Paulo Mendes Campos (1922-1991)

domingo, 28 de maio de 2023

 

Paulo Mendes Campos nasceu em Belo Horizonte, aos 28 de fevereiro de 1922 e faleceu na cidade do Rio de janeiro em 1 de julho de 1991. Filho do médico e escritor Mário Mendes Campos e de Maria José Lima, foi escritor, poeta e jornalista brasileiro.

Mendes Campos, que era o terceiro de oito irmãos, aprende com a mãe o gosto pela literatura. Tendo sido reprovado nos primeiros anos de estudo, foi então internado no Colégio Dom Bosco, na cidade de Cachoeira do Campo, onde surgiu o interesse pelas letras (1933). Paulo Mendes Campos concluiu o curso secundário em 1939 na cidade de São João del-Rei, ingressando, sucessivamente, nos cursos de odontologia, veterinária e direito, sem concluir nenhum deles.

Em 1940 retorna a Belo Horizonte, e começa a participar da vida literária, como um dos integrantes da “geração mineira”, da qual também participavam Fernando SabinoOtto Lara ResendeHélio PellegrinoJoão Etienne Filho e Murilo Rubião. Começa a publicar seus textos no suplemento literário da “Folha de Minas”; jornal que chegou a dirigir durante algum tempo. No entanto, seu sonho de ser aviador também não se concretizou. Diploma mesmo, ele gostava de brincar, só teve o de datilógrafo.

Em 1945, vai para o Rio de Janeiro a fim de conhecer o poeta Pablo Neruda. Permanece no Rio, onde já estava morando o amigo mineiro Fernando Sabino e para onde depois também se mudaram Otto Lara Resende e Hélio Pellegrino. Colaborou nos principais jornais cariocas; mais assiduamente em “O Jornal”, “Correio da Manhã” – do qual foi redator durante dois anos e meio – e “Diário Carioca”, no qual assinava uma coluna diária intitulada "Primeiro Plano". Também atou durante muitos anos, como um dos três cronistas efetivos da revista “Manchete”, tendo também ocupado o cargo de diretor de Obras Raras da Biblioteca Nacional.

Em 1947, é admitido como fiscal de obras e chega a redator, no extinto Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado – Ipase. Em 1951, casa-se com Joan Abercrombie, de origem inglesa, e lança seu primeiro livro, “A palavra escrita”.

Paulo Mendes Campos também atuou como tradutor de prosa e poesia, tendo traduzidos autores como Júlio VerneOscar WildeJohn RuskinJane AustenShakespeareWilliam Butler YeatsC. S. LewisCharles DickensGustave FlaubertGuy de MaupassantH. G. WellsPablo NerudaRosalía de CastroVerlaineT. S. EliotEmily DickinsonJames Joyce, E. M. Cummings, William BlakeUmberto SabaJorge Luis Borges, entre outros.

Dentre as principais obras de Paulo Mendes Campos, encontram-se:

Poesias: A Palavra Escrita, 1951; Forma e Expressão do Soneto, antologia, 1952; Infância; O Domingo azul do mar, 1958; Testamento do Brasil e Domingo azul do mar, 1966; Transumanas, 1977; Poemas, 1979; Diário da tarde (poesia e prosa), 1981; Trinca de copas (poesia e prosa), 1984.

Crônicas: O Cego de Ipanema, 1960; Homenzinho na ventania, 1962; O Colunista do morro, 1965; Antologia brasileira de humorismo, 1965; Hora do recreio, 1967; O Anjo Bêbado, 1969; Rir é o único jeito: supermercado,1976 (reedição de Hora do Recreio); Os bares morrem numa quarta-feira,1980; O Amor acaba - Crônicas líricas e existenciais,1999: Brasil brasileiro — Crônicas do país, das cidades e do povo, 2000; Alhos e bugalhos, 2000; Cisne de feltro — Crônicas, 2000; Murais de Vinícius e outros perfis, 2000; O gol é necessário — Crônicas esportivas, 2000; Artigo indefinido, 2000; De um caderno cinzento — Apanhadas no chão, 2000; Balé do pato e outras crônicas, 2003; Quatro histórias de ladrão, 2005; Infanto-juvenil A arte de ser neta,1985.

 

Frases de Paulo Mendes Campos:

Não faço nada pelo bem de ninguém e, decerto, faço mal a algumas pessoas.”;

" 'Quem sou eu no mundo?’ Essa indagação perplexa é o lugar-comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.”;

Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível.
Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano
.”;

O tempo é audível; também se pode ouvir a eternidade.”;

O brasileiro detesta andar. Só anda a pé por prescrição médica.”;

Na praça pública das letras, não ciceroneio visitantes aos palácios e catedrais – vejo-me apenas como um artesão de mamulengos.”.


(Fontes consultadas: Wikipedia; site IMS; Portal da Crônica Brasileira; site Citações; Site Pensador)

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