Leituras diárias

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

 



“(...) Em quarto lugar, as civilizações são mortais, porém duram muito tempo. Elas evoluem, se adaptam e são as mais duradouras entre as associações humanas, ‘realidades de uma extrema longue durée’. Sua ‘essência única e particular’ é ‘a sua longa continuidade histórica. A civilização é, na verdade, a história mais comprida de todas’. Os impérios ascendem e caem, os governos vêm e vão, as civilizações perduram e ‘sobrevivem às convulsões políticas, sociais, econômicas, e até mesmo ideológicas.’ Bozeman concluiu que a história internacional documenta com acerto a tese de que os sistemas políticos são expedientes transitórios na superfície da civilização e que no destino de cada comunidade unificada linguística e moralmente depende, em última análise, da sobrevivência de certas ideias fundamentais de estruturação, em torno das quais gerações sucessivas se congregaram e que assim simbolizam a continuidade da sociedade.” (Huntington, pág. 59)

 


Samuel P. Huntington, Choque de civilizações e a recomposição da ordem mundial


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