“Thomas
Jefferson considerava impossível qualquer virtude republicana entre as massas
sem a crença em Deus, crença que notoriamente lhe faltava. Podemos contrastar
essa visão dividida com pontos de vista republicanos de Baruch Spinoza, que
considerava que as pessoas comuns viviam mergulhadas na ilusão, mas desejava
esclarecê-las. Spinoza acreditava que as pessoas podiam ser educadas, que seus
desejos eram maleáveis o suficiente para ser remodelados e que seria essa a
tarefa dos filósofos, e não o fomento de medidas consoladoras e ficções
politicamente convenientes.” (Eagleton, pág. 28)
“(...)
Nietzsche exorta os chamados ‘homens superiores’ em A gaia ciência. Não adianta empenhar-se em por a Razão ao alcance
das massas, que sustentam suas crenças sem razão e cujos pontos de vista são,
desse modo, imunes à refutação através dela. O populacho ‘descansa eternamente’
e mal será sacudido por um rosário de argumentos racionais. Melhor deixa-los
cozinhar no caldo da própria ignorância. Pelo menos, provavelmente servirá para
sufocar a rebeldia.” (Eagleton, págs. 29 e 30).
Terry Eagleton (1943-), filósofo e crítico literário britânico em A Morte de Deus na Cultura
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