“O niilismo cósmico afirma a falta de sentido do cosmos, seja no sentido absoluto de negar qualquer inteligibilidade ou estrutura cognoscível, seja no sentido relativo de negar que ele dê qualquer lugar ou suporte aos tipos de significado valorativo e existencial aos quais os seres humanos aspiram. O ditado de Nietzsche ‘Não há fatos, tudo está em fluxo, incompreensível, elusivo; o que é relativamente mais duradouro são nossas opiniões’ (1968:327) dá expressão ao primeiro tipo de niilismo cósmico.
A posição de Mauthner (Fritz Mauthner, filósofo austríaco) também se resume a algo como
niilismo cósmico neste primeiro sentido, porque mesmo que o mundo tenha uma
estrutura inteligível, ela seria para sempre inacessível para nós, por razões
já apresentadas. Ilustra-se aqui uma conexão entre niilismo epistemológico e
niilismo cósmico. Um mundo que não pode, em princípio, ser conhecido é para nós
uma superfície sem sentido.” (Crosby, pág. 26)
Donald A. Crosby (1932-), teólogo e filósofo estadunidense em The Specter of The Absurd – Sources & Criticism of Modern Nihilism (O Espectro do Absurdo – Fontes e Críticas do Niilismo Moderno)


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