Perguntando é que se aprende! (II)

domingo, 7 de agosto de 2011

O Brasil é um dos países mais caros do mundo. Este fato é comprovado por uma série de reportagens na imprensa local e internacional. Isto, no entanto, não quer dizer que aqui são pagos os melhores salários, ao contrário.

Apesar da grande agitação da mídia, trombeteando o espetacular número de vagas criadas e ainda por criar, os salários para estes postos variam em média entre R$ 800,00 e R$ 1.100,00. Dado o custo de vida, principalmente nas grandes cidades, é uma gota no oceano.

Vagas com pagamentos acima de 5 salários mínimos são mais difíceis; além de 10 salários, môsca branca.

O que está ocorrendo é que em entrevistas muitos jovens estão omitindo seu diploma de pós-graduação (que os desclassificaria por serem capacitados em excesso para a vaga) ; em alguns casos até os certificados de graduação estão sendo engavetados.

A lenga-lenga de que há um "apagão de mão-de-obra", como muitos ufanistas gostam de falar, vale apenas para algumas áreas. Existem dezenas de milhares de jovens com formação superior, ocupando cargos de pouca importância e ganhando um salário incompatível com alguém que tem diploma universitário.

A opção do concurso público é cada vez mais atraente, pois mesmo para cargos técnicos o governo está pagando mais do que a iniciativa privada – pelo menos nos editais de convocação.

Considerando o alto custo de vida no Brasil, que só pode ser acompanhado pelos trabalhadores graças ao crédito, quanto tempo levará para que sejam pagos salários decentes no mercado?

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