viver com a qual vivemos ainda hoje.

O outro período, aquele que se desenvolve diante de nós, é o Neokitsch do consumível, do objeto como produto, da densidade de elementos transitórios, simbolizada pela emergência do supermercado e do Prisunic (Preço Fixo, comparável às Lojas Americanas), que tomou conta da nossa vida (40% do comércio a varejo) e que modifica a arte de viver criando uma ‘Arte’ apenas.” (Moles, pág. 24 e 25).

 

Abraham Moles, O Kitsch

Por que taxar grandes fortunas?

domingo, 13 de agosto de 2023

Por que grandes fortunas, grandes heranças e dividendos devem ser taxados no Brasil?



(Fonte: Rede Brasil Atual)


Leia texto no link Brasil de Fato abaixo:

Jack Kerouac (1922-1969)

sábado, 12 de agosto de 2023

 Leia o livro On the road (Pé na estrada) do escritor da geração beat americana Jack Kerouac.



Faça download do livro (em português) no link abaixo:

https://jackerouac.files.wordpress.com/2016/01/jack-kerouac-on-the-roadversc3a3o-alterada-pelas-editoras-em-portugc3aas-1.pdf

Capitalismo

sexta-feira, 11 de agosto de 2023


 
(Fonte: Alan Sieber/UEFS)

Clarice Lispector (1920-1977)

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Veja trecho da entrevista com a escritora Clarice Lispector feita em 1976. 



Veja a entrevista no vídeo do canal INSPIRAÇÃO LITERÁRIA, no link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=91YsrgTdhDQ&t=54s

Riders on the storm - The Doors

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

 As melhores músicas do rock 


The Doors

Álbum: L. A. Woman (1971)

Música: Riders on the storm 




https://www.youtube.com/watch?v=7G2-FPlvY58


The Doors foi uma banda de rock norte-americana, fundada em 1965, em Los AngelesCalifórnia. O grupo era composto por Jim Morrison (voz), Ray Manzarek (teclados), Robby Krieger (guitarra) e John Densmore (bateria). A banda recebeu esse nome por sugestão de Morrison do título do livro de Aldous HuxleyThe Doors of Perception. Esteve entre as mais controversas e influentes bandas de rock da década de 1960, principalmente por causa das letras de Jim Morrison e atuações de palco carismáticas e imprevisíveis. Após a morte de Morrison em 1971, os membros remanescentes continuaram como um trio até se separarem em 1973.

Canções como "Break on Through (To the Other Side)", "Light My Fire", "People Are Strange" ou "Riders on the Storm", aliadas à personalidade e escândalos grandiosos protagonizados por Jim Morrison, contribuíram de sobremaneira para o aumento da fama do grupo.

Após a dissolução da banda no início da década de 1970 o interesse nas músicas dos Doors se manteve elevado, ultrapassando mesmo, por vezes, o que o grupo teve enquanto esteve ativo. Em todo o mundo, os seus discos já venderam mais de 100 milhões de cópias e de seus DVDs 5 milhões, e continuam a vender cerca de 2,5 milhões anualmente.

 

(Fonte do texto: Wikipedia)