Outras leituras

sexta-feira, 28 de novembro de 2025


“Thomas Jefferson considerava impossível qualquer virtude republicana entre as massas sem a crença em Deus, crença que notoriamente lhe faltava. Podemos contrastar essa visão dividida com pontos de vista republicanos de Baruch Spinoza, que considerava que as pessoas comuns viviam mergulhadas na ilusão, mas desejava esclarecê-las. Spinoza acreditava que as pessoas podiam ser educadas, que seus desejos eram maleáveis o suficiente para ser remodelados e que seria essa a tarefa dos filósofos, e não o fomento de medidas consoladoras e ficções politicamente convenientes.” (Eagleton, pág. 28)

“(...) Nietzsche exorta os chamados ‘homens superiores’ em A gaia ciência. Não adianta empenhar-se em por a Razão ao alcance das massas, que sustentam suas crenças sem razão e cujos pontos de vista são, desse modo, imunes à refutação através dela. O populacho ‘descansa eternamente’ e mal será sacudido por um rosário de argumentos racionais. Melhor deixa-los cozinhar no caldo da própria ignorância. Pelo menos, provavelmente servirá para sufocar a rebeldia.” (Eagleton, págs. 29 e 30).

 

Terry Eagleton (1943-), filósofo e crítico literário britânico em A Morte de Deus na Cultura

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