A frase do dia

domingo, 30 de novembro de 2025

“Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca.”

 

Darcy Ribeiro (1922-1997), antropólogo, historiador, sociólogo, escritor e político brasileiro, citado pelo site Pensador

Essa não poderia faltar

sábado, 29 de novembro de 2025

Mott The Hoople

Nani

(Fonte: Repórter Nordeste/Nani Humor)

Outras leituras

sexta-feira, 28 de novembro de 2025


“Thomas Jefferson considerava impossível qualquer virtude republicana entre as massas sem a crença em Deus, crença que notoriamente lhe faltava. Podemos contrastar essa visão dividida com pontos de vista republicanos de Baruch Spinoza, que considerava que as pessoas comuns viviam mergulhadas na ilusão, mas desejava esclarecê-las. Spinoza acreditava que as pessoas podiam ser educadas, que seus desejos eram maleáveis o suficiente para ser remodelados e que seria essa a tarefa dos filósofos, e não o fomento de medidas consoladoras e ficções politicamente convenientes.” (Eagleton, pág. 28)

“(...) Nietzsche exorta os chamados ‘homens superiores’ em A gaia ciência. Não adianta empenhar-se em por a Razão ao alcance das massas, que sustentam suas crenças sem razão e cujos pontos de vista são, desse modo, imunes à refutação através dela. O populacho ‘descansa eternamente’ e mal será sacudido por um rosário de argumentos racionais. Melhor deixa-los cozinhar no caldo da própria ignorância. Pelo menos, provavelmente servirá para sufocar a rebeldia.” (Eagleton, págs. 29 e 30).

 

Terry Eagleton (1943-), filósofo e crítico literário britânico em A Morte de Deus na Cultura

Leituras diárias

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

 

“Quanto mais analisamos as relações educador-educandos, na escola, em qualquer de seus níveis (ou fora dela), parece que mais nos podemos convencer de que estas relações apresentam um caráter especial e marcante — o de serem relações fundamentalmente narradoras, dissertadoras. Narração de conteúdos que, por isto mesmo, tendem a petrificar-se ou a fazer-se algo quase morto, sejam valores ou dimensões concretas da realidade. Narração ou dissertação que implica um sujeito — o narrador — e objetos pacientes, ouvintes — os educandos. Há uma quase enfermidade da narração. A tônica da educação é preponderantemente esta — narrar, sempre narrar. Falar da realidade como algo parado, estático, compartimentado e bem-comportado, quando não falar ou dissertar sobre algo completamente alheio à experiência existencial dos educandos, vem sendo, realmente, a suprema inquietação desta educação. A sua irrefreada ânsia. Nela, o educador aparece como seu indiscutível agente, como seu real sujeito, cuja tarefa indeclinável é ‘encher’ os educandos dos conteúdos de sua narração. Conteúdos que são retalhos da realidade desconectados da totalidade em que se engendram e em cuja visão ganhariam significação. 

A palavra, nestas dissertações, se esvazia da dimensão concreta que devia ter ou se transforma em palavra oca, em verbosidade alienada e alienante. Daí que seja mais som que significação e, assim, melhor seria não dizê-la. Por isto mesmo é que uma das características desta educação dissertadora é a ‘sonoridade’ da palavra e não sua força transformadora. Quatro vezes quatro, dezesseis; Pará, capital Belém, que o educando fixa, memoriza, repete, sem perceber o que realmente significa quatro vezes quatro. 

A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educandos à memorização mecânica do conteúdo narrado. Mais ainda, a narração os transforma em ‘vasilhas’, em recipientes a serem ‘enchidos’ pelo educador. Quanto mais vá ‘enchendo’ os recipientes com seus ‘depósitos’, tanto melhor educador será. Quanto mais se deixem docilmente ‘encher’, tanto melhores educandos serão. Desta maneira, a educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador, o depositante. Eis aí a concepção ‘bancária’ da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los. Margem para serem colecionadores ou fichadores das coisas que arquivam. No fundo, porém, os grandes arquivados são os homens, nesta (na melhor das hipóteses) equivocada concepção ‘bancária’ da educação. Arquivados, porque, fora da busca, fora da práxis, os homens não podem ser. Educador e educandos se arquivam na medida em que, nesta distorcida visão da educação, não há criatividade, não há transformação, não há saber. Só existe saber na invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros. Busca esperançosa também.” (Freire, págs. 71 e 73). 

 

Paulo Freire (1921-1997), educador e filósofo brasileiro em Pedagogia do Oprimido

George Santayana

quarta-feira, 26 de novembro de 2025


 

“Cobiçar a verdade é uma paixão muito distinta. Todo filósofo diz que está buscando a verdade, mas raramente é esse o caso. Como observou o Sr. Bertand Russell, uma das razões pelas quais os filósofos não conseguem alcançar a verdade é que frequentemente não desejam alcançá-la. Aqueles que estão genuinamente preocupados em descobrir a verdade são geralmente cientistas, naturalistas, historiadores, e geralmente a descobrem de acordo com sua própria luz. As verdades que descobrem nunca são completas e nem sempre são importantes, mas são partes integrantes da verdade, fatos e circunstâncias que ajudam a preencher o quadro e que nenhuma interpretação subsequente pode invalidar ou contradizer. Mas os filósofos oficiais são geralmente escolásticos, isto é, estão absortos na defesa de alguma ilusão adquirida ou de alguma ideia eloquente. Como advogados ou detetives, eles estudam o caso para o qual foram contratados, para ver quanta evidência ou aparência de evidência podem reunir para a defesa e quanto preconceito podem despertar contra as testemunhas de acusação, porque sabem que estão defendendo prisioneiros suspeitos pelo mundo, e talvez pelo próprio senso comum, de falsificação. Não cobiçam a verdade, mas a vitória e a eliminação de suas próprias dúvidas. O que defendem é certo sistema, isto é, certa visão da totalidade das coisas, da qual os homens são verdadeiramente ignorantes. Nenhum sistema jamais teria sido forjado se as pessoas estivessem apenas interessadas em saber o que é correto, seja isso o que for. O que produz sistemas é o interesse em sustentar, contra todo arrivista, que certa ideia que preferimos ou que seja hereditária, é suficiente e correta.” (Santayana, págs. 50 e 51).


George Santayana (1863-1952), filósofo espanhol em La filosofia en América (A filosofia na América).

Emendas parlamentares, o câncer do país

terça-feira, 25 de novembro de 2025

(Fonte: Lula Marques/Agência Brasil)

As emendas parlamentares - propostas de alterações do orçamento do governo feitas por deputados e senadores - tornaram-se um grande problema para o país. 

Além de pulverizarem esforços na área da infraestrutura, já que muitas emendas contemplam projetos pontuais, isolados de uma estratégia regional ou nacional, há diversos casos de malversação de recursos que estão sendo investigados pelo STF. 

Dados apontam que menos de 1% das emendas PIX identificam o destino dos recursos e que cidades com menos de 10 mil habitantes representando 6% da população do país, receberam 25% das emendas. 

Comparativamente, os recursos destinados em 2024 ao Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) foram de R$ 12,4 bilhões e os destinados ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) de R$ 4,3 bilhões, enquanto que a verba abocanhada pelas emendas parlamentares foi de R$ 44,8 bilhões.

A situação se tornou tão grave que agora as emendas ameaçam até o orçamento destinado ao Ministério da Saúde e ao SUS. Leia detalhes no artigo Política brasileira: história de um sequestro, publicado pelo site Outras Palavras em 13/11/2025:

Agrotóxicos no Brasil


Debaixo do tapete
 
(Fonte: MST)

Donald A. Crosby


“O niilismo cósmico afirma a falta de sentido do cosmos, seja no sentido absoluto de negar qualquer inteligibilidade ou estrutura cognoscível, seja no sentido relativo de negar que ele dê qualquer lugar ou suporte aos tipos de significado valorativo e existencial aos quais os seres humanos aspiram. O ditado de Nietzsche ‘Não há fatos, tudo está em fluxo, incompreensível, elusivo; o que é relativamente mais duradouro são nossas opiniões’ (1968:327) dá expressão ao primeiro tipo de niilismo cósmico. 

A posição de Mauthner (Fritz Mauthner, filósofo austríaco) também se resume a algo como niilismo cósmico neste primeiro sentido, porque mesmo que o mundo tenha uma estrutura inteligível, ela seria para sempre inacessível para nós, por razões já apresentadas. Ilustra-se aqui uma conexão entre niilismo epistemológico e niilismo cósmico. Um mundo que não pode, em princípio, ser conhecido é para nós uma superfície sem sentido.” (Crosby, pág. 26)

 

Donald A. Crosby (1932-), teólogo e filósofo estadunidense em The Specter of The Absurd – Sources & Criticism of Modern Nihilism (O Espectro do Absurdo – Fontes e Críticas do Niilismo Moderno)

Pra lá da Casa de Naná - Naná Vasconcelos

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

 Música brasileira


Naná Vasconcelos

Álbum: Chegada (2006)

Música: Pra lá da Casa de Naná




https://www.youtube.com/watch?v=FtLIbbeF7sE&list=PLsuBPFfNuFPD23zQkmE3jJ3Rpw1a4Dg95&index=8


Juvenal de Holanda Vasconcelosmais conhecido como Naná Vasconcelos (1944 —2016), foi um músico brasileiro. Eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista americana Down Beat (votação feita pelos críticos musicais da revista) e ganhador de oito prêmios Grammy (brasileiro com mais prêmios Grammy), era considerado uma autoridade mundial em percussão. Não à toa figura na posição 62 da Lista dos 100 maiores artistas da música brasileira pela Rolling Stone Brasil.

Dotado de uma curiosidade intensa, indo da música erudita do brasileiro Heitor Villa-Lobos ao roqueiro Jimi Hendrix, Naná aprendeu a tocar praticamente todos os instrumentos de percussão, embora nos anos 60 tenha se especializado no berimbau.

 

(Fonte do texto: Wikipedia)

Millôr Fernandes

domingo, 23 de novembro de 2025

 (Fonte: Hábito de Quadrinhos/Millôr Fernandes)

Celeida Tostes (1929-1995)

Conheça mais sobre a vida e obra da artista no site da Galeria Superfície:

https://galeriasuperficie.com.br/artistas/celeida-tostes/

Música de vanguarda

sábado, 22 de novembro de 2025


 Philip Glass






Philip Morris Glass (1937-) é um compositor estadunidense e está entre os compositores mais influentes do final do século XX. A sua música é normalmente chamada de minimalista, embora ele não aprecie esta expressão. Muito prolífico, produziu inúmeros trabalhos entre óperas, sinfonias, concertos, trilhas sonoras para filmes e outros trabalhos em colaboração com outros músicos.

Entre as óperas produzidas por Glass encontram-se a muito famosa Akhenaton, onde expressa a vida e morte de um dos maiores faraós do antigo Egito, Einstein on the Beach, e Satyagraha (1980) esta última baseada na vida de Mahatma Gandhi que inclui diversos mantras. Compôs também a cantata Itaipu (1989) referindo-se a usina de mesmo nome que possui texto em guarani. Também é dele Days and Nights in Rocinha (1997) que foi escrita após uma visita de Glass a favela da Rocinha antes do Carnaval.

Glass compôs trilhas sonoras para diversos filmes, começando por Koyaanisqatsi (1982), dirigido por Godfrey Reggio que está entre as trilhas sonoras mais influentes. Podemos citar também como trabalhos na área de trilha sonora para filmes Mishima (1985), Kundun (1997) sobre o Dalai Lama, a trilha sonora dos demais documentários da trilogia Qatsi em Powaqqatsi (1988) e Naqoyqatsi (2002), além de O Show de Truman: O Show da Vida (1998) que usou partes das trilhas de Mishima e PowaqqatsiAs Horas (2002) o qual recebeu uma indicação para o Óscar. Produziu a trilha para os filmes O Ilusionista (2006) e Notas Sobre um Escândalo (2006), este último lhe rendendo uma indicação ao Óscar de melhor trilha sonora.

Além de trabalhos sinfônicos, Glass também possui fortes ligações com rock e música eletrônica, sendo que o artista de música eletrônica Aphex Twin já colaborou com Glass. Vários outros artistas foram influenciados por sua obra como Mike OldfieldJohn Williams e bandas como a Tangerine DreamBrian Eno inclusive confirma a influência que teve de Glass.

 

(Fonte do texto: Wikipedia)

Amâncio

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

(Fonte: Blog Sou+SUS / Amâncio)

Frases de Meio Ambiente

 

“Mais do que nunca veremos que a modernidade é colonial, não só na medida em que não pode universalizar seu estilo de vida, mas também, pelo modo como, pela colonização dos corações e mentes, procura instilar a ideia de que é desejável e, mais ainda, possível todos se europeizarem ou americanizarem. Entretanto, este estilo de vida só pode existir se for para uma parcela da humanidade sendo, assim, na sua essência, injusto.”

 

Carlos Walter Porto-Gonçalves (1949-2023), geógrafo e ambientalista brasileiro em A Globalização da Natureza e a Natureza da Globalização

Leituras diárias

quinta-feira, 20 de novembro de 2025


“O pessimismo jubiloso de Cioran não encontra páreo no espaço das letras francesas contemporâneas . Pratica-se hoje, cada vez mais, o pensamento positivo, o discurso ético levado às últimas consequências, o espírito edificante que instala o indivíduo no horizonte da pura mediocridade, tornando-o culpável por qualquer atitude que venha do espírito de rebanho. A barbárie assume novas formas, mais hipócritas e, portanto, mais perigosas do que a sinceridade de Valéry e Cioran.”

 

Válcan Ciprian (1973-), filósofo, escritor e ensaísta romeno em Cioran, um aventureiro imóvel: 30 entrevistas

Dia Mundial da Filosofia 2025

(Fonte: Fashion Bubbles)

Não sei por que estamos aqui, mas tenho quase certeza de que não é para nos divertirmos.”

 

Ludwig Wittgenstein (1889-1951), filósofo austríaco citado por Goodreads

E. M. Cioran

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

 

“Basta-me ouvir alguém falar sinceramente de ideal, de futuro, de filosofia, ouvi-lo dizer ‘nós’ com um tom de segurança, invocar os ‘outros’ e sentir-se seu intérprete, para que o considere meu inimigo. Vejo nele um tirano fracassado, quase um carrasco, tão odioso quanto os tiranos e os carrascos de alta classe. É que toda fé exerce uma forma de terror, ainda mais temível quando os ‘puros’ são seus agentes. Suspeita-se dos espertos, dos velhacos, dos farsantes; no entanto não poderíamos atribuir-lhes nenhuma das grandes convulsões da história; não acreditando em nada, não vasculham nossos corações, nem nossos pensamentos mais íntimos; abandonam-nos à nossa indolência, ao nosso desespero ou à nossa inutilidade; a humanidade deve a eles os poucos momentos de prosperidade que conheceu: são eles que salvam os povos que os fanáticos e que os ‘idealistas’ arruínam. Sem doutrinas, só possuem caprichos e interesses, vícios complacentes, mil vezes mais suportáveis que os estragos provocados pelo despotismo dos princípios; porque todos os males da vida provêm de uma ‘concepção da vida’. Um homem político completo deveria aprofundar-se nos sofistas antigos e tomar aulas de canto; e de corrupção...” (Cioran, pág. 13)

 

E. M. Cioran (1911-1995), filósofo e escritor franco-romeno em Breviário de Decomposição

Jards Macalé - 3/3/43 - 17/11/25

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Mais outra perda para a cultura popular brasileira em 2025: o compositor, cantor, instrumentista e arranjador Jards Macalé.

https://www.brasildefato.com.br/2025/11/17/morre-o-inventivo-cantor-e-compositor-jards-macale-aos-82-anos/

Jards Macalé em "Contrastes":

https://ricardorose.blogspot.com/2024/08/contrastes-jards-macale.html

Coisa Nº 2 - Moacir Santos

 Música brasileira


Moacir Santos 

Álbum: Coisas (1965)

Música: Coisa Nº 2



https://www.youtube.com/watch?v=mmdxIisJ6Zs&list=PLCkRrnM3b0h6QvGwbRvUU08pqS-DQ2Fd4&index=2


Moacir Santos (1926 — 2006) foi um arranjadorcompositormaestro e multi-instrumentista brasileiro. Iniciou sua carreira no sertão pernambucano como integrante de bandas. Na década de 1940 mudou-se para o Rio de Janeiro, e nessa cidade foi contratado pela Rádio Nacional. Durante dois anos, morou em São Paulo, onde regeu a orquestra da TV Record, voltando logo em seguida para o Rio de Janeiro. Em 1967 mudou-se para Los Angeles, convidado para a estreia mundial do filme Amor no Pacífico, do qual havia sido compositor. Estabeleceu moradia fixa na região de Pasadena, na Califórnia, onde viveu compondo trilhas para o cinema e ministrando aulas de música.

 

(Fonte do Texto: Wikipedia)

Claude Lévi-Strauss

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Veja curta entrevista (legendada) com o antropólogo, etnólogo, sociólogo e autor de vasta obra, Claude Lévi-Strauss (1908-2009). 

Professor na Universidade de São Paulo entre 1935 e 1939, Lévi-Strauss realizou diversos estudos antropológicos entre os indígenas brasileiros, que mais tarde foram base de sua teoria estruturalista e antropologia estrutural.

A entrevista está disponível no canal Fernando Eichenberg abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=PRqg9g5zuIE

Jaguar

domingo, 16 de novembro de 2025

(Fonte: Jaguar)

Crise climática? Onde?

(Fonte: ClimaInfo/The Toxic Ten)

Desinformar o grande público sobre a real situação do clima da Terra, da destruição da biodiversidade e dos recursos naturais, é uma estratégia de setores da economia mundial. 

Com isso, visam manter seus lucros e adiar iniciativas que possam interferir em suas atividades. É a velha política do capitalismo: privatizar os lucros e socializar os prejuízos (as externalidades, como dizem os economistas).

Veja abaixo, em artigo do jornal online Brasil de Fato, quem são estes setores e como atuam:

Angeli

sábado, 15 de novembro de 2025

(Fonte: Angeli/Folha de São Paulo)

Nos bastidores da COP 30

O que acontece nos bastidores da COP 30? Quais tipos de negociações, acordos e lobbies ocorrem durante a Conferência sobre o Clima?

Quem ganha com um discurso "amigo do meio ambiente"? Veja matéria sobre o que acontece no evento, divulgada pelo canal De Olho nos Ruralistas:

Amazônia perto do "ponto de não retorno"

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

(Fonte: MST)

Cientistas alertam para o fato de que a Amazônia está perto do "ponto de não retorno", quando os danos ao bioma não poderão ser mais revertidos, com várias outras consequências para a região e todo o planeta.

Sobre isso, veja a recente palestra do climatologista Carlos Nobre, realizada durante o seminário Soberania, Inovação e Desafios Nacionais. O vídeo é do canal TV GGN:

https://www.youtube.com/watch?v=IKlWRmQe8_I

Quino

 (Fonte: Quino/Veja Rio)

Richard Clyde Taylor

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

 

“A vida de cada um, portanto, assemelha-se a uma das escaladas de Sísifo ao cume de sua colina, e cada dia a um de seus passos; a diferença é que, enquanto o próprio Sísifo retorna para empurrar a pedra para cima, nós deixamos isso para nossos filhos. Em certo momento, imaginamos que os trabalhos de Sísifo finalmente culminaram na criação de um templo, mas para que isso fizesse alguma diferença, precisava ser um templo que ao menos perdurasse, acrescentando beleza ao mundo pelo resto do tempo. Nossas conquistas, embora muitas vezes belas, são em sua maioria bolhas; e aquelas que perduram, como as pirâmides varridas pela areia, logo se tornam meras curiosidades, enquanto ao redor delas o resto da humanidade continua seu perpétuo carregamento de pedras, apenas para vê-las rolar para baixo. Nações são construídas sobre os ossos de seus fundadores e pioneiros, mas apenas para decair e ruir em pouco tempo, seus escombros tornando-se então a base para outras direcionadas exatamente ao mesmo destino. A imagem de Sísifo é a imagem da existência do homem individual, grande ou desconhecido, das nações, da raça humana e da própria vida do mundo.” 

“Se os construtores de uma grande e próspera civilização antiga pudessem, de alguma forma, retornar agora para ver os arqueólogos desenterrando os restos triviais do que outrora realizaram com tanto esforço — ver os fragmentos de potes e vasos, algumas estátuas quebradas e tais símbolos de outra era e grandeza —, eles poderiam, de fato, se perguntar qual era o sentido de tudo aquilo, se era só isso que finalmente se resumia. No entanto, não lhes parecia assim então, pois era apenas a construção, e não o que finalmente foi construído, que dava sentido à sua vida. Da mesma forma, se os construtores da casa e da fazenda em ruínas que descrevi há pouco pudessem ser trazidos de volta para ver o que resta, eles teriam os mesmos sentimentos.” 

“Esta é certamente a maneira de encarar toda a vida — a própria vida, e cada dia e momento que ela contém; da vida de uma nação; das espécies; da vida do mundo; e de tudo que respira. Até mesmo os vaga-lumes que descrevi, cujos ciclos de existência ao longo de milhões de anos parecem tão sem sentido quando observados por nós, parecerão completamente diferentes para nós se pudermos, de alguma forma, tentar ver sua existência de dentro. Sua atividade interminável, que não leva a lugar nenhum, é exatamente o que eles desejam perseguir. Esta é toda a sua justificativa e significado. Também não seria salvação para os pássaros que percorrem o globo todos os anos, indo e voltando, ter um lar feito para eles em uma gaiola com bastante alimento e proteção, para que não precisassem mais migrar. Você mal respirou pela primeira vez e respondeu à vontade que havia em você de viver. Você não se pergunta se valerá a pena, ou se algo de significativo resultará disso, assim como os vermes e os pássaros. O propósito de viver é simplesmente viver, da maneira que é da sua natureza viver. Você passa a vida construindo seus castelos, cada um deles começando a desaparecer no tempo à medida que o próximo se inicia; no entanto, não seria salvação descansar de tudo isso. Seria uma condenação, e uma que de forma alguma seria redimida se você pudesse contemplar as coisas que fez, mesmo que fossem belas e absolutamente permanentes, como nunca são. O que importa é que você seja capaz de começar uma nova tarefa, um novo castelo, uma nova bolha. Conta apenas porque está lá para ser feito e você tem a vontade de fazê-lo. O mesmo acontecerá com a vida de seus filhos e com a dos filhos deles; e se o filósofo tende a ver nisso um padrão semelhante aos ciclos intermináveis da existência de Sísifo, e a se desesperar, então é de fato porque o significado e o objetivo que ele busca não estão lá — mas felizmente assim é. O sentido da vida vem de dentro de nós, não nos é dado de fora, e excede em muito, tanto em beleza quanto em permanência, qualquer céu com o qual os homens já sonharam ou desejaram.”

 

Richard Clyde Taylor (1919-2003), filósofo estadunidense em The Meaning of Life (O Sentido da Vida), em Life, Death and Meaning (Vida, Morte e Sentido) organizado por David Benatar (1966-), filósofo sul-africano.

Outras leituras

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

 

"Os seis milhões de votos esfriaram Pécuchet a respeito do povo e puseram-se, ele e Bouvard, a estudar a questão do sufrágio universal. Extensivo a todo mundo, não podia ser inteligente. Um ambicioso sempre dirigirá, os outros obedecerão como um rebanho, pois os eleitores não eram sequer obrigados a saber ler, razão por que, segundo Pécuchet, houvera tantas fraudes na eleição presidencial.

- Não houve nenhuma – replicou Bouvard –, atribuo o resultado mais à estupidez do povo. Pensa em todos os que compram a Revalescière, a pomada Dupuytren, a água das castelãs, etc. Esses idiotas formam a massa eleitoral, e nós estamos sujeitos à sua vontade. Por que não se pode obter, com a criação de coelhos, três mil libras de renda? É que uma aglomeração excessiva torna-se causa de morte. Do mesmo modo, pelo simples fato de existir a multidão, os germes da estupidez que ela contém se desenvolvem e os seus efeitos são incalculáveis.” (Flaubert, pág. 148).

 

Gustave Flaubert (1821-1880) escritor francês em Bouvard e Pécuchet (1872)

Essa não podia faltar

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Armageddon

Frases de Meio Ambiente

segunda-feira, 10 de novembro de 2025


"Estude a natureza, ame a natureza, fique perto dela. Ela nunca irá decepcioná-lo."

 

Frank Lloyd Wright (1867-1959), arquiteto, designer, escritor e educador estadunidense, citado por Southern Living

Andre Dahmer

 (Fonte: Oxfam Brasil/Andre Dahmer)

Felicia Leirner (1904-1996)

domingo, 9 de novembro de 2025

Conheça mais sobre a vida e obra da artista no site do museu Felícia Leirner abaixo:

O que é ecossocialismo?


Michel Löwy, sociólogo e pensador marxista brasileiro radicado na França, fala neste vídeo sobre uma das áreas de seu interesse: o ecossocialismo, uma teoria política que combina a crítica do capitalismo com a ecologia. 

Veja detalhes das ideias de Löwy no vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=gbMbkB6tDjY

Laerte

sábado, 8 de novembro de 2025

(Fonte: Blog Olhando a Maré / Laerte)

Trilha de Sumé - Lula Côrtes e Zé Ramalho

 Música brasileira


Lula Côrtes e Zé Ramalho

Álbum: Pâébiru: Caminho da Montanha do Sol (1975)

Música: Trilha de Sumé



https://www.youtube.com/watch?v=NAF99ILrOus&list=OLAK5uy_m1HGmWmupt_5qNXcouk-4h7PkVCLkx8bc&index=11


Paêbirú: Caminho da Montanha do Sol, também conhecido simplesmente por Paêbirú ou Peabiru é um álbum de Lula Côrtes e Zé Ramalho, lançado no ano de 1975.

O disco contém uma grande miscelânea de gêneros musicais como o rock psicodélicojazz, e ritmos regionais do Nordeste Brasileiro. Foi um dos primeiros discos não declarados da psicodélia brasileira.

 

(Fonte do texto: Wikipedia)

O que dizem os jornalistas

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

 

Karl Kraus (1874-1936) foi um dramaturgojornalistaensaístaaforista e poeta  austríaco. Indicado três vezes ao Nobel de Literatura, é considerado como um dos maiores escritores satíricos em língua alemã do século XX.

Foi também — e sobretudo — satirista e panfletário. Denunciava com grande virulência nas páginas do Die Fackel ("A Tocha") — revista que fundou e da qual foi praticamente o único redator durante quase quarenta anos — os compromissos, as injustiças e a corrupção, notadamente a corrupção da língua, na qual via a fonte dos maiores males de sua época, responsabilizando principalmente a imprensa. Crítico da moral burguesa de sua época, Kraus defendeu as prostitutas, os homossexuais e condenou o feminismo. Exerceu influência fundamental em seus conterrâneos Ludwig WittgensteinArnold Schönberg Adolf Loos.

(Fonte do texto: Wikipedia)


Algumas observações de Karl Kraus:


Com que soberania um imbecil trata o tempo. Ele simplesmente o mata. E o tempo tolera isso. Pois nunca ouvimos falar que o tempo tenha matado um imbecil.”

A força mais enérgica não chega perto da energia com que alguns defendem suas fraquezas.

O mundo é uma prisão em que é preferível a solitária.”

O que a sífilis poupou será devastado pela imprensa. Nos amolecimentos cerebrais do futuro não se poderá mais constatar a causa com segurança.”

A democracia divide os homens em trabalhadores e preguiçosos. Ela não está preparada para aqueles que não têm tempo para trabalhar.”

O segredo do agitador consiste em parecer tão idiota quanto seus ouvintes, de modo que eles acreditem ser tão inteligentes quanto ele.

A relação dos jornais com a vida é mais ou menos a mesma dos cartomantes com a metafísica.

O barbeiro conta novidades quando deveria apenas cortar o cabelo. O jornalista é espirituoso quando deveria apenas contar novidades. Dois sujeitos que querem subir na vida.

Numa cabeça oca cabe muito conhecimento.”

Antes os cenários eram de papelão e os atores eram de verdade. Agora, os cenários são completamente convincentes, e os atores, de papelão.”

De onde tiro tanto tempo para não ler tanta coisa?”

Quando corrigimos um erro depois de muito tempo, os superficiais criticam o erro e os profundos nos chamam de inconsequentes.”

Muitas vezes, a filosofia não é mais do que a coragem de entrar num labirinto. E quem se esquecer da porta de entrada, pode facilmente adquirir a reputação de pensador independente.”

O Diabo é um otimista se acredita que pode tornar os seres humanos piores.

 

(Do livro de Karl Kraus “Aforismos”)