Carlos Heitor Cony (1926-2018)

domingo, 31 de julho de 2022


Carlos Heitor Cony (1926-2018) foi um jornalista e escritor brasileiro de destaque. Nasceu no Rio de Janeiro no dia 14 de março de 1926. Entra para o Seminário Arquidiocesano de São José, onde é premiado entre os melhores alunos no fim do ano letivo. Anos mais tarde, se inscreve no curso de Letras da Faculdade Nacional de Filosofia, mas não termina o curso. Ajudando o pai no Jornal do Brasil em 1946, torna-se redator da Gazeta de Notícias no ano seguinte.

Em 1963 lança, com outros autores (Guimarães Rosa, Otto Lara Resende, Lygia Fagundes Telles, José Condé, Guilherme Figueiredo e Mário Donato), Os Sete Pecados Capitais. E, no mesmo ano, passa a escrever na página diária de Opinião da Folha de S. Paulo, revezando com Cecília Meireles.

Na década de 80 começa a dirigir a revista Fatos e Fotos, acompanha o Papa João Paulo II na sua visita ao Brasil e torna-se o superintendente da teledramaturgia da Rede Manchete. Na década de 90 volta a colaborar com a Folha de S. Paulo e acompanha novamente a visita do Papa João Paulo II. Em 1996 ganha o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da sua obra, e o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, com Quase Memória.

No ano seguinte (1997), ganha o prêmio Nacional Nestlé de Literatura. O mesmo é obtido com o romance O Piano e a Orquestra, na categoria de "autor consagrado". Ainda em 1997 lança A Casa do Poeta Trágico, o qual é eleito o livro do ano, ganhando o prêmio Jabuti. Em 2000, entra para a Academia Brasileira de Letras, onde ocupa a cadeira nº 3. No mesmo ano ganha novamente o prêmio Jabuti com Romance Sem Palavras.

É autor de romances (Quase memória; Informação ao Crucificado; Pilatos; A morte e a vida; Pessach: A Travessia; entre outros), contos (Babilônia; O Burguês e o Crime e outros contos), crônicas (Tudo ou nada; Para ler na Escola) e ensaios biográficos.

 

Frases de Carlos Heitor Cony

 

"Nostalgia é saudade do que vivi, melancolia é saudade do que não vivi.";

"O homem não pode trair o escritor, mas o escritor deve sempre trair o homem. Quando assume a condição de escritor, ele deve ficar acima do homem.";

"O macaco melhorou ou foi o homem que piorou?";

"As cabeças jovens foram feitas para bater de encontro a paredes. Quase todas conseguem sobreviver.";

“Deixei de acreditar em Deus no dia em que vi o Brasil perder a Copa do Mundo no Maracanã”;

"Biquínis e mensagens devem ser curtos para aguçar o interesse e longos o suficiente para cobrir o objeto.";

Vivo como posso, e posso muito porque tenho ideias."



(Fontes: Profa. Márcia Fernandes em Toda Matéria e outras) 

0 comments:

Postar um comentário