Essa não poderia faltar

sábado, 6 de dezembro de 2025

 

Van der Graaf Generator

House With no Door (1970)

https://www.youtube.com/watch?v=ly7kd9b6wLM&list=RDly7kd9b6wLM&start_radio=1

Simone Weil

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

 

“O tempo, estritamente falando, não existe (exceto o presente como limite), mas é a ele que estamos sujeitos. Assim é nossa condição. Estamos sujeitos ao que não existe. Que se trate de uma duração que nos aflige passivamente – dor física, expectativa, arrependimentos, remorso, medo – ou de tempo manipulado – ordem, método, necessidade – em ambos os casos aquilo a que estamos submetidos não existe. Mas nossa submissão existe. Estamos realmente presos por correntes irreais. O tempo, irreal, encobre todas as coisas – incluindo nós mesmos – de irrealidade.“ (Weil, pág. 77)

“Fazer um inventário ou uma crítica da nossa civilização, o que isso significa? Procurar esclarecer de uma maneira precisa a armadilha que tornou o homem escravo das próprias criações. Por onde a inconsciência se infiltrou no pensamento e na ação metódicos? A fuga para uma vida selvagem é uma solução preguiçosa. Devemos redescobrir o pacto original entre espírito e o mundo na própria civilização em que vivemos. Eis uma tarefa, aliás, impossível de realizar pela brevidade da vida e pela impossibilidade da colaboração e da sucessão. Isso não é motivo para não a empreender. Estamos todos em uma situação análoga à de Sócrates quando esperava a morte na prisão e aprendia a tocar lira... Pelo menos teremos vivido...” (Weil, pág. 169)

“O Capitalismo conseguiu a emancipação da comunidade humana em relação à natureza. Mas essa coletividade assumiu do indivíduo a função opressora antes exercida pela natureza.” (Weil, pág. 169)

 

Simone Weil (1909-1943), filósofa, mística e ativista política francesa em A Gravidade e a Graça

E aí Governo? E aí Congresso?

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

(Fonte: Federação Nacional dos Farmacêuticos)

Lamentos - Hamilton de Holanda

Música brasileira


Hamilton de Holanda

Álbum: Mundo de Pixinguinha (2013)

Música: Lamentos 




https://www.youtube.com/watch?v=EP8WPzuMpSQ&list=PL8hWLSrswazlsM8I2C7T7R2IPQ1Gyfbcc&index=2


Hamilton de Holanda Vasconcelos Neto (1976-) é um bandolinistacompositor e improvisador brasileiro. Nascido em uma família musical, seu primeiro instrumento, aos quatro anos de idade, foi a melódica. Dois anos depois (1982), começou sua carreira profissional, aos seis anos de idade, como um prodígio do bandolim em um programa de TV nacional (Fantástico)  com uma audiência de milhões de pessoas. Hoje, como compositor, improvisador, líder de banda, a música deste educador transcende os gêneros e encanta o público.

Seu primeiro gênero foi o Choro, uma herança cultural brasileira, primo do Jazz.Também em 2000, um ano emblemático para ele, reinventou o tradicional Bandolim de 8 cordas adicionando um par de cordas graves extras afinadas em Dó (indo de 8 a 10) dando-lhe uma voz mais profunda que emancipa o emblemático brasileiro instrumento do legado de algumas de suas influências e gêneros.

Ele interage com outras tradições musicais, conjuntos e instrumentos. Isso permite que ele seja o solista convidado do Wynton Marsalis e sua Jazz at Lincon Center Orchestra, ou executar suas próprias composições com orquestras sinfônicas de todo o mundo; dos Festivais Rock / Pop ao megashow de Dave Mathews Band no The Gorge; do lendário palco do Central Park em Nova York aos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro; dos nobres museus como o Smithsonian em Washington ou o Grand Palais de Paris até o nosso famoso Carnaval no Rio de Janeiro.

 

(Fonte do texto: Wikipedia)

Igrejas e impostos

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

(Fonte: Blog Ceará Mirim Livre e Metropolitano)

Anna Bella Geiger (1933-)

 
Conheça mais sobre a vida e obra da artista no site Blomo abaixo:

https://blombo.com/artistas/anna-bella-geiger?srsltid=AfmBOooYYVGeXE2cX0bRg-6e3olycPYsSBF4i0eyzMV-FGyu8G89b3ja

Leituras diárias

terça-feira, 2 de dezembro de 2025


“A história humana é, portanto, história econômica para Marx. Os humanos precisam satisfazer suas necessidades materiais; portanto, são dependentes das forças de produção que satisfazem essas necessidades. À medida que a história evolui, as forças de produção são alteradas pelas necessidades econômicas e mudanças tecnológicas. O que nunca muda são as necessidades materiais humanas e a luta ininterrupta entre a classe dominante das elites e a classe trabalhadora pelo controle das forças de produção. A história é, portanto, a história da luta de classes.

Marx disse que a natureza irracional do sistema capitalista causa estranhamento ou alienação para o trabalhador de quatro maneiras, todas decorrentes do fato de que, no sistema de produção do capitalismo, o trabalho é externo ao trabalhador. Quando alguém trabalha para si mesmo, seu trabalho é uma expressão pessoal. Marx, há mais de 150 anos, estava muito mais familiarizado do que nós com artesãos independentes que possuíam suas próprias oficinas, produzindo seus próprios produtos para vender. Marx disse que o trabalho desses indivíduos pertence à sua natureza intrínseca e que seu trabalho afirma quem eles são. O oposto é verdadeiro no capitalismo. O trabalho é uma ocupação externa à natureza intrínseca de cada um. Você vai para o seu emprego e se sente infeliz porque o trabalho não é uma expressão de quem você é, nem uma atividade que o desenvolva mental ou fisicamente. Esses fatos causam as duas primeiras formas de alienação.”

 

Douglas Giles, professor e filósofo inglês contemporâneo em Marx a Primer (Marx uma introdução)

Ler

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

(John Lennon & Yoko Ono)
 Não perca tempo na vida! Leia! 

Crise climática


Assista ao debate Futuridades, Finitude e Ficção - Entre a Imortalidade e o Colapso, realizado em Petrópolis durante a 2a. Flipetrópolis em 28/11/2025. 

O debate teve como foco principal a crise climática em seus diversos aspectos ambientais, sociais, econômicos e políticos. 

Participaram do debate como moderador o jornalista Jamil Chade (CNN, The Guardian, El Pais, entre outros), o cientista, professor e escritor Sergio Abranches e o economista, filósofo e escritor Eduardo Gianetti.

Veja íntegra do vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=2zyH7b0kQ_4&t=2288s

A frase do dia

domingo, 30 de novembro de 2025

“Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca.”

 

Darcy Ribeiro (1922-1997), antropólogo, historiador, sociólogo, escritor e político brasileiro, citado pelo site Pensador

Essa não poderia faltar

sábado, 29 de novembro de 2025

Mott The Hoople

Nani

(Fonte: Repórter Nordeste/Nani Humor)

Outras leituras

sexta-feira, 28 de novembro de 2025


“Thomas Jefferson considerava impossível qualquer virtude republicana entre as massas sem a crença em Deus, crença que notoriamente lhe faltava. Podemos contrastar essa visão dividida com pontos de vista republicanos de Baruch Spinoza, que considerava que as pessoas comuns viviam mergulhadas na ilusão, mas desejava esclarecê-las. Spinoza acreditava que as pessoas podiam ser educadas, que seus desejos eram maleáveis o suficiente para ser remodelados e que seria essa a tarefa dos filósofos, e não o fomento de medidas consoladoras e ficções politicamente convenientes.” (Eagleton, pág. 28)

“(...) Nietzsche exorta os chamados ‘homens superiores’ em A gaia ciência. Não adianta empenhar-se em por a Razão ao alcance das massas, que sustentam suas crenças sem razão e cujos pontos de vista são, desse modo, imunes à refutação através dela. O populacho ‘descansa eternamente’ e mal será sacudido por um rosário de argumentos racionais. Melhor deixa-los cozinhar no caldo da própria ignorância. Pelo menos, provavelmente servirá para sufocar a rebeldia.” (Eagleton, págs. 29 e 30).

 

Terry Eagleton (1943-), filósofo e crítico literário britânico em A Morte de Deus na Cultura

Leituras diárias

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

 

“Quanto mais analisamos as relações educador-educandos, na escola, em qualquer de seus níveis (ou fora dela), parece que mais nos podemos convencer de que estas relações apresentam um caráter especial e marcante — o de serem relações fundamentalmente narradoras, dissertadoras. Narração de conteúdos que, por isto mesmo, tendem a petrificar-se ou a fazer-se algo quase morto, sejam valores ou dimensões concretas da realidade. Narração ou dissertação que implica um sujeito — o narrador — e objetos pacientes, ouvintes — os educandos. Há uma quase enfermidade da narração. A tônica da educação é preponderantemente esta — narrar, sempre narrar. Falar da realidade como algo parado, estático, compartimentado e bem-comportado, quando não falar ou dissertar sobre algo completamente alheio à experiência existencial dos educandos, vem sendo, realmente, a suprema inquietação desta educação. A sua irrefreada ânsia. Nela, o educador aparece como seu indiscutível agente, como seu real sujeito, cuja tarefa indeclinável é ‘encher’ os educandos dos conteúdos de sua narração. Conteúdos que são retalhos da realidade desconectados da totalidade em que se engendram e em cuja visão ganhariam significação. 

A palavra, nestas dissertações, se esvazia da dimensão concreta que devia ter ou se transforma em palavra oca, em verbosidade alienada e alienante. Daí que seja mais som que significação e, assim, melhor seria não dizê-la. Por isto mesmo é que uma das características desta educação dissertadora é a ‘sonoridade’ da palavra e não sua força transformadora. Quatro vezes quatro, dezesseis; Pará, capital Belém, que o educando fixa, memoriza, repete, sem perceber o que realmente significa quatro vezes quatro. 

A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educandos à memorização mecânica do conteúdo narrado. Mais ainda, a narração os transforma em ‘vasilhas’, em recipientes a serem ‘enchidos’ pelo educador. Quanto mais vá ‘enchendo’ os recipientes com seus ‘depósitos’, tanto melhor educador será. Quanto mais se deixem docilmente ‘encher’, tanto melhores educandos serão. Desta maneira, a educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador, o depositante. Eis aí a concepção ‘bancária’ da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los. Margem para serem colecionadores ou fichadores das coisas que arquivam. No fundo, porém, os grandes arquivados são os homens, nesta (na melhor das hipóteses) equivocada concepção ‘bancária’ da educação. Arquivados, porque, fora da busca, fora da práxis, os homens não podem ser. Educador e educandos se arquivam na medida em que, nesta distorcida visão da educação, não há criatividade, não há transformação, não há saber. Só existe saber na invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros. Busca esperançosa também.” (Freire, págs. 71 e 73). 

 

Paulo Freire (1921-1997), educador e filósofo brasileiro em Pedagogia do Oprimido

George Santayana

quarta-feira, 26 de novembro de 2025


 

“Cobiçar a verdade é uma paixão muito distinta. Todo filósofo diz que está buscando a verdade, mas raramente é esse o caso. Como observou o Sr. Bertand Russell, uma das razões pelas quais os filósofos não conseguem alcançar a verdade é que frequentemente não desejam alcançá-la. Aqueles que estão genuinamente preocupados em descobrir a verdade são geralmente cientistas, naturalistas, historiadores, e geralmente a descobrem de acordo com sua própria luz. As verdades que descobrem nunca são completas e nem sempre são importantes, mas são partes integrantes da verdade, fatos e circunstâncias que ajudam a preencher o quadro e que nenhuma interpretação subsequente pode invalidar ou contradizer. Mas os filósofos oficiais são geralmente escolásticos, isto é, estão absortos na defesa de alguma ilusão adquirida ou de alguma ideia eloquente. Como advogados ou detetives, eles estudam o caso para o qual foram contratados, para ver quanta evidência ou aparência de evidência podem reunir para a defesa e quanto preconceito podem despertar contra as testemunhas de acusação, porque sabem que estão defendendo prisioneiros suspeitos pelo mundo, e talvez pelo próprio senso comum, de falsificação. Não cobiçam a verdade, mas a vitória e a eliminação de suas próprias dúvidas. O que defendem é certo sistema, isto é, certa visão da totalidade das coisas, da qual os homens são verdadeiramente ignorantes. Nenhum sistema jamais teria sido forjado se as pessoas estivessem apenas interessadas em saber o que é correto, seja isso o que for. O que produz sistemas é o interesse em sustentar, contra todo arrivista, que certa ideia que preferimos ou que seja hereditária, é suficiente e correta.” (Santayana, págs. 50 e 51).


George Santayana (1863-1952), filósofo espanhol em La filosofia en América (A filosofia na América).

Emendas parlamentares, o câncer do país

terça-feira, 25 de novembro de 2025

(Fonte: Lula Marques/Agência Brasil)

As emendas parlamentares - propostas de alterações do orçamento do governo feitas por deputados e senadores - tornaram-se um grande problema para o país. 

Além de pulverizarem esforços na área da infraestrutura, já que muitas emendas contemplam projetos pontuais, isolados de uma estratégia regional ou nacional, há diversos casos de malversação de recursos que estão sendo investigados pelo STF. 

Dados apontam que menos de 1% das emendas PIX identificam o destino dos recursos e que cidades com menos de 10 mil habitantes representando 6% da população do país, receberam 25% das emendas. 

Comparativamente, os recursos destinados em 2024 ao Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) foram de R$ 12,4 bilhões e os destinados ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) de R$ 4,3 bilhões, enquanto que a verba abocanhada pelas emendas parlamentares foi de R$ 44,8 bilhões.

A situação se tornou tão grave que agora as emendas ameaçam até o orçamento destinado ao Ministério da Saúde e ao SUS. Leia detalhes no artigo Política brasileira: história de um sequestro, publicado pelo site Outras Palavras em 13/11/2025:

Agrotóxicos no Brasil


Debaixo do tapete
 
(Fonte: MST)

Donald A. Crosby


“O niilismo cósmico afirma a falta de sentido do cosmos, seja no sentido absoluto de negar qualquer inteligibilidade ou estrutura cognoscível, seja no sentido relativo de negar que ele dê qualquer lugar ou suporte aos tipos de significado valorativo e existencial aos quais os seres humanos aspiram. O ditado de Nietzsche ‘Não há fatos, tudo está em fluxo, incompreensível, elusivo; o que é relativamente mais duradouro são nossas opiniões’ (1968:327) dá expressão ao primeiro tipo de niilismo cósmico. 

A posição de Mauthner (Fritz Mauthner, filósofo austríaco) também se resume a algo como niilismo cósmico neste primeiro sentido, porque mesmo que o mundo tenha uma estrutura inteligível, ela seria para sempre inacessível para nós, por razões já apresentadas. Ilustra-se aqui uma conexão entre niilismo epistemológico e niilismo cósmico. Um mundo que não pode, em princípio, ser conhecido é para nós uma superfície sem sentido.” (Crosby, pág. 26)

 

Donald A. Crosby (1932-), teólogo e filósofo estadunidense em The Specter of The Absurd – Sources & Criticism of Modern Nihilism (O Espectro do Absurdo – Fontes e Críticas do Niilismo Moderno)

Pra lá da Casa de Naná - Naná Vasconcelos

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

 Música brasileira


Naná Vasconcelos

Álbum: Chegada (2006)

Música: Pra lá da Casa de Naná




https://www.youtube.com/watch?v=FtLIbbeF7sE&list=PLsuBPFfNuFPD23zQkmE3jJ3Rpw1a4Dg95&index=8


Juvenal de Holanda Vasconcelosmais conhecido como Naná Vasconcelos (1944 —2016), foi um músico brasileiro. Eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista americana Down Beat (votação feita pelos críticos musicais da revista) e ganhador de oito prêmios Grammy (brasileiro com mais prêmios Grammy), era considerado uma autoridade mundial em percussão. Não à toa figura na posição 62 da Lista dos 100 maiores artistas da música brasileira pela Rolling Stone Brasil.

Dotado de uma curiosidade intensa, indo da música erudita do brasileiro Heitor Villa-Lobos ao roqueiro Jimi Hendrix, Naná aprendeu a tocar praticamente todos os instrumentos de percussão, embora nos anos 60 tenha se especializado no berimbau.

 

(Fonte do texto: Wikipedia)

Millôr Fernandes

domingo, 23 de novembro de 2025

 (Fonte: Hábito de Quadrinhos/Millôr Fernandes)

Celeida Tostes (1929-1995)

Conheça mais sobre a vida e obra da artista no site da Galeria Superfície:

https://galeriasuperficie.com.br/artistas/celeida-tostes/

Música de vanguarda

sábado, 22 de novembro de 2025


 Philip Glass






Philip Morris Glass (1937-) é um compositor estadunidense e está entre os compositores mais influentes do final do século XX. A sua música é normalmente chamada de minimalista, embora ele não aprecie esta expressão. Muito prolífico, produziu inúmeros trabalhos entre óperas, sinfonias, concertos, trilhas sonoras para filmes e outros trabalhos em colaboração com outros músicos.

Entre as óperas produzidas por Glass encontram-se a muito famosa Akhenaton, onde expressa a vida e morte de um dos maiores faraós do antigo Egito, Einstein on the Beach, e Satyagraha (1980) esta última baseada na vida de Mahatma Gandhi que inclui diversos mantras. Compôs também a cantata Itaipu (1989) referindo-se a usina de mesmo nome que possui texto em guarani. Também é dele Days and Nights in Rocinha (1997) que foi escrita após uma visita de Glass a favela da Rocinha antes do Carnaval.

Glass compôs trilhas sonoras para diversos filmes, começando por Koyaanisqatsi (1982), dirigido por Godfrey Reggio que está entre as trilhas sonoras mais influentes. Podemos citar também como trabalhos na área de trilha sonora para filmes Mishima (1985), Kundun (1997) sobre o Dalai Lama, a trilha sonora dos demais documentários da trilogia Qatsi em Powaqqatsi (1988) e Naqoyqatsi (2002), além de O Show de Truman: O Show da Vida (1998) que usou partes das trilhas de Mishima e PowaqqatsiAs Horas (2002) o qual recebeu uma indicação para o Óscar. Produziu a trilha para os filmes O Ilusionista (2006) e Notas Sobre um Escândalo (2006), este último lhe rendendo uma indicação ao Óscar de melhor trilha sonora.

Além de trabalhos sinfônicos, Glass também possui fortes ligações com rock e música eletrônica, sendo que o artista de música eletrônica Aphex Twin já colaborou com Glass. Vários outros artistas foram influenciados por sua obra como Mike OldfieldJohn Williams e bandas como a Tangerine DreamBrian Eno inclusive confirma a influência que teve de Glass.

 

(Fonte do texto: Wikipedia)

Amâncio

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

(Fonte: Blog Sou+SUS / Amâncio)

Frases de Meio Ambiente

 

“Mais do que nunca veremos que a modernidade é colonial, não só na medida em que não pode universalizar seu estilo de vida, mas também, pelo modo como, pela colonização dos corações e mentes, procura instilar a ideia de que é desejável e, mais ainda, possível todos se europeizarem ou americanizarem. Entretanto, este estilo de vida só pode existir se for para uma parcela da humanidade sendo, assim, na sua essência, injusto.”

 

Carlos Walter Porto-Gonçalves (1949-2023), geógrafo e ambientalista brasileiro em A Globalização da Natureza e a Natureza da Globalização

Leituras diárias

quinta-feira, 20 de novembro de 2025


“O pessimismo jubiloso de Cioran não encontra páreo no espaço das letras francesas contemporâneas . Pratica-se hoje, cada vez mais, o pensamento positivo, o discurso ético levado às últimas consequências, o espírito edificante que instala o indivíduo no horizonte da pura mediocridade, tornando-o culpável por qualquer atitude que venha do espírito de rebanho. A barbárie assume novas formas, mais hipócritas e, portanto, mais perigosas do que a sinceridade de Valéry e Cioran.”

 

Válcan Ciprian (1973-), filósofo, escritor e ensaísta romeno em Cioran, um aventureiro imóvel: 30 entrevistas

Dia Mundial da Filosofia 2025

(Fonte: Fashion Bubbles)

Não sei por que estamos aqui, mas tenho quase certeza de que não é para nos divertirmos.”

 

Ludwig Wittgenstein (1889-1951), filósofo austríaco citado por Goodreads

E. M. Cioran

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

 

“Basta-me ouvir alguém falar sinceramente de ideal, de futuro, de filosofia, ouvi-lo dizer ‘nós’ com um tom de segurança, invocar os ‘outros’ e sentir-se seu intérprete, para que o considere meu inimigo. Vejo nele um tirano fracassado, quase um carrasco, tão odioso quanto os tiranos e os carrascos de alta classe. É que toda fé exerce uma forma de terror, ainda mais temível quando os ‘puros’ são seus agentes. Suspeita-se dos espertos, dos velhacos, dos farsantes; no entanto não poderíamos atribuir-lhes nenhuma das grandes convulsões da história; não acreditando em nada, não vasculham nossos corações, nem nossos pensamentos mais íntimos; abandonam-nos à nossa indolência, ao nosso desespero ou à nossa inutilidade; a humanidade deve a eles os poucos momentos de prosperidade que conheceu: são eles que salvam os povos que os fanáticos e que os ‘idealistas’ arruínam. Sem doutrinas, só possuem caprichos e interesses, vícios complacentes, mil vezes mais suportáveis que os estragos provocados pelo despotismo dos princípios; porque todos os males da vida provêm de uma ‘concepção da vida’. Um homem político completo deveria aprofundar-se nos sofistas antigos e tomar aulas de canto; e de corrupção...” (Cioran, pág. 13)

 

E. M. Cioran (1911-1995), filósofo e escritor franco-romeno em Breviário de Decomposição

Jards Macalé - 3/3/43 - 17/11/25

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Mais outra perda para a cultura popular brasileira em 2025: o compositor, cantor, instrumentista e arranjador Jards Macalé.

https://www.brasildefato.com.br/2025/11/17/morre-o-inventivo-cantor-e-compositor-jards-macale-aos-82-anos/

Jards Macalé em "Contrastes":

https://ricardorose.blogspot.com/2024/08/contrastes-jards-macale.html

Coisa Nº 2 - Moacir Santos

 Música brasileira


Moacir Santos 

Álbum: Coisas (1965)

Música: Coisa Nº 2



https://www.youtube.com/watch?v=mmdxIisJ6Zs&list=PLCkRrnM3b0h6QvGwbRvUU08pqS-DQ2Fd4&index=2


Moacir Santos (1926 — 2006) foi um arranjadorcompositormaestro e multi-instrumentista brasileiro. Iniciou sua carreira no sertão pernambucano como integrante de bandas. Na década de 1940 mudou-se para o Rio de Janeiro, e nessa cidade foi contratado pela Rádio Nacional. Durante dois anos, morou em São Paulo, onde regeu a orquestra da TV Record, voltando logo em seguida para o Rio de Janeiro. Em 1967 mudou-se para Los Angeles, convidado para a estreia mundial do filme Amor no Pacífico, do qual havia sido compositor. Estabeleceu moradia fixa na região de Pasadena, na Califórnia, onde viveu compondo trilhas para o cinema e ministrando aulas de música.

 

(Fonte do Texto: Wikipedia)

Claude Lévi-Strauss

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Veja curta entrevista (legendada) com o antropólogo, etnólogo, sociólogo e autor de vasta obra, Claude Lévi-Strauss (1908-2009). 

Professor na Universidade de São Paulo entre 1935 e 1939, Lévi-Strauss realizou diversos estudos antropológicos entre os indígenas brasileiros, que mais tarde foram base de sua teoria estruturalista e antropologia estrutural.

A entrevista está disponível no canal Fernando Eichenberg abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=PRqg9g5zuIE

Jaguar

domingo, 16 de novembro de 2025

(Fonte: Jaguar)

Crise climática? Onde?

(Fonte: ClimaInfo/The Toxic Ten)

Desinformar o grande público sobre a real situação do clima da Terra, da destruição da biodiversidade e dos recursos naturais, é uma estratégia de setores da economia mundial. 

Com isso, visam manter seus lucros e adiar iniciativas que possam interferir em suas atividades. É a velha política do capitalismo: privatizar os lucros e socializar os prejuízos (as externalidades, como dizem os economistas).

Veja abaixo, em artigo do jornal online Brasil de Fato, quem são estes setores e como atuam:

Angeli

sábado, 15 de novembro de 2025

(Fonte: Angeli/Folha de São Paulo)

Nos bastidores da COP 30

O que acontece nos bastidores da COP 30? Quais tipos de negociações, acordos e lobbies ocorrem durante a Conferência sobre o Clima?

Quem ganha com um discurso "amigo do meio ambiente"? Veja matéria sobre o que acontece no evento, divulgada pelo canal De Olho nos Ruralistas:

Amazônia perto do "ponto de não retorno"

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

(Fonte: MST)

Cientistas alertam para o fato de que a Amazônia está perto do "ponto de não retorno", quando os danos ao bioma não poderão ser mais revertidos, com várias outras consequências para a região e todo o planeta.

Sobre isso, veja a recente palestra do climatologista Carlos Nobre, realizada durante o seminário Soberania, Inovação e Desafios Nacionais. O vídeo é do canal TV GGN:

https://www.youtube.com/watch?v=IKlWRmQe8_I

Quino

 (Fonte: Quino/Veja Rio)

Richard Clyde Taylor

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

 

“A vida de cada um, portanto, assemelha-se a uma das escaladas de Sísifo ao cume de sua colina, e cada dia a um de seus passos; a diferença é que, enquanto o próprio Sísifo retorna para empurrar a pedra para cima, nós deixamos isso para nossos filhos. Em certo momento, imaginamos que os trabalhos de Sísifo finalmente culminaram na criação de um templo, mas para que isso fizesse alguma diferença, precisava ser um templo que ao menos perdurasse, acrescentando beleza ao mundo pelo resto do tempo. Nossas conquistas, embora muitas vezes belas, são em sua maioria bolhas; e aquelas que perduram, como as pirâmides varridas pela areia, logo se tornam meras curiosidades, enquanto ao redor delas o resto da humanidade continua seu perpétuo carregamento de pedras, apenas para vê-las rolar para baixo. Nações são construídas sobre os ossos de seus fundadores e pioneiros, mas apenas para decair e ruir em pouco tempo, seus escombros tornando-se então a base para outras direcionadas exatamente ao mesmo destino. A imagem de Sísifo é a imagem da existência do homem individual, grande ou desconhecido, das nações, da raça humana e da própria vida do mundo.” 

“Se os construtores de uma grande e próspera civilização antiga pudessem, de alguma forma, retornar agora para ver os arqueólogos desenterrando os restos triviais do que outrora realizaram com tanto esforço — ver os fragmentos de potes e vasos, algumas estátuas quebradas e tais símbolos de outra era e grandeza —, eles poderiam, de fato, se perguntar qual era o sentido de tudo aquilo, se era só isso que finalmente se resumia. No entanto, não lhes parecia assim então, pois era apenas a construção, e não o que finalmente foi construído, que dava sentido à sua vida. Da mesma forma, se os construtores da casa e da fazenda em ruínas que descrevi há pouco pudessem ser trazidos de volta para ver o que resta, eles teriam os mesmos sentimentos.” 

“Esta é certamente a maneira de encarar toda a vida — a própria vida, e cada dia e momento que ela contém; da vida de uma nação; das espécies; da vida do mundo; e de tudo que respira. Até mesmo os vaga-lumes que descrevi, cujos ciclos de existência ao longo de milhões de anos parecem tão sem sentido quando observados por nós, parecerão completamente diferentes para nós se pudermos, de alguma forma, tentar ver sua existência de dentro. Sua atividade interminável, que não leva a lugar nenhum, é exatamente o que eles desejam perseguir. Esta é toda a sua justificativa e significado. Também não seria salvação para os pássaros que percorrem o globo todos os anos, indo e voltando, ter um lar feito para eles em uma gaiola com bastante alimento e proteção, para que não precisassem mais migrar. Você mal respirou pela primeira vez e respondeu à vontade que havia em você de viver. Você não se pergunta se valerá a pena, ou se algo de significativo resultará disso, assim como os vermes e os pássaros. O propósito de viver é simplesmente viver, da maneira que é da sua natureza viver. Você passa a vida construindo seus castelos, cada um deles começando a desaparecer no tempo à medida que o próximo se inicia; no entanto, não seria salvação descansar de tudo isso. Seria uma condenação, e uma que de forma alguma seria redimida se você pudesse contemplar as coisas que fez, mesmo que fossem belas e absolutamente permanentes, como nunca são. O que importa é que você seja capaz de começar uma nova tarefa, um novo castelo, uma nova bolha. Conta apenas porque está lá para ser feito e você tem a vontade de fazê-lo. O mesmo acontecerá com a vida de seus filhos e com a dos filhos deles; e se o filósofo tende a ver nisso um padrão semelhante aos ciclos intermináveis da existência de Sísifo, e a se desesperar, então é de fato porque o significado e o objetivo que ele busca não estão lá — mas felizmente assim é. O sentido da vida vem de dentro de nós, não nos é dado de fora, e excede em muito, tanto em beleza quanto em permanência, qualquer céu com o qual os homens já sonharam ou desejaram.”

 

Richard Clyde Taylor (1919-2003), filósofo estadunidense em The Meaning of Life (O Sentido da Vida), em Life, Death and Meaning (Vida, Morte e Sentido) organizado por David Benatar (1966-), filósofo sul-africano.