José Cândido de Carvalho (1914-1989)

domingo, 11 de setembro de 2022


 


José Cândido de Carvalho (1914-1989) nasceu em Campos dos Goitacazes, estado do Rio de Janeiro, no dia 5 de agosto de 1914. Filho de Bonifácio de Carvalho e de Maria Cândido de Carvalho, lavradores emigrados do norte de Portugal, que aqui no Brasil se dedicaram ao pequeno comércio.

Transferiu-se muito jovem com a família para a cidade do Rio de Janeiro, onde trabalhou como estafeta, mas logo voltou a Campos, onde trabalho no comércio de aguardente e açúcar. Iniciou sua carreira de jornalista no final da década de 1920. Foi revisor do jornal O Liberal, foi redator do jornal O Dia, Gazeta do Povo e Monitor Campista, todos de Campos.

Ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, concluindo o curso em 1937. Começou sua vida literária com o romance "Olha para o Céu, Frederico". Em 1942 foi convidado pelo interventor do Rio de janeiro, Amaral Peixoto, para dirigir o jornal O Estado, e muda-se para Niterói. Em 1957 passa a trabalhar para a revista O Cruzeiro.

Em 1964 lança o romance "O Coronel e o Lobisomem", obra que causou grande impacto quando apareceu. Em 1970, assumiu a direção da Rádio Roquete Pinto. Quatro anos depois dirigia o Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério de Educação e Cultura (MEC). Em 1974 foi eleito para a Academia Brasileira de Letra, para a cadeira nº 31. Entre os anos de 1976 e 1981, foi presidente da Fundação Nacional de Arte (FUNARTE), órgão do Ministério da Educação.

Seu romance "O Coronel e o Lobisomem", foi traduzido para vários países e reeditado diversas vezes. Recebeu o Prêmio Jabuti, Prêmio Coelho Neto e o Prêmio Luísa Cláudio de Souza.

José Cândido de Carvalho faleceu em Niterói, no dia 1 de agosto de 1989.

Dentre as obras de José Cândido de Carvalho, destacam-se: Olha Para o Céu, Frederico (1939), O Coronel e o Lobisomem (1964), Porque Lulu Bergantim não Atravessou o Rubicon (1970), Um Ninho de Mafagafos Cheio de Mafagafinhos (1972), Ninguém Mata o Arco-Íris (1972), entre outros.

 

Frases de José Cândido de Carvalho


“Digo, modéstia de lado, que já discuti e joguei no assoalho do Foro mais de um doutor formado. Mas disso não faço glória, pois sou sujeito lavado de vaidade, mimoso no trato, de palavra educada”;

“Só de uma regalia não abri mão nesses anos todos de pasto e vento: a de falar alto, sem freio nos dentes, sem medir consideração, seja em compartimento do governo, seja em sala de desembargador”;

“Meus dias no Sossego findaram quando fui pegado em delito de sem-vergonhismo em campo de pitangueiras”;

“Esse menino tem todo o sintoma do povo de política. É invencioneiro e linguarudo”;

“De letra eu nem queria sentir o cheiro. O trabalho que Ponciano mais apreciava era o andar na poeira de um bom rabo de saia, serviço que ainda hoje é de minha especial inclinação”;

“Saiba o capitãozinho que duas coisas de principal um homem deve ter. Barba escorrida e voz grossa”.

 

 

(Fontes do texto: Blog eBiografia, Blog Pensador, Wikipedia, Site da Academia Brasileira de Letras)

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