Antônio Carneiro Leão (1887-1966)

domingo, 11 de junho de 2023

 


Antônio Carneiro Leão nasceu em Recife a 2 de julho de 1887 e faleceu no Rio de Janeiro em 31 de outubro de 1966. Seus pais foram Antônio Carlos Carneiro Leão e Elvira Cavalcanti de Arruda Câmara Carneiro Leão. Foi educador, professor, jornalista e escritor brasileiro. 

Formou-se em direito pela Faculdade do Recife em 1911, tornando-se professor universitário nesta mesma entidade, onde lecionou até 1914. Em seguida, muda-se para o Rio de Janeiro, então capital da República, onde foi professor e ocupou funções administrativas, tais como a direção geral de instrução pública, de 1922 a 1926, quando fundou diversas escolas.

Durante sua estadia no Rio de Janeiro também foi fundador da revista “O Economista”, onde atuou como redator de 1921 a 1927. No mesmo período também foi redator das revistas “O Pernambuco”, “O País” e “Autores e Livros”, além de contribuir para diversas revistas nacionais e internacionais, voltadas à área da educação.

Voltando para o Recife, foi Secretário de Interior, Justiça e Educação entre 1929 e 1930, quando promoveu a reforma do ensino, inovando os métodos pedagógicos e tornado a instrução pública daquele estado uma das mais modernas do país.

Idealizou e dirigiu o Centro Brasileiro de Pesquisas Pedagógicas, entidade vinculada à então Universidade do Brasil. Além disso, Carneiro Leão exerceu inúmeras outras funções no magistério superior no Brasil e atuou como professor-visitante em instituições dos Estados UnidosFrançaUruguai e Argentina.

Foi eleito em 1944 para a Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira 14, cujo patrono é Franklin Távora.

Carneiro Leão é autor das seguintes obras: Educação (1909); O Brasil e a educação popular (1917); Problemas de educação (1919); São Paulo em 1920 (1920); Os deveres das novas gerações brasileiras (1923); O ensino na capital do Brasil (1926); Palavras de fé (1928); A organização da educação em Pernambuco (1929); Discursos e conferências (1933); O ensino das línguas vivas (1935); Tendências e diretrizes da escola secundária (1936); Introdução à administração escolar (1939); A sociedade rural, seus problemas e sua educação (1940); Fundamentos de sociologia (1940); Ideais e preocupações de uma época (1942); Planejar e agir (1943); O sentido da evolução cultural do Brasil (1946); Adolescência, seus problemas e sua educação (1950); Nabuco e Junqueiro (1953); Panorama sociológico do Brasil (1958); O culto da ação em Verhaeren (1958); Victor Hugo no Brasil (1960).

 

Frases de Antônio Carneiro Leão:

As medidas de inteligência, o esforço pela generalização de uma consciência segura do valor indiscutível da eugenia no meio escolar, as experimentações sociais, as experiências pedagógicas, os ensaios de métodos novos, as mil e uma investigações que se estão realizando, em grande parte com êxito, devem ser conhecidas do professorado brasileiro.”;

A ação fecunda da educação paulista foi hipnótica sobre o meu espírito. E felizes os que, vendo e compreendendo o futuro magnífico que aqui se elabora, sofrem o influxo de São Paulo, porque esses terão um surto novo na sua vida, uma nova diretriz no seu destino.”;

Ou convidam-se educadores de São Paulo para que criem a educação popular brasileira, ou ter-se-á de mandar à América do Norte, à Inglaterra ou à Suíça, os nossos mestres, para estudarem e adaptarem, nos seus Estados, o que de interessante e facilmente aplicável encontrarem no estrangeiro.”.

 

 

(Fontes consultadas: Wikipedia; eBiografia – Dilva Frazão; Revista Brasileira de História da Educação nº 119 – A Reforma Antônio Carneiro Leão no final dos anos 1920 – Cristina Araújo; Revista de Educação, Linguagem e Cultura de maio de 2018.)

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