Leituras diárias

segunda-feira, 25 de julho de 2022

 


“Perdemos literalmente um século de História, sob o feudalismo contra-reformista imperial. Antes, claro, desde o Tratado de Utrecht no século XVIII, Portugal se tornara mero satélite da Inglaterra, situação agravada pela guerras napoleônicas, as quais puseram D. João VI a correr em cima de nós. E os ingleses nos confinaram no “modelo exportador”, agora herdado pelos EUA. Na história do Segundo Império há dezenas de Robertos Campos e Delfins Netos enunciando que “exportar mais é a solução”, devendo os olhos da cara a Londres e negligenciando o desenvolvimento interno do país. A maioria do povo pagava e continua pagando as contas, enquanto a classe “compradora” permanece na sela do burro manso que é o Brasil. Dos títulos aristocráticos aos de agora, a diferença é do fedor da nobreza à pseudo-austeridade pseudo-apolítica da tecnocracia.” (Francis, pág. 141)

 

Paulo Francis, O afeto que se encerra


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