"Nada contribui mais para a serenidade da alma, do que não termos qualquer opinião."
(G. C. Lichtenberg)
O
auditório do Jair
Todo dia pela manhã, ao sair
do Palácio da Alvorada, o presidente Bolsonaro é recebido por pequenos grupos de
seguidores, que ficam à espera de uma oportunidade de apertar-lhe a mão ou
tirar uma selfie com ele.
Na história humana as
pessoas sempre tiveram necessidade de se aproximar de seus ídolos, das pessoas
que admiram. Veneram as suas lideranças com um misto de medo e confiança. Em
casos extremos renunciam às suas vontades e cegamente seguem o líder, abrindo mão
de suas convicções.
Há inúmeros casos na
história nos quais tribos, impérios e estados modernos foram levados a ações de
todo o tipo, conduzidos por figuras proeminentes. Não interessa aqui saber como
se constroem estas lideranças; quais acontecimentos levam ao aparecimento de
verdadeiros ou de líderes fabricados. Nem cabe analisar as ações destes
líderes; as diferenças, por exemplo, entre Adolf Hitler e Mahatma Gandhi. Também
não vem ao caso que tipo de líder Jair Bolsonaro é; o fato é que tem admiração de parte
da população.
Pessoas visitam o presidente
Bolsonaro em Brasília, na sede do governo. É durante estes encontros com seus
admiradores, que Bolsonaro recebe também a imprensa para a entrevista coletiva.
Os jornalistas, de diversos veículos e mídias, muitas vezes são surpreendidos
pelas reações e palavras agressivas do presidente.
Para o restante do público
que foi encontrar o presidente pela manhã, no entanto, o momento é de
descontração e divertimento. As reações momentâneas do presidente em nada
conseguem embaçar a imagem que seus admiradores fazem dele. Sorrisos, risadas.
O líder tem lá as suas idiossincrasias mas é admirado, enquanto os
acontecimentos se sucederem e ainda o permitirem. Sempre foi assim.
(Imagem: G. C. Lichtenberg)
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