Josué Montello (1917-2006)

domingo, 20 de novembro de 2022

 



Josué de Sousa Montello nasceu em São Luís do Maranhão, MA, em 21 de agosto de 1917, e faleceu no Rio de Janeiro em 15 de março de 2006. Era filho de Antônio Bernardo Montello e Mância de Sousa Montello. Iniciou seus estudos em São Luís do Maranhão, publicando os seus primeiros trabalhos literários em A Mocidade, periódico do Liceu Maranhense, onde cursou o ginásio.

Em 1932 passa a integrar a Sociedade Literária Cenáculo Graça Aranha, na qual se congregaram os escritores do Maranhão de filiação modernista. Até 1936, colabora nos principais jornais maranhenses. Muda-se, a seguir, para Belém do Pará, onde é eleito, aos 18 anos, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Pará. No fim de 1936 transferiu-se para o Rio de Janeiro, passando a fazer parte do grupo que funda o semanário de literatura Dom Casmurro. No mesmo período, colabora em outras publicações, como Careta, O Malho e Ilustração Brasileira, além de jornais diários.

Publica o primeiro romance, Janelas fechadas, em 1941. Seis anos mais tarde é nomeado diretor-geral da Biblioteca Nacional, exercendo também a direção do Serviço Nacional do Teatro. Em 1953, a convite do Itamaraty, inaugurou e regeu por dois anos a cátedra de Estudos Brasileiros da Universidade Nacional Mayor de San Marcos, em Lima, no Peru. A partir de 1954, tornou-se colaborador permanente do Jornal do Brasil, no qual manteve uma coluna semanal até 1990. Também foi colaborador da revista Manchete.

Novamente convidado pelo Itamaraty, regeu, em 1957, a cátedra de Estudos Brasileiros na Universidade de Lisboa, e, em 1958, na Universidade de Madri. Entre 1969 e 1970, ocupou o cargo de conselheiro cultural da Embaixada do Brasil em Paris, e de 1985 a 1989 foi embaixador do Brasil junto à Unesco. De janeiro de 1994 a dezembro de 1995, ocupou a presidência da Academia Brasileira de Letras. Foi membro de incontáveis academias e instituições culturais no Brasil e no Exterior.

As obras de Montello foram traduzidas para o inglês, francês, espanhol, alemão e seco. Algumas de suas novelas foram roteirizadas para o cinema; em 1976, Uma tarde, outra tarde recebeu o título de O amor aos 40; e, em 1978, O monstro, foi filmado como O monstro de Santa Teresa. Seus livros mais importantes são: A Luz da Estrela Morta, A Mulher Proibida, Aleluia, Antes Que Os Pássaros Acordem, Cais da Sagração, Noite Sobre Alcântara, O Baile da Despedida, Os Tambores de São Luís, A Viagem sem Regresso, Janelas Fechadas, O Fio da Meada, Os Degraus do Paraíso, Os Inimigos de Machado de Assis.

 

Frases de Josué Montello:


“Quem tem saudades nunca está só.”;

“O tempo é um salteador de estradas que nos leva todas as ilusões.”;

“Um homem de bem, quando não pode mais honrar os compromissos que assumiu, manda em seu lugar o atestado de óbito.”;

“A gente precisa estar informada sobre tudo, papai. Para isso é que existem os livros. Sem esses rebeldes, o mundo não progredia. Eles vão na frente, abrindo o caminho.”;

“Ele começou a reconhecer que, mais difícil do que viver, é saber encerrar harmoniosamente a vida, sem azedumes nem resmungos, em paz com o mundo que ficaria para trás”;

“Pode-se dizer, sem receio de erro, que a utopia é consubstancial à condição humana. Ninguém realiza sem sonhar.”.



(Fontes consultadas: Academia Brasileira de Letras, Wikipedia, Livronautas, Pensador, Goodreads, Ditador ditos e dizeres)

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