"En tiempos pasados, fue creencia común de la humanidad que todo habia sido hecho para el hombre, que él constituía el fin del mundo" - Ludwig Feuerbach - Pensamientos sobre muerte e inmortalidad
Enquanto os Estados Unidos são assolados
por uma intensa onda de frio, a Inglaterra e parte da Europa sofrem com fortes
ventos e inundações, o Brasil tem um dos verões mais quentes dos últimos
tempos. Bom para os milhões de turistas que lotam praias e piscinas, se
refrescando de temperaturas que variam entre 32 e 40 graus Celsius. O setor de
turismo em todo o País já está festejando: as atividades ligadas ao setor de
turismo já preveem um ano com faturamento acima da média - pelo menos durante
estas primeiras semanas de 2014.
Se a onda de calor é recebida com alegria
pela maior parte da população, causa preocupação ao setor elétrico. Altas
temperaturas significam maior consumo de eletricidade em máquinas de ar
condicionado, ventiladores, refrigeradores e outros equipamentos. Já durante o
ano de 2013 houve um aumento de 3,3% no consumo de eletricidade em relação a
2012, apontando uma tendência de crescimento da demanda, que com o verão se
acelera mais ainda.
O que os especialistas do setor elétrico
mais desejam é que São Pedro mande mais chuva para encher os reservatórios das
hidrelétricas. É o caso das barragens de Furnas e Rio Grande e dos cursos dos
rios Paranaíba e São Francisco. A região onde se localizam estas barragens e
estes rios é chamada de "a caixa d´água do Brasil", por reunir rios,
barragens e hidrelétricas que em conjunto respondem por aproximadamente 70% de
toda a eletricidade gerada no País. Além de Furnas, incluem-se neste sistema as
usinas de Emborcação, no Sudeste, e de Três Marias e Sobradinho, na região
Nordeste.
Durante as últimas semanas, o nível de água
contido nestes reservatórios ficou em 43% de sua capacidade total para o
Sudeste e em 35% para a região Nordeste. Felizmente, trata-se de uma quantidade
de água bem acima daquela registrada entre 2012 e 2013, quando o volume no
Sudeste era de apenas 29% da capacidade dos reservatórios, quantidade pouco
acima do registrado no ano de 2000; o fatídico ano que antecedeu o racionamento
de 2001.
Mesmo assim, as marcas atuais estão abaixo das médias de 50% a 60%, registradas nos reservatórios em anos em que as precipitações pluviométricas atingiram quantidades normais, dentro das médias históricas para a região. Em entrevista para o jornal O Estado de São Paulo, o presidente da consultoria Thymos Energia, João Carlos Mello, declarou que "em dezembro, choveu na região, e os reservatórios iniciaram 2014 um pouco mais cheios que no ano passado. Mas os níveis ainda são baixos e as previsões de chuvas na região não são das melhores para os próximos meses - tudo indica que teremos um 2014 tão estressante na área de energia quanto 2013".
Mesmo assim, as marcas atuais estão abaixo das médias de 50% a 60%, registradas nos reservatórios em anos em que as precipitações pluviométricas atingiram quantidades normais, dentro das médias históricas para a região. Em entrevista para o jornal O Estado de São Paulo, o presidente da consultoria Thymos Energia, João Carlos Mello, declarou que "em dezembro, choveu na região, e os reservatórios iniciaram 2014 um pouco mais cheios que no ano passado. Mas os níveis ainda são baixos e as previsões de chuvas na região não são das melhores para os próximos meses - tudo indica que teremos um 2014 tão estressante na área de energia quanto 2013".
Dadas estas condições o governo será
forçado a suprir a demanda de energia através de usinas termelétricas, cuja
implantação requer menos tempo que as outras tecnologias. O problema destes
geradores é que funcionam com combustível importado, de custo relativamente
alto, além de ser poluente. Para evitar lançar mão desta tecnologia o governo
deveria introduzir medidas efetivas de eficiência energética, tanto na
indústria e no comércio quanto em suas próprias instalações, como há tempos já
fazem outros países. Não é possível continuar aumentando somente a oferta de
energia, a custos muito altos, sem atuar também na redução da demanda, através
de processos e equipamentos mais eficientes e inteligentes.
(Imagens: fotografias de Francesc Català Roca)
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