Leituras diárias

segunda-feira, 5 de junho de 2023

 



“Neste sentido, o atomismo representou o ponto de vista intermediário entre duas escolas filosóficas gregas mais importantes da época: a que propunha que na realidade tudo flui e nada permanece, e a que, pelo contrário, afirmava que toda mudança era mera ilusão. Efetivamente, na teoria atômica, os átomos são imensamente estáveis e imutáveis, mas, ao mesmo tempo, toda a realidade é mutável e encontra-se em mudança constante devido a variações aleatórias das diferentes configurações atômicas. A hipótese atômica tinha muitas implicações adicionais de monta, como, por exemplo, se o número de átomos é infinito, e o nosso planeta é o produto de uma configuração particular resultante das colisões aleatórias de átomos entre si ao longo de um intervalo de tempo muito grande, então deveria existir no universo uma infinidade de outros planetas, resultado de diferentes configurações atômicas, alguns parecidos com a Terra (e talvez com a vida inteligente também!) e outros com propriedades extremamente diferentes.” (Chacón, pág. 22)

 

Juan Rojo Chacón, A vida íntima das partículas – Dos átomos de Demócrito ao bóson de Higgs

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