“A
forma estética continuará a mudar à medida que a prática política consiga (ou
não) construir uma sociedade melhor. Nas condições mais favoráveis, podemos
prever um universo comum à arte e à realidade mas, nesse universo comum, a arte
conservaria a sua transcendência. Com toda probabilidade, as pessoas não
falariam, escreveriam ou comporiam poesia; la
prose du monde persistiria. O “fim da arte” só é concebível se os homens
não forem mais capazes de distinguir entre verdadeiro e falso, bom e mau, belo
e feio, presente e futuro. Isso seria um estado de perfeito barbarismo no auge
da civilização – e tal estado é, de fato, uma possibilidade histórica.”
(Marcuse, pág. 118)
Herbert Marcuse, Contra-revolução e revolta
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