Rubem Braga (1913-1990)

domingo, 15 de janeiro de 2023

 



Rubem Braga foi um escritor e jornalista brasileiro, nascido em 12/01/1913 em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo. Rubem Braga nasceu em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, no dia 12 de janeiro de 1913. Iniciou seus estudos em sua cidade natal e depois mudou-se para Niterói, Rio de Janeiro, onde concluiu o ginásio no Colégio Salesiano.

Em 1929, Rubem Braga escreveu suas primeiras crônicas para o jornal “Correio do Sul”, do qual seu pai era proprietário. Ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, transferindo-se para Belo Horizonte, onde concluiu o curso, em 1932. Nesse mesmo ano, iniciou uma longa carreira de jornalista, que começou com a cobertura da Revolução Constitucionalista de 1932, para os “Diários Associados”.

A seguir, foi repórter do “Diário de São Paulo”. Fundou a “Folha do Povo”, o semanário “Comício” e, trabalhou no “Diretrizes”, semanário de esquerda dirigido por Samuel Wainer. Em 1936, Rubem Braga lançou seu primeiro livro de crônicas, “O Conde e o Passarinho”.

Com 26 anos, casado com a militante comunista Zora Seljjan, não era filiado ao partido, mas militava ativamente na Aliança Nacional Libertadora (ALN). Depois de envolver-se em um caso amoroso impossível, decide mudar de cidade e de emprego.

Quando o cronista mudou-se para Porto Alegre, o Brasil vivia a ditadura de Getúlio Vargas e o mundo preparava-se para entrar em 2ª Grande Guerra. Ao chegar a Porto Alegre foi preso, por suas crônicas contra o regime. Graças à pronta intervenção de Breno Caldas, dono do “Correio do Povo” e da “Folha da Tarde”, logo foi solto. Durante os quatro meses em que ficou em Porto Alegre, Rubem Braga publicou 91 crônicas na “Folha da Tarde”, que foram publicadas postumamente em “Uma Fada no Front" (1994). Os escritos mostram um cronista engajado contra a ditadura Vargas e o nazismo.

À época, a luta política foi a nota dominante das crônicas da “Folha”. Por isso, Braga teve que voltar ao Rio por causa das muitas pressões da polícia e dos círculos palacianos do Estado. Em 1944, Rubem Braga foi para a Itália, durante a 2ª Guerra Mundial, quando cobriu como jornalista as atividades da Força Expedicionária Brasileira. No início dos anos 50 se separou de Zora, que lhe deu um único filho Roberto Braga.

Rubem Braga foi sócio da "Editora Sabiá", e exerceu cargos de chefia do escritório comercial do Brasil no Chile, em 1955, e de embaixador no Marrocos, entre 1961 e 1963. Nos últimos tempos, publicava suas crônicas aos sábados no jornal “O Estado de São Paulo”. Foram 62 anos de jornalismo e mais de 15 mil crônicas escritas, que reunia em seus livros.

Rubem Braga dedicou-se exclusivamente à crônica, que o tornou popular. Como cronista mostrava seu estilo irônico, lírico e extremamente bem humorado. Sabia também ser ácido e escrevia textos duros defendendo os seus pontos de vista. Fazia crítica social, denunciava injustiças, a falta de liberdade da imprensa e combatia governos autoritários. Entre suas principais obras estão: “O Morro do Isolamento” (1944); “Um Pé de Milho” (1948); “O Homem Rouco” (1949); “A Borboleta Amarela” (1956); “A Traição das Elegantes” (1957); “Ai de Ti Copacabana” (1960); “Recado de Primavera” (1984); “Crônicas do Espírito Santo” (1984); “O Verão e as Mulheres” (1986); “As Boas Coisas da Vida” (1988), entre outras.

Rubem Braga faleceu, no Rio de Janeiro, no dia 19 de dezembro de 1990.

 

Frases de Rubem Braga

 

"Há um grande vento frio cavalgando as ondas, mas o céu está limpo e o sol muito claro. Duas aves dançam sobre as espumas assanhadas. As cigarras não cantam mais. Talvez tenha acabado o verão.";

"Sou um homem quieto, o que eu gosto é ficar num banco sentado, entre moitas, calado, anoitecendo devagar, meio triste, lembrando umas coisas, umas coisas que nem valiam a pena lembrar.";

"Desejo a todos, no Ano Novo, muitas virtudes e boas ações e alguns pecados agradáveis, excitantes, discretos e principalmente, bem sucedidos.";

"Acordo cedo e vejo o mar se espreguiçando; o sol acabou de nascer. Vou para a praia; é bom chegar a esta hora em que a areia que o mar lavou ainda está limpinha, sem marca de nenhum pé. A manhã está nítida no ar leve; dou um mergulho e essa água salgada me faz bem, limpa de todas as coisas da noite.";

Ah, que vontade de escrever bobagens bem meigas, bobagens para todo mundo me achar ridículo...”;

Vi o muro e calei: não é de muito, eu juro, que me acontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira.”.

 

 

(Fontes: eBiografia – Dilva Frazão; Portal da Crônica Brasileira – Humberto Werneck; Wikipedia; Pensador)

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