Leituras diárias

segunda-feira, 31 de julho de 2023


 

“A liberdade não é apenas a oportunidade de fazer o que queremos; nem é apenas a oportunidade de escolher entre alternativas fixas. A liberdade é, em primeiro lugar, a possibilidade de reformular as escolhas existentes, discuti-las – e então, a oportunidade de escolher. É, por isso, que a liberdade não pode existir sem um maior papel da razão humana nas questões humanas. Dentro da biografia do indivíduo e dentro da história de uma sociedade, a tarefa social da razão é formular escolhas, ampliar o alcance das decisões humanas no processo histórico. O futuro das questões humanas não é apenas um conjunto de variáveis a serem previstas. O futuro é que está por ser decidido – dentro dos limites, sem dúvida, da possibilidade histórica. Mas essa possibilidade não é fixa; em nossa época, os limites parecem realmente muito amplos.” (Mills, pág. 189)

 

G. Wright Mills, A Imaginação Sociológica

Joaquim Inojosa (1901-1987)

domingo, 30 de julho de 2023

 


Joaquim Inojosa de Andrade nasceu em São Vivente Férrer (PE) em 27 de março de 1901. Faleceu na cidade de Rio de Janeiro (RJ) em 1987.

Joaquim Inojosa nasceu na Zona da Mata pernambucana, na então vila de São Vicente, atualmente o município de São Vicente Férrer. Era filho de João Inojosa de Albuquerque Andrade Lima, pernambucano, e de Ninfa Pessoa de Albuquerque Vasconcelos, paraibana de Umbuzeiro. Iniciou os primeiros estudos em sua vila natal, em Timbaúba e em Recife e finalizou o curso secundário no Lyceu Paraibano, em 1918. Em 1919 ingressa na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1923. Em 1920, publica na Paraíba seu primeiro livro, Tentames

Em 1922, como secretário da embaixada dos estudantes do 1º Congresso Internacional de Estudantes nas Festas do Centenário da Independência, viaja ao Rio de Janeiro. Aproveita a viagem para conhecer São Paulo e, visitando a sede do jornal “Correio Paulistano”, trava conhecimento com Menotti del Picchia e Oswald de Andrade, então líderes do movimento modernista, que havia ocorrido na capital paulista há alguns meses. Conhece parte dos intelectuais envolvidos na Semana de Arte Moderna, retornando a Recife levando edições da revista Klaxon e vários exemplares das publicações de Oswald e Mário de Andrade.

De volta a Pernambuco, atua como advogado e torna-se entusiasmado divulgador do modernismo paulista, editando entre 1923 e 1924 uma revista chamada “Mauricéia” (em referência à revista “Paulicéia Desvairada”, de Mário de Andrade). Também publica um pequeno livro intitulado A Arte Moderna, convidando os colegas paraibanos da revista “Era Nova” a se juntarem ao movimento modernista. A publicação repercutiu na imprensa local e dividiu opiniões entre os que endossavam as ideias modernistas e os que defendiam uma literatura regionalista. Humberto Hermenegildo de Araújo, professor da UFRN, considera que o interesse pelo modernismo “paulista” no Nordeste oscilou entre a posição de Inojosa (que pressupunha, como o movimento modernista, a ruptura com o passado e o abandono das formas tradicionais), e de Gilberto Freyre, que não concordava com as ideias vindas de São Paulo. O sociólogo afirmava que as novidades vindas de São Paulo eram notícia velha, já que ele próprio conhecera o “primitivismo” nos Estados Unidos, dez anos antes. O grupo modernista-regionalista de Recife, liderado por Gilberto Freyre, em seu “Manifesto regionalista” (1926), defendia a renovação das artes por meio da valorização das tradições nordestinas.

Inojosa, além de sua atividade literária e advocatícia envolve-se com as atividades que levam à criação do Território de Princesa (região entre a Paraíba e Pernambuco), sendo obrigado a abandonar sua terra após a Revolução de 1930. Depois disso, em dezembro de 1930, transfere-se definitivamente para o Rio de Janeiro, passando a se dedicar prioritariamente à advocacia e ao jornalismo, atuando como diretor do jornal “Meio Dia” entre 1939 e 1942. O jornal teve uma atitude simpática em relação ao regime da Alemanha durante parte da 2ª Guerra Mundial, todavia mudando sua linha editorial a partir do momento em que se configurava a vitória das forças aliadas. Perdendo grande número de leitores, a publicação encerrou atividades logo em seguida.

Inojosa continuou atuando na área do direito, do jornalismo e da crítica literária, vindo a falecer em 21 de janeiro de 1987. 

Principais obras de Joaquim Inojosa: Tentames, contos (1920); A Arte Moderna, plaquete (1924); O Brasil Brasileiro, conferência (1925); República Socialista, conferência (1933); Episódios - Campanha política de 1937 (1955); Diário de um turista apressado (1959); Diário de um estudante - (1920-1921) (1960); Crônicas de outros tempos (1963); Crítica e Polêmica (1963); Discursos e Conferências (1963); O Movimento Modernista em Pernambuco, 4 volumes (1968/1969/1984); No Pomar Vizinho (1969); Um movimento imaginário (1972); Carro Alegórico (1973); Os Andrades e outros aspectos do Modernismo (1975); A Arte Moderna - O Brasil Brasileiro, edição cinquentenária (1977); Pá de Cal (1978); 60 Anos de Jornalismo (1917/1977) (1978); 70 Atas Sabadoyleanas (1980); José Américo de Almeida - Algumas cartas (1980); República de Princesa (José Pereira X João Pessoa - 1930) (1980); Sursum Corda (1981); A Tragédia da Rosa dos Alkmins, crônicas (1984).


Frases de Joaquim Inojosa

É o que aconselha a geração atual, senhores. É o que defendem os modernistas: eles veem que periga, ante a invasão estrangeira, o espírito de brasilidade: lembram que, ao desencadear-se a guerra europeia, o Brasil teve que procurar nas suas fontes de riqueza o necessário para substituir às grandes crises advindas. E clamam pela libertação do Brasil, por sua formação.”;

Vamos, senhores e senhoras, homens e mulheres, que me ouvis, vamos preparar a nossa pátria. Cabe à mocidade esta missão. Somente os moços têm audácia para esse surto de patriotismo e fé. Sigamos todos à oficina para trabalhar pelo Brasil brasileiro. Vamos vestir o Brasil, para que, no baile do futuro, ele seja o mais inteligente e o mais jovem, o mais forte e o mais elegante, consciente da sua força e dominador pelo seu espírito de cultura e de originalidade. Somente assim teremos preparado a nossa pátria.”;

Se não lutar não venceremos. A luta é condição essencial da vitória na vida. Duas forças, sobretudo, requer: energia e força de vontade. Pela força de vontade, caminha-se; pela energia de vontade levanta-se a cabeça; pela energia, impõe-se o que ela pensa. A felicidade, nesse caso, é sempre o que se procura.”.

 

 

(Fontes pesquisadas: Wikipedia; O Globo Cultura; Texto “Joaquim Inojosa e a divulgação do Modernismo na Argentina: Cartas de Bráulio Sánchez-Sáez e Luis Emilio Soto (1925)” de Giuseppe Roncalli Ponce Leon de Oliveira, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) publicado em Estudos Universitários – Revista de Cultura; Texto “Joaquim Inojosa: ousadia, energia e amizades na construção do campo intelectual na cidade dos anos 1920” de Natália Conceição da Silva Barros)

Jorge Luis Borges (1899-1986)

sábado, 29 de julho de 2023

 Leia o livro Ficções, do escritor e poeta argentino Jorge Luis Borges.



Baixe o texto no link teoriadoespaçourbano.files.wordpress.com:

Titanic e as mudanças climáticas

sexta-feira, 28 de julho de 2023


 (Fonte: Popperfont.net)

Jorge Luis Borges (1899-1986)

quinta-feira, 27 de julho de 2023

Veja trecho da entrevista do escritor e poeta argentino Jorge Luis Borge no site Inspiração Literária.



Acesse o vídeo no link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=hA6yYgSuVHk

For what it's worth - Buffalo Springfield

quarta-feira, 26 de julho de 2023

 As melhores músicas do rock


Buffalo Springfield

Álbum: Buffalo Springfield (1966)

Música: For what it's worth







Buffalo Springfield foi uma banda norte-americana de folk rock de vida curta e de grande influência, que serviu de plataforma de lançamento para as carreiras de Neil YoungStephen Stills, Richie Furay e Jim Messina. Após sua formação, em abril de 1966, uma série de interrupções devido a pressões do mundo de negócio musical e brigas internas, deu como resultado trocas contínuas na formação da banda, e finalmente culminou na dissolução da banda depois de apenas 25 meses juntos.

 

(Fonte: Wikipedia)

Taxar dividendos e grandes fortunas!


 

Celso Antônio Silveira de Menezes (1896-1984)

terça-feira, 25 de julho de 2023

 



Conheça mais sobre a vida e obra do artista no link Wikipedia abaixo:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Celso_Ant%C3%B4nio_de_Menezes

25 de julho - Dia Nacional do Escritor

 DIA NACIONAL DO ESCRITOR



(Fonte: Mundo Educação)



Leituras diárias

segunda-feira, 24 de julho de 2023


 

O povo se identificava com as chanchadas, pois, utilizando a comicidade, a paródia e, muitas vezes, o deboche, elas feriam na carne as mazelas maiores e menores da sociedade brasileira, como a falta d’água e de luz, a burocracia que emperrava o serviço público, a corrupção, a carestia, o nepotismo, o clientelismo, a malandragem ostensiva ou discreta dos políticos e dos empresários. Todas as chanchadas tinham o seu mocinho, a namorada do mocinho, o anti-herói e sua gangue, a dupla encarregada da comicidade, a feia que se apaixona por um dos cômicos, os números musicais, e, quase sempre, as inesquecíveis brigas de boate. As chanchadas faziam, a seu modo, um painel do cotidiano, que afetava (e ainda afeta) duramente a população, principalmente os mais pobres. Através das chanchadas o povo ria de sua própria desgraça, o que, talvez, fosse uma maneira de aliviar ou escarnecer o sofrimento do dia a dia. Eu me vingo – rindo. Assim eram as chanchadas.” (Aguiar, pág.62)

 

Ronaldo Conde Aguiar, Guia do Passado – Alegrias, venturas e esperanças: os anos 1950 e suas adjacências

Claudio Abramo (1923-1987)

domingo, 23 de julho de 2023

 


Cláudio Abramo nasceu em São Paulo em 6 de abril de 1923 e morreu na mesma cidade em 12 de agosto de 1987. Foi um dos mais destacados jornalistas brasileiros, tendo sido responsável pelas mudanças no estilo, na formatação e no conteúdo em dois dos maiores jornais brasileiros; os paulistas, “O Estado de São Paulo” (1952-1963) e a “Folha de São Paulo” (1975-1976).

Claudio foi o filho mais novo de Vincenzo Abramo e Iole Scarmagnan; era neto do anarquista italiano Bortolo Scarmagnan e fazia parte de uma família muito influente na arte, na imprensa e na política brasileira no século XX. Seus irmãos foram o gravador Lívio Abramo, os jornalistas Athos Abramo e Fúlvio Abramo, a atriz Lélia Abramo, a professora Beatriz Abramo e Mário Abramo. Claudio também foi tio de Perseu Abramo, também um jornalista da mesma cepa ideológica, que militou até sua morte no Partido dos Trabalhadores, sendo hoje nome da Fundação criada pelo PT para formar novos quadros políticos.

Foi casado com a artista plástica e chargista (a primeira mulher chargista na imprensa brasileira) de origem alemã, Hilde Weber, com quem teve um filho, Claudio Weber Abramo, que também se tornaria famoso jornalista. Mais tarde, Claudio casou-se com Radha Abramo, crítica de arte e também sua prima, com quem teve duas filhas: a socióloga Barbara Abramo e a jornalista Berenice Abramo.

Fluente em italiano, francês e inglês, Claudio na política seguia linha comunista trotskista. No entanto, seu entusiasmo pela carreira jornalística fez com que abandonasse a militância política, dedicando-se totalmente ao seu trabalho. Tinha um estilo de jornalismo conciso e imparcial, influenciado pelo jornalismo norte-americano, hoje presente na maior parte dos grandes veículos de informação brasileiros, substituindo os antigos textos longos e opinativos. Seus mestres no jornalismo foram os jornalistas Lívio Xavier, Ermínio Saccheta e Mário Pedrosa; todos ligados ao movimento da esquerda brasileira.  

Diferentemente de seus irmãos mais velhos que estudaram no Colégio Dante Alighieri (tradicional colégio da cultura italiana em São Paulo), Claudio cursou apenas o curso primário, tendo obtido o diploma ginasial, prestando um exame de Madureza, aos 46 anos de idade. Segundo declaração de Geraldo de Barros, amigo de Cláudio, "Ele (Cláudio) se orgulhava de duas coisas: ser autodidata e ter sido testamenteiro de Oswald de Andrade, de quem foi amigo.”.

Em 1945, aos 22 anos, foi um dos criadores do “Jornal de São Paulo”, dirigido pelo poeta Guilherme de Almeida. Em 1947, passa pelos “Diários Associados, e, no início de 1948, começa a colaborar com “O Estado de São Paulo.

Nos anos de 1951 e 1952, Claudio frequentou a Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS) de Paris, a convite do governo francês. Naquela cidade, morou no Hotel de L'Academia, na rua de Saint-Pères, assim como outros brasileiros, de quem viria a ser amigo: o artista plástico Geraldo de Barros, o matemático Carlos Lira e o físico Jorge Leal. Estabeleceu relação muito próxima de Mário Pedrosa, que dividia, também em Paris, um apartamento com o crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes. Claudio adotou Mário Pedrosa como seu mestre no jornalismo e este era um dos poucos que podia repreender Claudio, mesmo quando este já chegava aos sessenta anos. Nesta estadia em Paris inicia namoro com Radha Abramo, que viria a ser sua segunda esposa.

Em 1953, de volta ao Brasil, assume o cargo de secretário de redação de “O Estado de S. Paulo”, tornando-se o profissional mais jovem a assumir este cargo. Ali, em colaboração com o também jornalista Giannino Carta, diretor do jornal, inicia o processo de modernização e profissionalização do veículo. Em 1962, a família Mesquita, dona do jornal, inicia um processo de aproximação dos militares que conspiravam contra o governo eleito de João Goulart. Não concordando com esta situação, Claudio, pressionado, pede demissão em 1963.

Em seguida, assessora o então ministro da Fazenda, Carvalho Pinto, que deixou o cargo no fim daquele ano. Logo depois, Claudio foi contratado para reformar o tabloide “A Nação”, mas, após demitir quase toda a redação, fechou o jornal em janeiro de 1964. Seu emprego, Claudio foi contratado por Octavio Frias de Oliveira, dono da “Folha de São Paulo”, para que começasse a trabalhar no ano seguinte como chefe de produção. No jornal, foi recebido com inamistosamente por chefias contrárias à sua contratação. Nos primeiros anos de atuação no jornal, devido a sua instabilidade financeira, pouco conseguiu fazer. Dessa forma, Claudio foi afastado da direção em 1972. Nessa época, foi perseguido pela ditadura e chegou a ser preso, em 1975, acusado de subversão.

Ao longo dos anos seguintes, Claudio volta a trabalhar na “Folha de São Paulo”, que havia mudado sua linha editorial, na companhia de outros nomes famosos da imprensa, como Paulo Francis Alberto Dines, além de intelectuais de várias correntes ideológicas para as recém-criadas páginas de opinião. Entre as mudanças estabelecidas no jornal, buscou uma primeira página mais agressiva e maior rigor na apuração das notícias, independente das pressões. Coordenou, a partir de 1978, o recém-criado conselho editorial do jornal. As reformas que implantou na Folha influenciaram os rumos do jornalismo brasileiro na década de 70.

Ao sair da “Folha”, Claudio juntou-se a Mino Carta (que também havia saído da revista “Veja” por perseguição política) para fundarem o “Jornal da República. Também esteve à frente da “Leia Livros”, publicação criada em sociedade com a editora Brasiliense em 1978. Colaborou com a revista “Senhor Vogue”, (de Luis Carta, Mino Carta e Domingo Alzugaray) de abril de 1978 a abril de 1979. Foi correspondente do jornal “Folha de São Paulo” em Londres, no período de 1980 a 1982, e em Paris, até 1984. Em 1984, assumiu a coluna “São Paulo”, na página 2 da “Folha de São Paulo”, e em novembro de 1985 retomou colaboração com a revista “Senhor”. Estas colaborações só se interromperam com seu falecimento.

Em 1985, Claudio lecionou jornalismo na pós-graduação na Universidade de São Paulo, na condição de professor “Notório saber.

Vítima de insuficiência cardíaca morreu em 14 de Agosto de 1987 aos 64 anos.

Postumamente, em 1988, publicou-se o livro A regra do jogo, reunindo artigos sobre política, literatura, impressões de viagens e um ensaio autobiográfico.

 

Frases de Claudio Abramo

 

Brasília é uma cidade curiosa, geométrica (alguém já disse que para viver ali é preciso saber resolver teoremas), hierática, burocratizada, autoritária – mas belíssima.” (Brasília à flor da pele);

Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade madura. Depois dos quarenta a existência humana, a não ser para os asiáticos, que têm o segredo da vida longeva e produtiva, assinala realmente uma decadência interminável, até que ela se torna insuportável: toda a razão da vida se concentra em algumas coisas muito específicas, em seres, sobretudo, e daí o conflito que se trava no interior de cada ser humano, quando aquilo que ele quis ser para duas, três ou quatro pessoas – pois é nisso que se concentra nossa vida – deixou de ser o que realmente se quis ser e parecer.” (Inventário da infância perdida);

Tive uma formação clássica humanística. Cresci numa família de revolucionários; meu avô era anarquista, todos os meus irmãos eram trotsquistas. Sou autodidata, não frequentai escola. (...) Mas li muito, desde menino, e sempre frequentei pessoas que me ajudariam intelectualmente. Minha família era formada de gente culta, que lia muito.” (Da introdução);

A burguesia brasileira não apenas é refratária a qualquer reforma, mesmo moderada (como nos mostram os trabalhos da Constituinte). Como ela quase sempre se alia aos competidores e dominadores, as multinacionais e os bancos estrangeiros, como prova a campanha desenvolvida aqui contra a ideia do ‘calote’ que iríamos passar aos credores a noção do ‘calote’ é uma noção absolutamente absurda, desde que partamos do princípio de que não devemos pagar a dívida externa porque não podemos.” (a burguesia submissa);

O jornalismo é antes de tudo e sobretudo a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter.”;

Minha ética como marceneiro é igual à minha ética como jornalista – não tenho duas.”

 

 

(Fontes: Wikipedia; Portal dos Jornalistas; Revista Imprensa – Jornalismo e Comunicação; Livro “A regra do Jogo”)

Peter Wessel Zappfe (1899-1990)

sábado, 22 de julho de 2023

Ouça áudio sobre a vida e a filosofia do pensador norueguês Peter Wessel Zappfe.



Acesse áudio no link do site Martelo Niilista abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=NkchV9JE73Q


Texto completo do artigo disponível no link do blog Da Natureza & da Cultura:

http://ricardorose.blogspot.com/2020/07/peter-zapffe-filosofo-tragico.html

Dinheiro e bancos

sexta-feira, 21 de julho de 2023

 


(Fonte: Flávio Chaves)

Homenagem ao poeta Manoel de Barros (1916-2014)

quinta-feira, 20 de julho de 2023

 Veja homenagem ao poeta Manoel de Barros do "Canal Curta"



Assista no link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=_ExE0goH1kY


Flirtin' with disaster

quarta-feira, 19 de julho de 2023

 As melhores músicas do rock


Molly Hatchet

Álbum: Flirtin' with disaster (1979)

Música: Flirtin' with disaster




https://www.youtube.com/watch?v=Ta5hPRmxo8k&list=PLsT9douBcx99FN5Kqm-PkHpFjnSiw9J-C&index=6


Molly Hatchet é uma banda americana de southern rock formada em Jacksonville, Flórida, em 1975. Eles são conhecidos por sua música de sucesso "Flirtin 'with Disaster" (que alcançou a posição #42 na Billboard Hot 100), do álbum de mesmo título. A banda, fundada por Dave Hlubek e Steve Holland, usou o nome de uma prostituta que supostamente mutilava e decapitava seus clientes.

 

(Fonte: Wikipedia)

Aníbal Mattos (1886-1969)

terça-feira, 18 de julho de 2023

 


Saiba mais sobre a biografia e obra deste artista nos dois links abaixo


Catálogo das Artes:

https://www.catalogodasartes.com.br/cotacao/obrasdearte/artista/Anibal%20Pinto%20de%20Mattos%20-%20Anibal%20Mattos/ordem/inclusao_mais_recente/pagina/1/


Wikipedia:

https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%ADbal_Mattos

Leituras diárias

segunda-feira, 17 de julho de 2023


 

“A afirmação de que a religião é inata, natural ao homem, é falsa se as ideias do teísmo, isto é, da crença real em Deus, são atribuídas à religião em geral, mas perfeitamente verdadeira se a religião é entendida como nada mais do que o sentimento de dependência – o sentimento ou consciência do homem de que ele não existe e não pode existir sem que outro seja distinto dele, de que ele não deve sua existência a si mesmo. A religião, nesse sentido, está tão próxima do homem quanto a luz está dos olhos, o ar dos pulmões, a comida do estômago. Religião é levar a sério e confessar o que eu sou. Acima de tudo sou um ser que não existe sem luz, sem ar, sem água, sem terra, sem comida, um ser dependente da natureza. Essa dependência é, no animal e no homem animal, apenas uma dependência inconsciente e desconsiderada; elevá-lo à consciência, imaginá-lo, levá-lo a sério, confessá-lo é elevá-lo à religião. Assim toda a vida depende da mudança das estações; mas só o homem celebra essa mudança em concepções dramáticas, em atos festivos. Tais festivais, no entanto, que expressam e representam nada mais do que a mudança das estações ou as figuras de luz da lua, são os credos religiosos mais antigos, primeiros e reais da humanidade. O ser divino revelado na natureza nada mais é do que a própria natureza, que se revela, representa e se impõe ao homem como ser divino.” (Feuerbach, págs. 14 e 15)

 

Ludwig Feuerbach, A essência da religião (texto original consultado “The essence of religion”)

Raul Bopp (1898-1984)

domingo, 16 de julho de 2023

 



Raul Bopp nasceu em Vila Pinhal (RS) a 4 de agosto de 1898 e faleceu no Rio de Janeiro em 2 de junho de 1984. Foi poeta, diplomata e jornalista brasileiro.

Raul Bopp era descendente dos primeiros imigrantes alemães a chegarem ao Rio Grande do Sul no início do século XIX, estabelecendo-se no distrito de Vila Pinhal, então pertencente ao município de Santa Maria (e atual Itaara). Ainda antes de ingressar no curso superior, por volta de 1917, Bopp fundou dois semanários em Tupanciretã, cidade gaúcha para qual se mudou com a família nos primeiros meses de vida; “O Lutador” e “Mignon”, nos quais começa a publicar os seus primeiros textos literários.

Entre 1918 e 1925, cursou Direito em diversas faculdades do país, em Porto Alegre, Recife, Belém e Rio de Janeiro, frequentado cada ano letivo em uma capital até formar-se. Na década de 1920 percorreu a Amazônia, onde encontra inspiração para seu mais famoso poema, Cobra Norato, um dos mais importantes do movimento modernista. Na obra, lançada em 1931, o poeta elabora um drama épico e mitológico, com elementos do folclore e da fala regional da região amazônica.

Ainda em 1922, Bopp integra o Movimento da Semana de Arte Moderna em São Paulo, do qual também participaram, entre outros, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Antônio Alcântara Machado, Mário de Andrade, Menotti de Picchia, entre outros. Em sua carreira cultural, Bopp sempre conviveu com autores consagrados, como Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade.

Outra obra do poeta, Urucungo (1932), aborda a cultura africana e sua influência na formação histórico-cultural do Brasil, traçando uma viagem das aldeias às margens do rio Congo à realidade das favelas.

Paralelamente à sua atividade literária, Raul Bopp também escreveu para diversos jornais, como "O Globo" (caderno Almanaque do Globo), “Folha do Norte” e revistas como “Máscara”, “Ilustração Brazileira”, “Para Todos...”, “Arlequim”, “Revista Antropofágica”, entre outros.

Na prosa, Bopp publica os livros América, Notas de um Caderno sobre o Itamaraty, Movimentos Modernistas no Brasil: 1922/1928, Memórias de um Embaixador, Bopp Passado a Limpo por Ele Mesmo, Vida e Morte da Antropofagia e Longitudes. 

Entre 1942 e 1973, em paralelo com suas atividades literárias, Bopp também atuou no serviço diplomático brasileiro, trabalhando em Los Angeles (EUA), Berna (Suíça), Lima (Peru), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Porto Alegre (RS).

Obras de Raul Bopp

Poesia: Cobra Norato (1931); Urucungo (1932); Poesias (1947); Mironga e Outros Poemas (1978). Prosa: América, Notas de um Caderno sobre o Itamaraty; Movimentos Modernistas no Brasil: 1922/1928; Memórias de um Embaixador, Bopp Passado a Limpo por Ele Mesmo; Vida e Morte da Antropofagia; Longitudes.

 

Frases de Raul Bopp

 

Havia, em São Paulo, uma pequena elite culta, que ia e vinha todos os anos da Europa. Uma seminobreza rural, com longas tradições de família, florescia à base do café. Eram tempos tranquilos e de fartura plena. Latifúndios opulentos. Cafezais a se perderem de vista”. (Movimentos modernistas no Brasil);

“Na noite da inauguração, o Municipal transformou-se num dos maiores pontos de convergência da cidade. Filas contínuas de autos despejavam seus ocupantes, pelas imediações. Uma onda humana foi-se alinhando, lentamente, pelos corredores do teatro, esgalhando-se em ascensão pelas escadarias. A casa ficou repleta”. (Movimentos Modernistas no Brasil);

A reação modernista de 1922 desviou-se das formas habituais de expressão. Aproveitou alguns fragmentos folclóricos, com uso de falas rurais. Desencadeou uma forte reação contra o mau gosto. Destruiu inutilidades. Mas seus dividendos nas letras e nas artes eram muito reduzidos. Não haviam trazido um pensamento novo, capaz de condensar as preocupações do momento. Com o retorno aos valores nativos, remexeram-se os mesmos temas nacionais refundidos em poesia ociosa”;

Quando, entre aplausos, chegou o prato com a esperada iguaria, Oswald levantou-se, começou a fazer o elogio da rã, explicando, com uma alta percentagem de burla, a doutrina da evolução das espécies. Citou autores imaginários, os ovistas holandeses, a teoria dos homúnculos, para provar que a linha da evolução biológica do homem (...) passava pela rã — essa mesma rã que estávamos saboreando entre goles de um Chablis gelado. Tarsila interveio: — Com esse argumento, chega-se teoricamente à conclusão de que estamos sendo agora uns... quase-antropófagos”;

Enquanto Paris se agitava dentro de novas correntes culturais, no Brasil somente algumas poucas áreas eram sensíveis a essa inquietação. Pressentia-se, em vibrações vagas, a necessidade de substituir a expressão artística por formas mais evoluídas. São Paulo, em problemas de arte, permanecia ainda num velho conformismo, amarrado a formas antiquadas, em contradição com a sua pujança econômica. Guardava posições acadêmicas, numa rigorosa sujeição aos preceitos rotineiros”;

Arca antropofágica encalhou em São Paulo, com esse material a bordo. Urubu foi ver se as águas já tinham baixado. Não voltou mais. Houve imprevistos na descida. Os planos de reação e renovação ficaram num deixa-estar ou acomodaram-se em variantes cosmopolitas. A experiência brasileira do grupo perdeu o seu significado inicial”.

 

 

(Fontes: Wikipedia; Plataforma de Estudos do Primeiro Modernismo Literário Brasileiro; Portal Literatura e História; Portal Pensador; Livro “Vida e morte da antropofagia”; Portal Notaterapia; Livro “Movimentos Modernistas no Brasil”; Portal ebiografia –Dilva Frazão)

Literatura Brasileira - Instituto Moreira Salles

sábado, 15 de julho de 2023

 Conheça os Cadernos de Literatura Brasileira oline do IMS - Instituto Moreira Salles




Veja os fascículos no link abaixo:

https://blogdoims.com.br/cadernos-de-literatura-brasileira-disponiveis-online/

Batendo à porta!

sexta-feira, 14 de julho de 2023


 

Hoje é dia de rock

quinta-feira, 13 de julho de 2023


 (Fonte: Rádio Boqnews)

João Cabral de Melo Neto (1920-1999)

Assista a entrevista do poeta João Cabral de Melo Neto, dada ao jornalista Araken Távora e veiculada no programa "Os mágicos", na extinta TVE-RJ.



Assista a entrevista no link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=GO_E62IBaEs

Dear Prudence - The Beatles

quarta-feira, 12 de julho de 2023

 As melhores músicas do rock


The Beatles

Álbum: The white album (1968)

Música: Dear Prudence



https://www.youtube.com/watch?v=wQA59IkCF5I&list=PLCy4nKC35jSaYzacBrBXx-VN53lQqL47q&index=2   


"Dear Prudence" é uma canção dos Beatles composta por John Lennon, creditada a dupla Lennon-McCartney, e lançada no álbum The Beatles ou "Álbum Branco" de 1968. A gravação teve início em 28 de agosto de 1968, e foi concluída em 13 de outubro de 1968. A gravação foi feita em apenas um take e é continuação de "Back in the U.S.S.R."

John Lennon escreveu esta música em Rishikesh, na Índia, durante a viagem que os Beatles fizeram para realizar um curso de meditação transcendental com o Maharishi Mahesh Yogi, de fevereiro a abril de 1968. Além deles, várias outras personalidades artísticas estavam presentes, como Mike Love dos Beach Boys e entre eles a atriz Mia Farrow, que levara a sua irmã Prudence Farrow junto.

Prudence não participava das atividades com as outras pessoas do grupo; só queria ficar em sua cabana treinando meditação. Apesar das insistências, nada fazia com que ela saísse de seu enclausuramento. John, preocupado, tentou de qualquer maneira, alegrar Prudence cantando canções dos Beatles e fazendo suas palhaçadas. Resolveu então, fazer esta música para que ela abandonasse a sua solidão e viesse participar das outras atividades do campo ("to come out to play").

Um amigo de John e da banda, Donovan, ensinou a técnica do dedilhado no violão (que John usaria muitas vezes depois) e no final da mesma noite em que ele fez a letra, a base da melodia já estava pronta.

Atualmente Prudence Farrow e seu marido são professores e ambos continuam praticando avançadas técnicas de meditação transcendental.

 

(Fonte do texto: Wikipedia)

CARYBÉ (Hector Julio Paride Bernabó, 1911-1997)

terça-feira, 11 de julho de 2023


Conheça mais sobre a vida e obra do artista no link GUIA DAS ARTES abaixo:

https://www.guiadasartes.com.br/carybe-hector-julio-paride-bernabo

Leituras diárias

segunda-feira, 10 de julho de 2023


 

“O conto da dona de casa repetido o tempo todo para a população é de que o governo tem de se comportar como a boa dona de casa, que só gasta o que tem. Mas o governo não gasta mais do que tem com políticas públicas. Gasta com juros. O novo governo (então o governo Bolsonaro) passou a reduzir políticas públicas, ou seja, investimentos e políticas sociais, mas não a transferência de dinheiro para os bancos. A PEC 241 e PEC 55 propõe travar os gastos com políticas públicas, mas não os gastos com os juros da dívida.” (Dowbor, pág. 173).

“’Convém destacar que a carga tributária é muito regressiva no Brasil, pois está concentrada em tributos indiretos e cumulativos que oneram mais os/as trabalhadores/as e os mais pobres, uma vez que mais da metade da arrecadação provém de tributos que incidem sobre bens e serviços, havendo baixa tributação sobre a renda e o patrimônio. Segundo informações extraídas da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2008/2009 pelo Ipea, estima–se que 10 % das famílias mais pobres do Brasil destinam 32 % da renda disponível para o pagamento de tributos, enquanto 10 % das famílias mais ricas gastam 21 % da renda em tributos.’ (Inesc, 2014, p. 6). Lembremos ainda que os assalariados têm os seus rendimentos declarados na fonte, enquanto o mundo corporativo e das grandes fortunas tem à sua disposição a ajuda da própria máquina bancária, com especialistas em evasão ou elisão fiscal, como se vê nos dados do HSBC publicados no início de 2015. O descontrole é impressionante. Temos portanto o imenso estoque de recursos em paraísos fiscais, equivalente a 28 % do PIB (estoque, não fluxo anual); um fluxo de evasão por meio de fraude em notas fiscais da ordem de 2 % do PIB ao ano; uma evasão fiscal geral estimada aqui de forma conservadora em 9,1 % do PIB.” (Dowbor, pág. 183).

 

Ladislau Dowbor, A era do capital improdutivo