Menotti Del Picchia (1892-1988)

domingo, 9 de outubro de 2022

 



Menotti Del Picchia (1892-1988) foi um poeta, romancista, ensaísta, cronista, jornalista, advogado e político brasileiro. Nasceu na cidade São Paulo, filho do jornalista Luigi Del Picchia e de Corina Del Corso, imigrantes italianos. Com cinco anos de idade mudou-se para a cidade de Itapirainterior de São Paulo, onde foi aluno de Jacomo Stávale. Fez seus estudos ginasiais no Colégio São José, em Pouso Alegre, Minas Gerais. De volta a São Paulo, em 1909 ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Em 1913 concluiu o curso de Direito e publicou seu primeiro livro “Poemas do Vício e da Virtude”. No ano seguinte voltou para Itapira, onde trabalhou como advogado e dirigiu os jornais, “Diario de Itapira” e “O Grito!”.

Em 1917, publica o livro “Juca Mulato” (1917), longo poema onde retrata uma temática nacionalista através da figura pacata e resignada do caboclo. A obra levou o autor ao reconhecimento nacional. Neste período, Menotti passa a colaborar com vários jornais, entre os quais “Correio Paulistano”, “Jornal do Comércio” e “Diário da Noite”.

Menotti Del Picchia foi um dos articuladores, ativistas e colaboradores da Semana de Arte Moderna, que ocorreu em São Paulo, entre 13 e 18 de fevereiro de 1922. Redator do Correio Paulistano, pôs a sua coluna à disposição dos interesses revolucionários de 22. O autor abriu a segunda noite a mais importante e a mais tumultuada da Semana, com uma conferência em que era negada a filiação do grupo modernista ao futurismo de Marinetti, mas defendia a integração da poesia com os tempos modernos, a liberdade de criação e, ao mesmo tempo a criação de uma arte genuinamente brasileira.

Em 1924 criou, com Cassiano Ricardo e Plínio Salgado, o Movimento Verdamarelo, de tendência nacionalista. Publicou vários romances, entre eles “Lama e Argila”, “O Homem e a Morte”, “Republica 3 000” e “Salomé”, além de livros de ensaios e de crônicas. Em 1933, convidado por Assis Chateaubriand, assumiu a direção do jornal Diário da Noite.

Em 1938 foi indicado pelo governador Ademar de Barros, para a direção do Serviço de Publicidade e Propaganda do Estado de São Paulo. Em 1942, passou a dirigir o jornal “A Noite”. Em 1943, foi nomeado para a cadeira n.º 28 da Academia Brasileira de Letras.

Entre os anos de 1926 e 1962, Menotti ocupou os cargos de deputado estadual em duas legislaturas e federal em três legislaturas, ambos pelo Estado de São Paulo. Em 1960 recebeu o Prêmio Jabuti de Poesia. Em 1968 foi agraciado com o título de Intelectual do Ano. Em 1987, foi inaugurada em Itapira, a Casa Menotti Del Picchia, para preservação do seu acervo. Entre suas principais obras estão: “Do Vício e da Virtude” (1913); “Moisés” (1917); “Juca Mulato” (1917); “Angústia de D. João” (1922); “Chuva de Pedra” (1925); “O Amor de Dulcineia” (1926); “República dos Estados Unidos do Brasil” (1928); “A República 3000” (1930); “Salomé” (1930); “Kalum o Sargento” (1936); “Kammunká” (1938); “Dente de Ouro” (1946); “Deus Sem Rosto” (1967), entre outras.

Menotti Del Picchia casou-se em 1912 com Francisca Avelina da Cunha Salles, com quem teve sete filhos. Em 1934 passa viver com a pianista Antonieta Rudge, por mais 34 anos. Menotti Del Picchia faleceu em São Paulo, no dia 23 de agosto de 1988.

 

Frases de Menotti Del Picchia


“Não é louco quem corre atrás de uma esperança, porque a esperança é o fim de nossa própria vida.”;

“Esta vida é um punhal de dois gumes fatais: não amar é sofrer; amar é sofrer mais.”;

“O Corinthians é um fenômeno sociológico a ser estudado em profundidade.”;

“O coração da gente é como uma casa que não pode ficar vazia.”;

“A alegria dos outros somente é suportável quando a ela podemos somar um pouco da nossa.”;

“Deus está dentro de toda imaginação que cria e que crê”.

 

 

(Fontes do texto: eBiografia Dilva Frazão, Wikipedia, Pensador, Academia Brasileira de Letras, Citações)

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