Leituras diárias

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

 


“O que ele viu no espelho? Cézanne descobriu que as formas visuais – as maçãs em uma natureza-morta ou as montanhas em uma paisagem – são invenções mentais que inconscientemente impomos às nossas sensações. “Tentei copiar a natureza, mas não consegui. Procurei, virei, olhei por todos os lados, mas em vão”, confessou Cézanne. Por mais que tentasse, Cézanne não conseguia fugir das interpretações astutas de seu cérebro. Nas pinturas abstratas, ele queria revelar este processo psicológico, para nos tornar cientes da forma específica como o cérebro cria a realidade. Sua arte nos mostra o que não podemos enxergar, que é a forma como vemos.” (Lehrer, pág. 158).

 

John Lehrer, Proust foi um neurocientista – Como a arte antecipa a ciencia


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