“A
maneira como nos movimentamos na cidade não é apenas um assunto técnico de
peritos em tráfego, mas de todos nós. E passa por nos colocarmos algumas
perguntas: por que as crianças precisam esperar por uma pausa no trânsito que
passa a toda velocidade? Por que destinamos tanta terra pública e privada a
estacionamentos? Por que carros individuais motorizados recebem tantos
incentivos? Por que o limite de velocidade de vinte quilômetros por hora é
considerado lento em uma rua? Por que em cidades brasileiras usar transporte
público é visto como símbolo de inferioridade de classe? Por que normalizamos
mortes no trânsito e ainda chamamos de acidentes? Por que prezamos tanto por
velocidade e, ainda assim, aceitamos as mesmas pretensas soluções que não
atingem o objetivo prometido?”
Artigo Piloto Automático de Bianca Tavolari, publicado no jornal 451 nº 88


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