Esta não poderia faltar

sábado, 31 de agosto de 2024


 

Frank Zappa & The Mothers of Invention

Montana (1973)


https://www.youtube.com/watch?v=DmcYTShN4Fk

Menos pobreza?


 (Fonte: Diário Liberdade)

Outras leituras

sexta-feira, 30 de agosto de 2024


“Em seu cerne, o fundamentalismo é uma reação a uma ameaça percebida à integridade de sua própria tradição religiosa. Assim como o fundamentalismo está nas religiões abraâmicas, também o encontramos em religiões asiáticas, como o budismo e o hinduísmo.

De um modo geral, os fundamentalistas, independentemente de sua filiação religiosa específica, tendem a acreditar que o mundo contemporâneo está infestado de imoralidade e valores ímpios, e que o papel do devoto é tentar trazer a sociedade humana de volta para uma era de ouro em que o mundo funcionava de acordo com os ditames de um Deus moral. Na busca dessa meta, em geral os fundamentalistas acreditam fortemente que sua escritura contém a totalidade de todas as verdades que devem ser conhecidas e que eles têm a responsabilidade de defender as verdades dessa escritura do ataque de ideias pluralistas ou seculares que, inevitavelmente, relativizam a verdade. Uma parte importante da perspectiva do fundamentalismo é, portanto, defender a verdade literal da escritura e manter o seu status definitivo. Para os fundamentalistas, os mandamentos de Deus como eles entendem terem sido revelados nas escrituras são absolutos, atemporais e não negociáveis.” (Dalai Lama, págs. 199 e 200)

 

Dalai Lama (1935-) monge e chefe do budismo tibetano em Uma ponte entre as religiões


A frase do dia

quinta-feira, 29 de agosto de 2024


 

“Há mais mortos do que vivos. E seus números estão aumentando. Os vivos estão ficando mais raros.”

 

Eugene Ionesco (1909-1994), dramaturgo do teatro do absurdo franco-romeno, citado por QuoteFancy


Cabeça - Walter Franco

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

 Música brasileira 


Walter Franco

Álbum: Ou Não (1973)

Música: Cabeça




https://www.youtube.com/watch?v=5KGe7vNQxJc


Músico atuante desde os anos 1960, Walter Franco surpreendeu o público e a crítica ao defender sua inusitada composição “Cabeça” no VII Festival Internacional da Canção da TV Globo, em 1972. Apesar das vaias que recebeu, o júri saiu em sua defesa por reconhecer a ousadia e a inovação da proposta num ambiente que prezava pelo lirismo e por formas musicais já padronizadas.

(Fonte: Art Research Journal, artigo "Ou não" (1973), de Walter Franco: contracultura, experimentalismo e vanguarda na MPB, de Sheila Diniz)

Conheça a história desta música nos vídeos abaixo:


https://www.youtube.com/watch?v=_dt85Hr2Sto


https://www.youtube.com/watch?v=hfsBfpEWz44

Cardosinho (José Bernardo Cardoso Junior, 1861-1947)

terça-feira, 27 de agosto de 2024


Conheça mais sobre a vida e obra do artista no site Instituto Internacional de Arte Naif abaixo:

https://artenaifrio.blogspot.com/2012/06/cardosinho.html

O que eles pensam


 

“Você acha que a Faria Lima tem alguém que quer mais o bem do Brasil do que eu? Quando discutem a taxa de juros, acha que eles estão pensando em quem dorme debaixo da ponte, na sarjeta, quem está morrendo de fome? Eles pensam no lucro, e o Brasil tem que ter quem pense no povo.”

 

Presidente Luís Inácio “Lula” da Silva em entrevista para o site UOL em 26/6/2024

Leituras diárias

segunda-feira, 26 de agosto de 2024


 

“Ao constatar o caráter idealista da dialética hegeliana, (Marx e Engels) procuram ‘corrigi-la’, recorrendo para tanto ao materialismo filosófico de seu tempo. Mas para eles o materialismo então existente também apresentava falhas, pois era essencialmente mecanicista, isto é, concebia os fenômenos da realidade como permanentes e invariáveis. Segundo eles, este materialismo estava em descompasso com o progresso das ciências naturais, que já haviam colocado em relevo o funcionamento dinâmico dos fenômenos investigados, desqualificando uma interpretação que analisava a natureza como coisa invariável e eterna. Paralelamente ao avanço das pesquisas sobre o caráter dinâmico da natureza, os frequentes conflitos de classes que ocorriam nos países capitalistas mais avançados da época levavam Marx e Engels a destacar que as sociedades humanas também encontravam-se em contínua transformação, e que o motor da história eram os conflitos e as oposições entre classes sociais.” (Martins, págs. 56 e 57).

 

Carlos Benedito Martins, O que é sociologia

Supercomputadores

domingo, 25 de agosto de 2024


 (Fonte MIT Technology Review Brasil)

O que são e para que servem os supercomputadores? Veja em vídeo da revista Pesquisa Fapesp:

O que eles querem

sábado, 24 de agosto de 2024


 (Fonte: Nani Humor)

Outras leituras

sexta-feira, 23 de agosto de 2024


 

"Hoje, no entanto, com a economia global pós-2008 sendo mantida viva com o auxílio de aparelhos, com o aumento de regimes autocráticos corruptos e de Estados-cartel e com uma crise climática que assoma imponderável sobre nós, os cálculos de longo prazo dos interesses poderosos deu lugar a formas mais imediatas de enriquecimento. Eis o capitalismo-cassino à meia-noite, momento em que os vencedores do dia começam a resgatar suas fichas. Como a economia global já não oferece nenhuma perspectiva de longo prazo, uma última farra alucinada de pilhagens está em curso ao redor do planeta. Fraturamento hidráulico, mineração de remoção do topo de montanhas, corte raso de florestas tropicais para a agricultura voltada à produção de biodiesel, prospecção de petróleo em águas profundas, espoliação da vida selvagem, tudo avança junto com a devastação e o saque dos recursos sociais e com a expropriação dos fragmentos restantes de bens comuns, sejam eles a água potável, a vida natural ou os parques urbanos. É como uma nova versão do programa de televisão dos anos 1960 Supermarket Sweep [Varredura de Supermercado], em que os participantes recebiam um carrinho de compras e um certo limite de tempo para agarrar freneticamente tudo de valor que houvesse dentro da loja." (Cray, págs. 36 e 37).


"A civilização industrial moderna está prestes a incendiar o mundo. A erradicação de formações sociais e comunidades está entrelaçada com a extinção do sistema terrestre vivo de que os bens comuns humanos dependem. Vivemos agora o capitalismo em sua fase terminal de terra arrasada. Em um contexto militar, essa expressão significa a destruição de recursos essenciais à vida, de modo que a população derrotada ou um exército inimigo em marcha sejam privados de seu uso. Em um sentido mais amplo, a terra arrasada significa a redução de uma região próspera a um estado de esterilidade e a perda de sua capacidade de regeneração. Trata-se de uma terra depauperada e privada de água, com seus rios e aquíferos envenenados, seu ar poluído e seus solos afligidos por secas e pela agricultura química. O capitalismo de terra arrasada destrói tudo aquilo que permite que grupos e comunidades busquem modos de subsistência autossuficiente, de autogoverno ou de apoio mútuo. Isso acontece com extrema violência no Sul global, onde a extração, o desmatamento e o despejo de substâncias tóxicas criam lixões inabitáveis e cidades em que os pobres, desesperados, se tornam exilados internos." (Crary, págs. 45 – 46).

 

Jonathan Crary (1951-), professor, ensaísta e crítico de arte americano em Terra arrasada: Além da era digital, rumo a um mundo pós-capitalista

A frase do dia

quinta-feira, 22 de agosto de 2024


 

"Ninguém come PIB, come alimentos."


Maria da Conceição Tavares (1930-2024), economista, matemática, professora, parlamentar e escritora luso-brasileira

São Jorge - Hermeto Paschoal

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

  Música brasileira


Hermeto Pascoal

Álbum: Zabumbê-bum-à (1979)

Música: São Jorge




https://www.youtube.com/watch?v=0JKw6d-DViM


Lançado em 1979, “Zabumbê-bum-á” é um dos álbuns mais cultuados de Hermeto Pascoal. Brilhante arranjador, compositor e multi-instrumentista, Hermeto Pascoal sabe como ninguém criar obras de arte com sua música. Misturando ritmos tradicionais nordestinos, jazz e sons da natureza, ele combina improvisos e um toque de experimentalismo no seu álbum de 1979, Zabumbê-bum-à.

Além de ser responsável pelas composições e arranjos, Hermeto também orquestrou a produção do trabalho, tocou piano, violão, percussão, flauta de bambu e saxofones tenor e soprano. O título do trabalho é uma evocação nordestina que sinaliza o passeio por ritmos da região como baião, frevo e maracatu.

 

(Fonte do texto: Mundo Vinyl)

Ana Maria Tavares (1958-)

terça-feira, 20 de agosto de 2024


Conheça mais sobre a vida e obra da artista no site Silvia Cintra + Box 4, abaixo:

https://silviacintra.com.br/artistas/ana-maria-tavares/

Anistia, não!


(Fonte: Site A Terra é redonda)

Quem invade as terras indígenas?

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Políticos e seus familiares são "proprietários" de terras que se sobrepõem às terras indígenas. Como pode ser isso?


A "defesa da propriedade" só vale para alguns e não para outros? 
Veja reportagem "Políticos e seus familiares possuem 96 mil hectares sobrepostos a terras indígenas", publicada no site De olho nos ruralistas, abaixo:

Futuro político

domingo, 18 de agosto de 2024


 (Fonte: Ignorância Times / Alan Sieber)

Essa não poderia faltar

 


Led Zeppelin 

Ramble On (1969)


Leituras diárias

sábado, 17 de agosto de 2024



“A era da globalização distribuiu suas recompensas de forma desigual, para dizer o mínimo. Nos Estados Unidos, a maior parte da renda nacional desde o final dos anos 1970 foi para os 10% do topo, enquanto a metade inferior recebeu praticamente nada. Em valor real, a renda média para homens em idade para trabalhar, aproximadamente US$ 36 mil, é menos do que era há quatro décadas. Hoje, o 1% mais rico dos estadunidenses ganha mais do que a metade inferior somada. A arrogância meritocrática reflete a tendência de vencedores a respirar fundo o sucesso, a esquecer a sorte e a sina dos que os ajudaram ao longo do caminho. É convicção presunçosa de pessoas que chegam ao topo, de que elas merecem esse destino, e que aqueles embaixo merecem o deles também. Esse comportamento é o companheiro moral da politica tecnocrata.”

 

Michael Sandel, A tirania do mérito – O que aconteceu com o bem comum?

16/8 - Dia do Filósofo

sexta-feira, 16 de agosto de 2024



                                                           (Fonte: Escriba)

“O homem só sofre porque leva a sério o que os deuses fizeram para se divertir.”

Alan Watts, escritor e filósofo inglês

Kurt Boiger (1909-1974)

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Conheça mais sobre a vida e obra do artista nos sites abaixo:


e

Contrastes - Jards Macalé

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Música brasileira 


Jards Macalé

Álbum: Contrastes (1977)

Música: Contrastes (autoria de Ismael Silva - 1905-1973)




https://www.youtube.com/watch?v=dwO_cyujWLI&list=PLUHPt54xYw0uGZK9tB-2Ap0wl6rWwrnVx&index=12


Jards Macalé é cantor, compositor, violonista e ator. Um dos grandes gênios e inovadores da música brasileira pós-tropicalismo, não teve participação efetiva no movimento tropicalista, mas foi de importância resoluta para as carreiras de Gal Costa e Caetano Veloso. Participou de Le-Gal, escreveu canções para a primeira e, em Londres, fez os arranjos para o que viria a ser a obra-prima do segundo, o álbum Transa. Contrastes é seu terceiro LP.

 

(Fonte do texto: Camarilha dos Quatro – Revista de crítica musical)

Mestre Vitalino (1909-1963)

terça-feira, 13 de agosto de 2024


Conheça mais sobre a vida e obra do artista no site do Museu do Pontal abaixo:

https://museudopontal.org.br/acervo/mestre-vitalino/

O que eles pensam

segunda-feira, 12 de agosto de 2024


 

“Também mirando a meta fiscal, as principais lideranças do Congresso defendem uma nova reforma da Previdência, cujo rombo ultrapassou os 400 bilhões de reais em 2023. Apenas os militares representam quase 50 bilhões de prejuízo e, diferentemente do que se viu nas propostas anteriores, não devem se safar dessa vez.

Por isso, a insatisfação, embora silente, é generalizada. “É um assunto em que eles não aceitam tocar", resume um interlocutor com trânsito na cúpula das forças armadas. Hoje, um militar se aposenta mantendo o salário integral da ativa, que pode chegar a quase 40.000 reais no caso de generais, e, como se fosse uma espécie de prêmio, por vestir pijama, ainda recebe um adicional de oito salários.

Além disso, em caso de morte, as filhas solteiras têm direito a uma pensão vitalícia – benefícios que valem inclusive para militares que foram expulsos por cometerem algum crime.”

 

Trecho do artigo "Batalha no Congresso", da jornalista Marcela Mattos, publicado na revista Veja digital, publicada em 02/08/2024

Outras leituras

domingo, 11 de agosto de 2024


 

(Qualquer semelhança com o Brasil não é mera coincidência)

 

“A ideologia dominante que funciona melhor como muleta do capitalismo é culpar o governo. Essa interpretação da sociedade moderna insiste que a raiz e a causa final dos problemas econômicos é o governo, não o capitalismo ou os capitalistas. Se você está desempregado, enfrenta execução hipotecária ou é mal pago, o problema não é o capitalista que se recusa a empregá-lo, despeja você ou paga mal. Em vez disso, é parcialmente sua culpa, mas principalmente do governo: os políticos e os burocratas.

A ideologia de culpar o governo serve aos capitalistas e aos ricos executivos, gerentes, profissionais e consultores que dependem deles. Eles podem aumentar seus lucros e riqueza cortando salários, empregos e benefícios; usando tecnologias tóxicas; realocando negócios no exterior; aumentando os preços; executando hipotecas; despejando; e assim por diante. Eles podem provocar crises globais e fazer resgates massivos com dinheiro público. Para cobrir tudo isso, líderes empresariais e políticos, porta-vozes da mídia e acadêmicos compõem um coro que repete incessantemente: "culpe o governo". Eles buscam transformar essa ideia em "senso comum" para que as vítimas das ações dos capitalistas automaticamente não os culpem, mas fiquem bravas com os políticos. A muleta ideológica de culpar o governo visa parar, desviar e desmoralizar as coalizões políticas daqueles feridos e indignados pelas crises capitalistas. Consciente ou inconscientemente, os ideólogos do capitalismo querem evitar qualquer repetição do que aconteceu na década de 1930. Então, uma coalizão de trabalhadores, fazendeiros, intelectuais e outros forçou o presidente Franklin Delano Roosevelt a fazer o oposto da austeridade. Ele aumentou os impostos sobre as corporações e os ricos para pagar pela criação da Previdência Social, seguro-desemprego e um enorme programa federal de empregos.” (Wolff, págs. 35 e 36).

 

Richard D. Wolff (1942-), economista americano em A crise do capitalismo se aprofunda: ensaios sobre o colapso econômico global (Original: Capitalism's Crisis Deepens: Essays on the Global Economic Meltdown)

Não é








                            (Fonte: Folha de São Paulo/André Dahmer) 

Quem ganha com os juros da dívida pública?

sábado, 10 de agosto de 2024

 (Fonte: Portal Angels)

O Brasil continua sendo o segundo país com os juros mais altos em todo o planeta. A inflação está sob controle, mas mesmo assim o Banco Central - que é independente do governo - continua mantendo a taxa Selic na alturas. Quem são os maiores interessados nisso?

Leia o artigo "Dívida pública: um sistema de espoliação cuidadosamente disfarçado", publicado no jornal eletrônico abaixo em Brasil de Fato:

Leituras diárias

sexta-feira, 9 de agosto de 2024


 

“Quando Celso Furtado leu “Os limites do crescimento” ele não pôde deixar de salientar ainda outro ponto, a saber, que o relatório involuntariamente mostrava que o padrão de desenvolvimento e consumo dos países centrais do capitalismo não poderia ser generalizado para todo o mundo, o que mostrava como o progresso, para além de estar até agora organicamente vinculado à guerra, era, no fundo, um mito.

Nunca houve e nunca poderia haver progresso para todos: ou seja, o progresso que conhecemos não apenas dependeu da violência da exploração e da conquista. Ele se mostrou um mito inalcançável, para além de limites geográficos muito estritos. Por isso, a maneira mais consequente de se livrar desse mito começa por negar o progresso – não mais procurar fechar os olhos para sua matriz violenta, recuperar aquilo que ele destruiu. Não há progresso sem a noção de atraso, sem a noção de que haveria não apenas sociedades atrasadas, mas sujeitos fora do progresso, presos a modos de relação a si arcaicos e não livres.”


“Wolfgang Streeck um dia lembrou que o capitalismo havia de fato acabado. Só que há várias formas de algo acabar. Uma delas é perpetuando-se como mortos-vivos. As décadas de conjunção contínua entre baixo crescimento, endividamento crônico e explosão de desigualdade mostravam como estávamos diante de um sistema econômico que não era mais capaz de criar qualquer horizonte crível para as promessas de enriquecimento social que ele um dia sustentara. Por isso, a única forma de criar coesão social agora seria através da gestão social do medo e do aumento exponencial da violência estatal. Porque gerir níveis cada vez maiores de frustração e insatisfação social tornou-se o problema político central. E essas frustrações não estão ligadas à incapacidade de populações em lidar com a democracia e seu ‘desencantamento iluminista’, afastando-se do canto das sereias populistas. Elas são a expressão da consciência tácita da irrealidade das proposições normativas do capitalismo. Elas são apenas as reações efetivas a sua morte, à morte de suas promessas.”


 

Vladimir Safatle (1973-) filósofo e professor brasileiro em Alfabeto das Colisões

Also sprach Zarathustra - Eumir Deodato

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

  Música brasileira


Eumir Deodato

Álbum: Prelude (1973)

Música: Also sprach Zarathustra (versão da "introdução" do músico austríaco Richard Strauss)




https://www.youtube.com/watch?v=Ge0vaqnijB0


Prelude é o oitavo álbum de estúdio do tecladista brasileiro Eumir Deodato, lançado em 1973. Com a faixa exclusiva "Also Sprach Zarathustra" (um arranjo do tema do célebre filme "2001: Uma Odisseia no Espaço"). O álbum pode ser classificado como uma fusão de jazz clássico. Prelude se tornaria a gravação de maior sucesso da Deodato e CTI Records. O álbum conta com o guitarrista John Tropea em três faixas, os baixistas Ron Carter e Stanley Clarke e Billy Cobham na bateria. A versão com influência funk da "Introdução" de Also sprach Zarathustra de Richard Strauss, intitulada "Also Sprach Zarathustra (2001)", ganhou o Grammy de 1974 de Melhor Performance Instrumental Pop e alcançou o segundo lugar no paradas pop nos EUA.

 

(Fonte Wikipedia e tradução Google)


Liberdade de expressão (?)

quarta-feira, 7 de agosto de 2024


 (Fonte: FINCO no X)

Minha opinião


 

Minha opinião 

 

O capitalismo está em crise? Por diversas vezes, ao longo dos últimos anos, lemos ou vimos declarações de que o capitalismo estaria em crise: “Bolsa despenca no Japão”; “Euro sofre queda”; “Economia americana em desaceleração”; “PIB da China deverá crescer menos”... A cada mês, a cada ano, são anunciadas novas ocorrências, que na análise de muitos economistas prenunciariam uma gradual degenerescência do sistema econômico capitalista. As crises, no entanto, são inerentes ao capitalismo e ocorrem desde seu início; crises dos bancos, de superprodução, financeiras, etc.

Por isso, a ideia da crise no capitalismo não é nova. Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), filósofos alemães, empreenderam uma profunda análise do sistema econômico capitalista na obra “O Capital” (1867). Marx lançou o primeiro volume e Engels revisou e publicou os dois volumes restantes, depois da morte de Marx. Na avaliação feita no estudo, o capitalismo geraria seu próprio esfacelamento através da competição entre as empresas visando lucros crescentes, gerando falências de concorrentes, formação de monopólios, concentração de riqueza por um lado e desemprego e miséria por outro. A pesquisa feita pela obra, profunda e abrangente, tornou-se ainda mais atual – principalmente nos últimos 35 anos, dado o rumo que a economia mundial vem tomando.

As análises e as conclusões de Marx e Engels foram elaboradas no final do século XIX, na fase inicial do desenvolvimento do capitalismo industrial, quando o sistema ainda estava em seus primórdios. Nesta época, o carvão mineral usado como combustível para máquinas a vapor desde a década de 1820, ainda era o principal recurso energético dos equipamentos usados para acionar os processos industriais. O petróleo e a eletricidade, que no século XX substituiriam o carvão nas fábricas, estavam em fase de adaptação tecnológica às novas máquinas e outros usos. Na área da organização do processo de produção, a linha de produção em série, o chamado “processo de produção fordista” – introduzido na fábrica de automóveis de Henry Ford em Detroit, em 1913 – encontrava-se em implantação e durante as próximas décadas seria adotado por outros tipos de fábricas.  

Antes da 2ª Grande Guerra o capitalismo industrial tinha suas mais fortes atividades concentradas na Europa, Estados Unidos e Japão. Terminado o conflito, os oligopólios então existentes na economia mundial capitalista – indústria pesada, petrolífera, química e farmacêutica, automobilística, entre outros – expandiram suas atividades, procurando novos mercados consumidores e fornecedores. Desta forma, entre os anos 1950 e 1980, os chamados “Anos Dourados” da expansão econômica mundial, houve um rápido desenvolvimento da industrialização em várias regiões do globo, as quais até então haviam estado à margem (ou nas bordas) da economia capitalista, a economia de mercado.

Sudeste da Ásia, Índia, Coréia do Sul, Taiwan, México, América do Sul – notadamente o Brasil, Chile, Argentina e Colômbia – foram integrados ao processo produtivo da economia de mercado, sediando indústrias e tornando-se fornecedores de matérias primas, produtos agropecuários e manufaturados. A China, grande beneficiária deste processo de expansão da indústria capitalista, tornou-se o “motor” do capitalismo industrial a partir dos anos 1980, quando empresas estadunidenses, europeias e japonesas transferiram para lá parte de seus processos produtivos, devido às vantagens oferecidas pelo governo chinês (baixos custos de produção, infraestrutura logística, parceria financeira).

Tudo parecia estar indo bem e os vaticínios dos críticos do capitalismo haviam sido quase esquecidos. Em 1989 ocorre a queda do Muro de Berlim, símbolo do conflito entre o mundo capitalista, dominado pelos Estados Unidos, e o socialista, sob influência da União Soviética. Em dezembro de 1991, vem a dissolução da União Soviética e surge a Rússia, que abdica oficialmente do socialismo, dando fim à Guerra Fria, conflito ideológico, econômico e militar que havia durado 46 anos. Na época, o filósofo liberal estadunidenses, Francis Fukuyama, celebrava a vitória mundial da democracia liberal e da economia de mercado escrevendo em seu livro “O fim da história e o último homem” (1992): “A lógica interna da luta entre ideologias chegou ao seu fim e a universalização da democracia liberal ocidental como forma de governo humano é inevitável.”.

Algumas dificuldades no funcionamento do capitalismo, no entanto, já estavam presentes desde os anos 1970, bem antes da Queda do Muro. Já em 1970/1971 os Estados Unidos estavam endividados devido aos enormes gastos militares feitos com a Guerra do Vietnã (que só terminou em abril de 1975). Em 1973 ocorreu a Primeira Crise do Petróleo; aumento do preço do insumo decretado pela OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), em represália ao apoio dos Estados Unidos a Israel na Guerra do Yom Kippur. O encarecimento do combustível foi um duro golpe na economia americana e mundial, afetando todos os segmentos industriais, principalmente a indústria automobilística. A revolução iraniana, que em 1979 depôs o Xá Reza Pahlevi, causou a Segunda Crise do Petróleo, sendo o Irã um grande produtor do recurso.

Ainda ao longo da década de 1970 vários fatores como leis trabalhistas mais abrangentes; regulamentos ambientais mais restritivos; aumento do custo das matérias primas; aumento médio dos salários dada a força de pressão dos sindicatos; fretes mais caros devido ao aumento do custo do combustível; etc. fizeram com que a taxa de retorno do investimento (lucro) das empresas fosse gradualmente caindo em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos.

Para fazer frente a esta queda nos lucros, as empresas utilizaram diversas estratégias. Algumas empresas adotaram o “global sourcing” (fornecimento global), adquirindo insumos de fornecedores com preços mais competitivos, localizados em outras regiões ou países, todavia diminuindo com isso o faturamento ou até provocando a falência dos vendedores locais. Grandes empresas e conglomerados como Apple, General Motors, Nike, Microsoft, Tesla, Adidas, Coca-Cola, etc., dadas as atrativas condições oferecidas pelo governo chinês, transferiram suas unidades, em parte ou sua totalidade, para a China. Ainda outros empreendimentos implantaram novas técnicas de administração e produção, como o “Sistema Toyota de Produção”, o “Lean Manufacturing”, etc., visando reduzir custos de produção. Paralelamente a todas estas providências de redução de custos, todo setor empresarial mundial investiu em automação, informática e também em robótica, para otimizar processos produtivos, aumentando a produtividade, e reduzir custos de mão de obra. Tudo, tendo em vista o objetivo básico do sistema capitalista, que é o aumento constante dos lucros.

O capitalismo chegou assim a uma situação em que a produção e a produtividade cresciam, mas os salários dos trabalhadores mantinham-se reduzidos ou em queda, como ocorria na pujante economia estadunidense desde o início dos anos 1980. Igualmente a transferência de um grande número de fábricas para outras regiões, e até para fora do país, provocou uma queda na massa salarial média na maior parte dos países – o Brasil é um exemplo desse processo.

Podemos, assim, formar o quadro da mais recente e talvez mais grave crise do capitalismo. De um lado, há uma produção de bens e produtos em constante aumento, com regular lançamento de novos itens, associados a campanhas publicitárias para impulsionar (ou pelo menos manter) o consumo. Todavia, o aumento da produção, mesmo que realizado de forma mais eficiente, com menos perda de insumos durante o processo produtivo, consome um volume maior de matérias primas, o que demanda mais exploração dos recursos naturais (mineração, uso de água, ampliação da agropecuária, mais geração de energia, mais poluição do ar, etc.).

O ideal de um “capitalismo sustentável”, do qual tanto se fala nos meios de comunicação, é por isso uma conta que não fecha. Para que o sistema continue existindo, é preciso manter a lucratividade crescente, o que só ocorre com mais consumo, o qual só é possível com mais produção, a qual só pode ocorrer com maior uso de recursos naturais. A ideia de uma “economia circular” só pode funcionar em certos setores da economia, não podendo integrar todo o sistema de produção e consumo. Em um setor ou outro, em uma empresa ou outra, sempre podem ocorrer falhas, onde então ocorre o “vazamento” de resíduos para fora do “círculo”; para o ambiente, gerando poluição. Não há produção-distribuição-consumo em sistema fechado, com resíduo zero. Sob o aspecto ambiental, mais cedo ou mais tarde, o sistema de produção capitalista se tornará inviável pela exaustão das fontes de insumos e matérias primas (a natureza). O matemático e economista romeno Nicholas Georgescu-Roegen (1906-1994) discutiu detalhadamente esta situação em sua teoria da bioeconomia.

Por outro lado – e este é o aspecto de imediato mais importante – a crise do capitalismo também se apresenta sob a forma de uma crescente financeirização da economia. Desde os anos 1980, grupos econômicos têm obtido ganhos maiores aplicando seus lucros no setor financeiro, nos vários tipos de papéis, do que investindo na ampliação ou construção de fábricas, lojas, casas, ou qualquer outro bem concreto. Os benefícios são maiores, se concretizam mais rapidamente e o risco é menor. Esta situação, no entanto, quase não gera novos empregos e, frequentemente, ainda resulta no fechamento de postos de trabalho já existentes.

Na fase atual do capitalismo temos assim o pior dos mundos para os trabalhadores. Indústrias se deslocam para outras regiões onde os custos de produção, entre eles a mão de obra, são menores. De uma maneira geral as empresas investem na informatização e automação, reduzindo postos de trabalho e aplicando parte substancial de seus lucros no mercado financeiro, não ampliando sua infraestrutura e estagnando ou até reduzindo a criação de novos postos de trabalho. O resultado disso é uma redução do número de empregos com registro e dos níveis salariais, aumentando o numero de trabalhadores subempregados e precarizados/uberizados. Na opinião dos especialistas, nas condições de desenvolvimento em que se encontra a economia de mercado, não existe a possibilidade de um aumento substancial no número de empregos, menos ainda dos postos de trabalho melhor remunerados. Ou seja, a situação geral do trabalhador médio só tende a ficar pior. Nestas condições, quem ainda terá recursos para consumir o que se produz? A quem o capitalismo venderá seus produtos e serviços; condição primordial para que o sistema continue existindo?

Para terminar fica a pergunta: por quanto tempo o sistema capitalista poderá persistir, antes que os recursos naturais acabem ou que os trabalhadores resolvam acabar com o sistema?


John Gray (1948- )

terça-feira, 6 de agosto de 2024


Veja entrevista do filósofo, professor e ensaísta inglês John Gray para o canal Fronteiras do Pensamento, falando sobre o mito do progresso e a renovação da vida.  

Para assistir o vídeo, acesse o link abaixo:

https://www.fronteiras.com/assista/exibir/o-lado-bom-da-vida-ela-sempre-se-renova

De novo, o "Estado mínimo"

segunda-feira, 5 de agosto de 2024


 (Fonte: Humor Nani)

Frases de Meio Ambiente

domingo, 4 de agosto de 2024


 (Fonte: ((o)) Eco Jornalismo Ambiental)

O que eles pensam


 

“O Brasil defende a proposta elaborada por Zucman (economista francês), que prevê um imposto global de 2% sobre o patrimônio de cerca de 3 mil super-ricos – o que corresponde a US$250 bilhões (cerca de R$1,4 trilhão) de potencial de arrecadação por ano.”


 

Artigo “Brasil fecha acordo por menção à taxação de super-ricos no G20”, piblicado no jornal Folha de São Paulo em 26/7/2024

Pobre paga mais imposto que rico

sábado, 3 de agosto de 2024


 (Fonte: Vermelho)

Imposto regressivo: quem ganha menos, paga mais. Ainda é assim que as coisas funcionam no Brasil. O governo progressista de Lula quer mudar isso, mas parte do Congresso, a grande imprensa, os bancos, o setor financeiro, jornalistas a soldo dos patrões e outros grupos de pressão são contra.

Veja detalhes desta situação no artigo de Frei Betto, escrito em 2020 para o site Vermelho:

Ottone Zorlini (1891-1967)


Conheça mais sobre a vida e obra do artista no site Guia das Artes abaixo:

https://www.guiadasartes.com.br/ottone-zorlini/obras-principais

Outras leituras

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

 

“Segundo Nietzsche, porém, esta é a raiz de um erro fundamental. Associa racionalmente o fato ao valor ou significado; mas os factos não têm mais significado do que uma pedra numa montanha ou um ruído isolado. Quanto à natureza, ela não tem sentido, mas oferece a possibilidade de inúmeros significados, numa mistura de crueldade e generosidade, alegria e sofrimento, prazer e dor – uma mistura sem nome. O ‘homem’, por escolha, confere um sentido à natureza, à vida natural, às coisas da natureza. O ‘homem’ não é um ‘ser’ que questiona incessantemente o mundo e a si mesmo, mas um ser que cria significados e valores – o que ele faz assim que nomeia as coisas, avaliando-as ao falar delas. Muito provavelmente, só existem factos e coisas para e por essa avaliação. O conhecimento contribui com um valor, dá significado aos objetos e às coisas? Não, diz Nietzsche contra Hegel. Na verdade, como conhecimento ‘puro’ e abstrato, despoja o mundo de significado. Quanto ao trabalho, Nietzsche concorda com Marx que ele tem e dá sentido e valor, mas não o trabalho que fabrica produtos, apenas o trabalho que é criativo.”

 

Henry Lefebvre (1901-1991) filósofo e sociólogo francês em Hegel, Marx e Nietzsche

Essa não poderia faltar

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

 


The Beatles 

Dear Prudence (1968)


https://www.youtube.com/watch?v=wNSvI6GMl2k



Lavoura arcaica

Leia o romance "Lavoura Arcaica" (1975) do premiado escritor brasileiro Raduan Nassar (1935-), considerado por muitos o maior escritor brasileiro vivo. 

A obra já foi traduzida para diversos idiomas e foi adaptada para o cinema pelo diretor Luiz Fernando Carvalho em 2001.

Acesse o livro no link Internet Archive abaixo:

https://archive.org/details/lavoura-arcaica-raduan-nassar/Lavoura%20Arcaica%20-%20Raduan%20Nassar/